segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Todo dia deveria ser dia de consciência negra

Viagem às raízes do Brasil negro

O Museu Afro Brasil é essencial para entender um país onde 51% da população se declara negra ou parda


Um passeio pelo Museu Afro Brasil emociona quem vai aberto a conhecer as raízes brasileiras. Com mais de 6.000 obras distribuídas em 7.000 metros quadrados, esse é o maior museu do país dedicado à cultura afro-brasileira, sediado no Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, em meio ao verde do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Lá, ícones nacionais como o escritor Machado de Assis, o abolicionista Luiz Gama e o guerrilheiro Carlos Marighella ganham rostos. E, para a surpresa de muitos ainda hoje, são rostos negros.
Visitado por pouco mais de 180.000 pessoas no ano passado, o museu foi fundado em 2004 pelo artista plástico e pesquisador baiano Emanoel Araújo, que, de entrada, doou 5.000 peças de sua coleção pessoal ao acervo permanente da instituição. Além de quadros na parede e de esculturas e objetos espalhados por três andares de mostras de longa duração e temporárias, a instituição conta também com o teatro Ruth de Souza e a Biblioteca Carolina de Jesus, que abriga cerca de 10.000 itens – vários deles sobre escravatura e abolição – e é uma dose de emoção à parte. "Como não é um museu de obras célebres, mas que revela a grande importância desse Brasil afrodescendente combinando arte, história e memória, ele gera mesmo grande comoção", diz seu fundador.
Ao contrário do que se pode pensar, não é um espaço de gueto, nem dedicado à África. Sua proposta é descortinar a parcela negra, que hoje soma 51% da população no Brasil, da mistura nacional, ainda que estabeleça uma ponte com o resto do mundo. “Acho que o Museu Afro Brasil é a maior conquista dos negros, não só brasileiros, mas de todos”, afirma Vera Eunice de Jesus Lima, filha de Carolina de Jesus – autora de Quarto de despejo – Diário de uma favelada, visceral relato em primeira pessoa sobre a luta contra a fome e a miséria na favela. “Porque ali você pode comprar o que o negro faz. Você vê o negro na arquitetura, o negro na literatura, o negro no teatro...”, continua a professora de português em uma entrevista estampada na entrada da biblioteca.
Carolina de Jesus e seu 'Quarto de despejo'. Reprodução

A história de sua mãe, contada através de recortes de jornais, fotografias e documentos, abre o trajeto pela exposição permanente com a emoção que vai acompanhar o visitante até o final. Carolina morava na favela do Canindé, em São Paulo, era catadora e escreveu sobre o cotidiano de sua comunidade em cadernos encontrados no lixo. Em 1958, foi descoberta pelo jornalista Audálio Dantas, que a ajudou a publicar seu diário. Quarto de despejo saiu em 1960, foi traduzido a 13 idiomas e teve 100.000 exemplares vendidos neste ano – o mesmo que vendia Jorge Amado na época.
A visita continua, e aparecem telas de pintores negros do século XIX e XX, como Arthur e João Timótheo da Costa e Emmanuel Zamor, fotografias de artistas que captaram a afrobrasilidade com suas lentes, como Madalena Schwarz e Pierre Verger, retratos e textos sobre atores e atrizes como Grande Otelo e Ruth Rocha, troféus de jogadores de futebol como Garrincha e Pelé e canções de cantores e compositores como Ismael Silva e Paulinho da Viola. A esse bloco de resgate, segue um de reflexão, com a réplica de um navio negreiro acompanhada de relatos sobre o tráfico de escravos da África para o Brasil, que durou 400 anos. Tem ainda uma vasta ala sobre religiosidade, candomblé e capoeira, outra sobre expressões culturais como o maracatu, e assim mais de 500 anos de uma outra história passam diante dos olhos.
Varanasi (Benares), Índia. RODRIGO KORAICHO
"Desde sua fundação, há mais de dez anos, o Museu Afro Brasil tem a proposta de mostrar quem negro foi e quem negro é”, afirma Emanoel Araújo ao EL PAÍS. “Uma de nossas missões é resgatar a história e a memória daqueles que foram esquecidos ou são pouco lembrados pela história oficial", ressalta o diretor, que deixou a direção da Pinacoteca antes de embarcar neste projeto. Isso acontece sem que o presente fique de fora, sobretudo nas exposições temporárias, que podem ou não conversar diretamente com a proposta central do museu. Entre as recém-inauguradas, estão as mostras do artista plástico paulistano Caíto (Cúmulo), com 20 peças inéditas, e do fotógrafo Rodrigo Koraicho (Devoção), que usa um tema afim à proposta do museu – a religiosidade – para mostrar as crenças de regiões da Índia e do Nepal. A dica é investir algumas boas horas para ver tudo isso com calma. Aproveitando o passeio, o retorno em desconstrução de estereótipos é garantido.
Por Camila Moraes, no El País
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O livro "Todo dia é dia de consciência negra"

