quinta-feira, 30 de junho de 2016

Os poderes da República em uma comédia aguda e, ao mesmo tempo, hilária.



Na peça “O juiz”, Antônio Carlos aborda questões latentes em autores como Aristóteles (Política), John Locke (Segundo Tratado do Governo Civil), e Montesquieu (O Espírito das Leis) e que alavancaram o estado moderno e a democracia contemporânea para denunciar – com muito humor e irreverência – a propalada independência dos poderes, o sistema de freios e contrapesos, e a nefasta prevalência do judiciário quando os demais poderes, executivo e legislativo, são, deliberadamente, fragilizados. Uma das personagens da peça chega a se sublevar contra um dos principais ensinamentos de Rui Barbosa: “A pior ditadura é a ditadura do Poder Judiciário. Contra ela, não há a quem recorrer”. 

Assim é que, na trama teatral, uma múmia ressuscita de seu milenar sarcófago para transformar um índio no presidente da mais alta corte judiciária do país. O terrível plano é instituir uma ‘república’ onde tão somente as corporações e os partidários do poder tenham vez. Nas palavras do presidente do Supremo Tribunal Nacional, o cacique indígena Morubixaba, um dos protagonistas da peça, “O império que estamos estruturando está acima de tudo e de todos. E aqui, no reino deste novo universo do trabalhadorismo, preside um juiz que potestade alguma poderá corromper, além, naturalmente, de todas as associações, sindicatos, corporações, grupos de interesses e organizações civis, políticas e populares comprometidos com os altos interesses de nosso projeto ideológico popular-progressista-desenvolvimentista, a mais nova vertente do messianismo sebastianista”. 

Fatos e episódios ridículos e burlescos são enfocados desnudando a realidade caudilhesca e autoritária das autoridades do continente. Cenas e quadros - de intenso humor e fina ironia – personificam a essência da sátira, num jogo dramático que corrobora a tese de que a melhor maneira de modificar a realidade é revelar o quanto ela é absurda, kafkiana, e rir, gargalhar, divertir-se com a situação, pois que, assim, os costumes políticos e sociais estarão sendo ‘castigados’. 

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terça-feira, 28 de junho de 2016

Balé Bolshoi se reergue após era de escândalos


Corrupção e escândalos sexuais mergulharam a renomada companhia de dança russa numa das piores crises de sua história. Com o novo diretor, Makhar Vaziev, Bolshoi volta a investir seu futuro no talento.

