Diversas de suas obras buscam despertar a reflexão do espectador ao expor a arbitrariedade e subjugação na criação de animais para consumo e entretenimento (Ilustrações: Luiso García) |
Intenção é causar um forte impacto, levando para o centro da composição cenas que refletem a dureza da exploração à qual os sujeitamos
Ilustrador e professor, o espanhol Luiso García utiliza a arte como meio de combate a qualquer forma de opressão.
Diversas de suas obras buscam despertar a reflexão do espectador ao expor a arbitrariedade e subjugação na criação de animais para consumo e entretenimento.
O artivista vegano quer chamar a atenção para um simples fato – que os animais em suas ilustrações estão ali porque seres humanos financiam tais situações, seja para fins alimentícios, moda ou “diversão e cultura”.
A violência nas obras de García traz uma forte carga de realismo, principalmente na expressão do sangue em contraste com uma opacidade contextual.
Elementos que refletem a morte e evidenciam a barbárie
Esses elementos refletem a morte e evidenciam a barbárie nas nossas relações com outras espécies vulneráveis que matamos apenas porque queremos e julgamos que podemos – ainda que neguemos as consequências para esses animais.
Nas ilustrações, o sangue remete a um simbolismo da vida que se esvai por uma falsa e dissimulada necessidade ou capricho que visa a reafirmação de um tipo vil de superioridade.
Segundo Luiso García, a intenção é causar um forte impacto, levando para o centro da composição cenas que refletem a dureza da exploração à qual os sujeitamos.
Uma criança fantasiada de animal sobre um prato, um garotinho tentando apagar as bolas de fogo no chifre de um touro durante o “Toro Embolado” e uma galinha acorrentada a um ovo – são diferentes, embora convergentes, construções artísticas de oposição ao especismo.
Possibilidades de empatia e respeito
O ilustrador espanhol também tem outra abordagem – que reflete as possibilidades de empatia que podemos compartilhar com esses animais ao incluí-los em nosso círculo moral.
Exemplos são suas obras que trazem humanos e não humanos em cena – compartilhando consideração, amor e respeito. As cores então refletem os bons sentimentos que podemos estimular apenas dando uma chance à compaixão.
São sentimentos que estão dentro de nós e podemos encontrá-los e reavivá-los bastando apenas um pouquinho de predisposição e boa vontade. Afinal, o querer faz uma grande diferença.
Da vegazeta.
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