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     Na peça teatral “Todo dia é dia de consciência negra” a discussão é sobre a escravidão e o processo abolicionista brasileiro. 

     De maneira contundente, o texto registra fatos históricos como os reproduzidos num anúncio publicado no Jornal da Bahia, edição do dia 09 de abril de 1858: 

“Em Gravatá, número 44, se vendem dois negrinhos muito bonitos e sem defeitos, a fêmea com 10 anos e o macho com 9” 

Do Brasil colônia, a narrativa teatral chega aos dias atuais, não sem antes passar por: 

- Rui Barbosa, Castro Alves, Joaquim Nabuco e José do Patrocínio; 

- pelo exército brasileiro que, após a guerra do Paraguai, entregou a carta de alforria para os escravos que tinham se alistado para a guerra; 

- a lei Euzébio de Queiroz, a lei dos Sexagenários, a lei Áurea; 

- a mobilização da população. 


 O livro está disponível  aqui.
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Dramaturgo, o autor transferiu para seus contos literários toda a criatividade, intensidade e dramaticidade intrínsecas à arte teatral. 

São vinte contos retratando temáticas históricas e contemporâneas que, permeando nosso imaginário e dia a dia, impactam a alma humana em sua inesgotável aspiração por guarida, conforto e respostas. 

Os contos: 
1. Tiradentes, o mazombo 
2. Nossa Senhora e seu dia de cão 
3. Sobre o olhar angelical – o dia em que Fidel fuzilou Guevara 
4. O lugar de coração partido 
5. O santo sudário 
6. Quando o homem engole a lua 
7. Anos de intensa dor e martírio 
8. Toshiko Shinai, a bela samurai nos quilombos do cerrado brasileiro 
9. O desterro, a conquista 
10. Como se repudia o asco 
11. O ladrão de sonhos alheios 
12. A máquina de moer carne 
13. O santuário dos skinheads 
14. A sorte lançada 
15. O mensageiro do diabo 
16. Michelle ou a Bomba F 
17. A dor que nem os espíritos suportam 
18. O estupro 
19. A hora 
20. As camas de cimento nu 

OUTRAS OBRAS DO AUTOR QUE O LEITOR ENCONTRA NAS LIVRARIAS amazon.com.br: 

A – LIVROS INFANTO-JUVENIS: 
Livro 1. As 100 mais belas fábulas da humanidade 

I – Coleção Educação, Teatro & Folclore (peças teatrais infanto-juvenis): 
Livro 1. O coronel e o juízo final 
Livro 2. A noite do terror 
Livro 3. Lobisomem – O homem-lobo roqueiro  
Livro 4. Cobra Honorato 
Livro 5. A Mula sem cabeça 
Livro 6. Iara, a mãe d’água 
Livro 7. Caipora 
Livro 8. O Negrinho Pastoreiro 
Livro 9. Romãozinho, o fogo fátuo 
Livro 10. Saci Pererê 

II – Coleção Infantil (peças teatrais infanto-juvenis): 
Livro 1. Não é melhor saber dividir 
Livro 2. Eu compro, tu compras, ele compra 
Livro 3. A cigarra e as formiguinhas 
Livro 4. A lebre e a tartaruga 
Livro 5. O galo e a raposa 
Livro 6. Todas as cores são legais 
Livro 7. Verde que te quero verde 
Livro 8. Como é bom ser diferente 
Livro 9. O bruxo Esculfield do castelo de Chamberleim 
Livro 10. Quem vai querer a nova escola 