Nos últimos anos, o balé do Teatro Bolshoi esteve comprometido por boatos de que somente talento não bastava para um bailarino poder dançar nele.
Inaugurando uma nova era, o recém-empossado diretor artístico do balé do histórico palco moscovita, Makhar Vaziev, reafirma, em entrevista à Deutsche Welle: para alguém se tornar um grande bailarino, "o principal critério é o talento".
Ciumeiras e ataques com ácido
Em 2013, o então diretor da companhia de balé, Serguei Filin, foi atacado na rua com ácido por um homem mascarado. Ele quase ficou cego, sendo necessárias várias operações para restaurar parte de sua visão.
O bailarino e solista Pavel Dmitrichenko, recentemente posto em liberdade condicional, foi condenado por organizar o ataque e sentenciado a seis anos de prisão. O processo judicial pôs em evidência a amarga rivalidade e as tensões dentro do Bolshoi.
Filin havia supostamente negado papéis importantes tanto a Dmitrichenko quanto à namorada deste na época, a também bailarina Angelina Vorontsova. Alegando que Dmitrichenko era vingativo e ciumento, o então diretor da companhia negou ter tido qualquer conflito com o dançarino, sugerindo que ele tentara arruinar sua reputação com falsas acusações de favoritismo.
Desde o ataque, tanto Serguei Filin quanto o diretor geral do Bolshoi deixaram a instituição. Em 2013, a bailarina americana Joy Womack igualmente se demitiu, afirmando que haviam exigido um suborno de 10 mil dólares para ela poder dançar um papel solo.
"Mitos e lendas"
Depois de dirigir balés de São Petersburgo e Milão, Makhar Vaziev trouxe disciplina ao Bolshoi
Depois de dirigir balés de São Petersburgo e Milão, Makhar Vaziev trouxe disciplina ao Bolshoi
Indagado se os papéis eram distribuídos em troca de dinheiro ou sexo, o novo diretor assegura: "Não houve e não há nada disso."
Vaziev é um estranho no ninho da política do Bolshoi. Ele dirigiu por 13 anos o balé do Teatro Mariinsky de São Petersburgo, antes de assumir o comando da companhia de dança do Teatro Scala de Milão.
"Existem muitos mitos e legendas", observa Vaziev. "O problema é que esta é uma enorme companhia de balé, com ritmo e estilo de vida próprios. Nossa tarefa é mostrar o melhor desempenho no palco. Eu digo a todos os bailarinos: se vocês quiserem preparar e me mostrar alguma coisa, assistirei com todo o prazer."
Fim do clima doentio
A abordagem que parece ter funcionado com os dançarinos, que apontam uma mudança de atitude no teatro, desde que o novo diretor assumiu. No momento, o solista Denis Rodkin dança o papel principal de Ivan, o Terrível; uma peça sobre um dos mais cruéis dirigentes da Rússia, que vivia rodeado de inimigos. Um balé sobre política, poder e sexo – temas que mergulharam o Bolshoi numa era de crises de bastidores.
Solista Denis Rodkin se diz contente com nova política de seriedade e disciplina
Solista Denis Rodkin: contente com nova política de seriedade e disciplina
"Infelizmente, sob a direção anterior, havia um clima bem doentio para todos aqui", revelou Rodkin à DW. "As pessoas ficavam pensando nisso o tempo todo, e não na dança. Agora o clima é novamente criativo, e todos trabalham para mostrar que são os melhores, que têm a capacidade de dançar no palco do Bolshoi."
Essa também é a opinião da solista Anna Tikhomirova: "Assim que o Sr. Vaziev chegou, todos se mobilizaram", conta, numa pausa dos ensaios de Giselle, papel que o novo diretor designou para ela. "Ele assiste a todos os ensaios e aulas; olha todo o mundo e dá a cada um a chance de mostrar o que sabe fazer, inclusive aos dançarinos mais jovens. E eu acho que isso está muito certo."
Disciplina e respeito profissional
A chegada de Denis Vaziev, em março deste ano, marcou o estabelecimento de uma ordem rigorosa, conta Rodkin. "No passado, não havia esse tipo de disciplina. Havia alguma, mas não era tão importante como hoje. Vejo que as pessoas estão realmente se esforçando, as salas deixaram de estar vazias, como antes. Agora todos tentam preparar e mostrar algo."
"Eu diria que Makhar Vaziev está elevando o nível clássico da companhia", observa o solista. "É muito importante para o Bolshoi que se mostre balé clássico, em primeira linha, e depois as coreografias modernas."
Anna Tikhomirova aprova opção de Vaziev de dar espaço a todos
Anna Tikhomirova aprova opção de Vaziev de dar espaço a todos
Contudo foi justamente devido a esse foco clássico que em 2011 o Bolshoi foi atingido pela partida de dois bailarinos de alto perfil para um teatro menos conhecido. Os solistas Natalia Osipova e Ivan Vasiliev foram para o Teatro Mikhilovsky, em São Petersburgo, dizendo sentir sua criatividade restrita em Moscou.
"Nós não os perdemos, eles ainda estão vivos!", rebate Vaziev. "Há um tipo de bailarino que nasceu com um talento especial. Nenhum teatro pode satisfazer todas as suas necessidades criativas. Quando chega o momento de ele querer tentar algo novo num lugar diferente, por que transformar isso numa catástrofe? É um processo normal. Nossas portas estão sempre abertas para eles."
"Escândalo faz parte de nossa vida"
O Bolshoi trabalhará, de fato, com um desses dançarinos em breve, na turnê em Londres, onde Natalia Osipova é agora primeira bailarina no Royal Ballet. Mas a companhia "não está preparando nada de especial" para a capital britânica, diz Vaziev.
"Um teatro como o Bolshoi tem simplesmente que brilhar por toda parte, em Londres e em outros lugares. Para mim o mais importante é a companhia se apresentar no palco do Teatro Bolshoi. Essa é nossa principal tarefa. Acima de tudo, está o que fazemos para o nosso público aqui [na Rússia]."
Os problemas do Bolshoi parecem não ter afetado a popularidade da casa em seu país de origem. "Vivemos num mundo onde o escândalo faz parte da nossa vida", comentou um visitante durante uma apresentação de Ivan, o Terrível. "Escândalo não influencia a cultura. Estou pessoalmente muito orgulhoso de estar aqui, para ver que a cultura russa tem um lugar na cultura mundial."
Por Emma Burrows, na Deutsche Welle 

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Dramaturgo, o autor transferiu para seus contos literários toda a criatividade, intensidade e dramaticidade intrínsecas à arte teatral. 

São vinte contos retratando temáticas históricas e contemporâneas que, permeando nosso imaginário e dia a dia, impactam a alma humana em sua inesgotável aspiração por guarida, conforto e respostas. 

