domingo, 3 de junho de 2012

Narciso Yepes - Concerto de Aranjuez



Joaquim Rodrigo
Joaquín Rodrigo Vidre, Marquês dos Jardins de Aranjuez, (22 de novembro 19016 de julho 1999) foi um compositor e um pianista virtuoso espanhol.

Apesar de ser cego desde a mais tenra idade, ele atingiu grande sucesso. Rodrigo é considerado como um dos compositores que mais popularizou a guitarra na música clássica do século XX, e seu Concerto de Aranjuez é um dos pináculos da música espanhola. Mais, aqui. 

Narciso Yepes
(Lorca, 14 de novembro de 19273 de maio de 1997) foi um guitarrista espanhol.

Yepes nasceu em uma família de origem humilde em Lorca, Região de Múrcia. Seu pai lhe deu sua primeira guitarra quando tinha quatro anos de idade. Ele tomou suas primeiras lições de Jesus Guevara, em Lorca. Mais tarde, sua família mudou-se para Valência, quando a Guerra Civil Espanhola começou em 1936.

Quando ele tinha 13 anos, ele foi aceito para estudar no Conservatório de Valência com o pianista e compositor Vicente Asencio. Aqui ele seguiu os cursos de harmonia, desempenho, composição e.
Em 16 de Dezembro de 1947, fez seu début Madrid, realizando de Joaquín Rodrigo's Concerto de Aranjuez com Ataulfo ​​Argenta conduzir a Orquestra Nacional de Espanha. O sucesso esmagador do desempenho trouxe notoriedade da crítica e público. Logo depois, ele começou a excursionar com Argenta, visitando Suíça, Itália, Alemanha e França. Durante este tempo ele foi o grande responsável para a crescente popularidade do Concierto de Aranjuez. Mais, aqui.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

A educação do botox

Assim como a indústria do vestuário que a cada estação impõe novidades tipo ‘novo-do-mesmo’, todo o resto é confinado nesse ciclo vicioso, necessário para que o comércio e as vendas se processem.

Há aqui uma certa lógica que não deve ser desprezada. Ao impor essas “novidades” ao mercado, a economia se movimenta, se oxigena. Explico: a indústria da ‘novidade’ faz com que o governo arrecade tributos, com que empregos e oportunidades sejam gerados (ou pelo menos ocorrem menos demissões) e a vida seja tocada, levada, vivida, como se todos estivessem, de modo satisfatório, dando conta de suas responsabilidades.

No mundo moderno, o conhecimento é um valor econômico inconteste, um valor que faz reluzir e cintilar o mercado. E a educação – perdoem-me os ‘iluminados’ - um ramo específico da economia que movimenta riquezas em todos os rincões do planeta.

Máquinas, equipamentos, softwares, instalações, processos, qualidade e capital humano, a educação é um todo à parte. E também – como o restante dos setores econômicos – está sujeita às mazelas da desesperada busca pelo novo. Ocorre que, na maior parte das vezes, toma como revolucionário o que não passa de efêmera inovação; compra como substância o que não passa de reles e fugaz maquilagem.

Um botox aqui, um lifting ali, um peelings acolá e eis que estão todos satisfeitos, exuberantes contentando-se com o ‘novo-do-mesmo’, com o velho repaginado.

Assim tem ocorrido na educação. E o ensino não foge à regra. A cada início de ano letivo os educadores são bombardeados por novas teorias, novas tecnologias, novas metodologias, novas pedagogias, engenhosamente concebidas no afã de conduzir ao mais inovador, ao mais revolucionário, à redenção e à sublimação. Poucos se dão conta de que o ‘modernoso’ não passa de imposição do mercado, sobretudo o editorial.

É curioso observar que países que deram grandes saltos no setor da educação como Irlanda e Austrália, utilizam com costumeira freqüência as velhas e eficazes formas de ensino, o conhecido arroz-com-feijão.

Nos países que apostaram na educação e que agora colhem os frutos do investimento, os professores preocupam-se em dominar os assuntos e em aprender a ensinar. Dominar os assuntos e ensinar com eficácia. É simples assim. Nenhum mistério, nada de poção mágica ou tecnicismos revolucionários. Ensinam a calcular, a ler, escrever, interpretar... nada de discutir o sexo dos anjos ou desvendar a função social da existência. O segredo não é diáfano, é cristalino e transparente: reside em dominar os conteúdos pedagógicos e adquirir a capacidade de externar, transmitir com eficácia o conhecimento.

Para fazer a travessia não é necessário nada que se assemelhe às parafernálias contemporâneas e às teorias ditas revolucionárias, de enésima geração: na Irlanda e na Austrália as salas de aula são convencionais, o rigor e a disciplina são observados – portanto, democracia vale, mas democratismo, nem pensar! – avaliações e feedback são efetuados com habitual freqüência, o que mantêm professores e alunos sempre plugados, antenados. Alunos aprendem, sentem-se integrados, os pais ficam satisfeitos, felizes por testemunharem o crescimento dos filhos. Professores estudam, aprendem a transmitir conhecimento, ensinam com maestria, sentem-se recompensados, são valorizados... a auto-estima de todos os que participam do processo ensino-aprendizagem vai parar lá em cima.

Pode se surpreender meu amigo; ensinar e aprender é simples assim. Mesmo! Fuja da armadilha de buscar o novo pelo novo. Os que adoram reinventar a roda devem se livrar do “complexo de vira-lata” a que se referia o grande dramaturgo Nelson Rodrigues. O resto é conversa fiada.