Os contos: 
1. Tiradentes, o mazombo 
2. Nossa Senhora e seu dia de cão 
3. Sobre o olhar angelical – o dia em que Fidel fuzilou Guevara 
4. O lugar de coração partido 
5. O santo sudário 
6. Quando o homem engole a lua 
7. Anos de intensa dor e martírio 
8. Toshiko Shinai, a bela samurai nos quilombos do cerrado brasileiro 
9. O desterro, a conquista 
10. Como se repudia o asco 
11. O ladrão de sonhos alheios 
12. A máquina de moer carne 
13. O santuário dos skinheads 
14. A sorte lançada 
15. O mensageiro do diabo 
16. Michelle ou a Bomba F 
17. A dor que nem os espíritos suportam 
18. O estupro 
19. A hora 
20. As camas de cimento nu 

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AS OBRAS DO AUTOR QUE O LEITOR ENCONTRA NAS LIVRARIAS amazon.com.br: 

A – LIVROS INFANTO-JUVENIS: 

I – Coleção Educação, Teatro e Folclore (peças teatrais infanto-juvenis): 

II – Coleção Infantil (peças teatrais infanto-juvenis): 
Livro 8. Como é bom ser diferente 

III – Coleção Educação, Teatro e Democracia (peças teatrais infanto-juvenis): 

IV – Coleção Educação, Teatro e História (peças teatrais juvenis): 

V – Coleção Teatro Greco-romano (peças teatrais infanto-juvenis): 

B - TEORIA TEATRAL, DRAMATURGIA E OUTROS
VI – ThM-Theater Movement: 

domingo, 26 de junho de 2016

Artista plástica dedica-se a incentivar leitura em praças públicas de BH



O amor pelos livros mudou a vida da artista plástica belo-horizontina Estella Cruzmel, de 65 anos. Há seis anos, ela dedica totalmente a sua vida a incentivar a leitura em praças da capital e a fazer doações, deixando exemplares em bancos públicos para que sejam apanhados e lidos.

O projeto, batizado de Santa Leitura, fez tanto sucesso que há três anos Estella criou uma espécie de “sucursal” na Carolina do Sul, nos Estados Unidos, onde a filha dela mora e também oferece livros para centenas de brasileiros. “Temos um espaço permanente em um restaurante da Carolina do Sul e atendemos muitos brasileiros. Os livros são todos envidados do Brasil”, disse ela.

Estella diz respirar livros desde a hora em que acorda até quando volta para a cama. Ela conta que tudo começou em 2010, no Bairro Ipiranga, na Região Nordeste da capital, nos fundos de uma loja de moda feminina que ela tinha. “Quando fechei a loja, eram mais de 4 mil livros e eu senti a necessidade de incentivar a leitura. Eu vi que as pessoas gostam de ler, mas, às vezes, não têm acesso aos livros, por eles serem caros demais”, disse Estella.

Todo terceiro domingo do mês, desde 2012, Estella promove o Santa Leitura na Praça Duque de Caxias, no Bairro Santa Tereza, Região Leste. “A gente não empresta, não vende e não troca livros nessa feira. As pessoas têm que ler o livro no local. A pessoa chega e pega o livro. O livro fica disponível na praça e há um encontro da família. O principal objetivo, além de incentivar a leitura, é integrar as famílias”, disse Estella.

Já no Bairro Floresta, também na Região Leste, todos os dias Estella faz doação de 10 livros na Praça Salvador Morici, que fica entre a Rua Silva Jardim e Avenida do Contorno, e deixa mais 10 exemplares sobre os bancos de outra pracinha em frente ao Colégio Barão de Macaúbas, na Avenida Assis Chateaubriand.

O Santa Leitura também atende crianças carentes do Bairro Taquaril, na Região Leste, onde todo segundo domingo do mês a artista plástica vai com uma irmã de caridade promover leituras. “A gente lê para as crianças e elas leem para outras crianças. Lá também fazemos doações de livros”, disse Estella.

O projeto de Estella sobrevive graças às doações de livros. Por mês, ela recebe até 2,5 mil livros de sebos do Edifício Maletta, no Centro. “Volto para casa renovada. O meu trabalho tem dado muitos frutos. Tem crianças que ficam horas lendo na praça. É muito gratificante”, disse Estella, orgulhosa do seu trabalho. Domingo passado, ela ofereceu café da manhã aos leitores da Praça Duque de Caxias, no Bairro Santa Tereza.

Assista ao vídeo de Estella Cruzmel neste link.

Por Pedro Ferreira, no Estado de Minas



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