III – Coleção Educação, Teatro & Democracia (peças teatrais infanto-juvenis): 
Livro 1. A bruxa chegou... pequem a bruxa 
Livro 2. Carrossel azul 
Livro 3. Quem tenta agradar todo mundo não agrada ninguém 
Livro 4. O dia em que o mundo apagou 

IV – Coleção Educação, Teatro & História (peças teatrais juvenis): 
Livro 1. Todo dia é dia de independência 
Livro 2. Todo dia é dia de consciência negra 
Livro 3. Todo dia é dia de meio ambiente 
Livro 4. Todo dia é dia de índio 

V – Coleção Teatro Greco-romano (peças teatrais infanto-juvenis): 
Livro 1. O mito de Sísifo 
Livro 2. O mito de Midas 
Livro 3. A Caixa de Pandora 
Livro 4. O mito de Édipo. 

B - TEORIA TEATRAL, DRAMATURGIA E OUTROS
VI – ThM-Theater Movement: 
Livro 1. O teatro popular de bonecos Mané Beiçudo: 1.385 exercícios e laboratórios de teatro 
Livro 2. 555 exercícios, jogos e laboratórios para aprimorar a redação da peça teatral: a arte da dramaturgia 
Livro 3. Amor de elefante 
Livro 4. Gravata vermelha 
Livro 5. Santa Dica de Goiás 
Livro 6. Quando o homem engole a lua 

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Sing - Quem Canta Seus Males Espanta - Trailer Oficial

Neil Young - Harvest Moon

Diretor brasileiro conquista Hollywood aos 35 anos: 'Processo bem difícil'

Afonso Poyart foi descoberto por agente americano após '2 Coelhos'. 


Afonso Poyart saiu das praias de Santos, no litoral de São Paulo, para ‘ganhar’ Hollywood. O santista é o diretor do filme policial 'Presságios de um Crime' (Solace, EUA, 2015), que estreou nesta semana no Brasil e que tem estrelas no elenco como Anthony Hopkins, Colin Farrell e Jeffrey Dean Morgan. Poyart chamou a atenção dos americanos após escrever e dirigir '2 Coelhos', o primeiro longa da carreira dele. O filme, feito com poucos recursos, mas muito inovador, o lançou para a carreira internacional e o faz galgar voos mais altos no cenário do cinema mundial.
Poyart iniciou a carreira fazendo comerciais, vinhetas e produções para TV regionais do litoral de São Paulo. Assim, a produtora cresceu e foi para a capital paulista. Lá, surgiram trabalhos como videoclipes de artistas como Charlie Brown Jr., Marjorie Estiano, Felipe Dylon, entre outros. Da música, ele pulou para a produção do curta metragem Eu Te Darei o Céu, em 2005. O curta ganhou quatro prêmios no Festival de Gramado, incluindo melhor filme pelo júri popular.

Depois do curta, Poyart voltou para a publicidade, mas também começou a se dedicar mais ao sonho de fazer um filme. “Eu queria fazer cinema, sempre quis ir para o cinema. Comecei a escrever o roteiro de 2 Coelhos, sem pretensão de filmar. Quando acabei o roteiro, li e me animei para fazer. Eu fui atrás do distribuidor para financiar. Ele é um filme não linear, meio que fizemos ‘na raça’. Elenco pequeno. Financiamos um pouco. Foi um empreendedorismo mesmo. Foi isso que fez a minha guinada. Para errar é fácil, mas daí deu certo”, fala.
Da esq. para a dir.: o diretor e roteirista Afonso Poyart e os atores Fernando Alves Pinto, Alessandra Negrini e Caco Ciocler após a coletiva de apresentação do longa '2 coelhos' (Foto: Geraldo Protta/Imagem Filmes)Diretor e roteirista Afonso Poyart e os atores Fernando Alves Pinto, Alessandra Negrini e Caco Ciocler após a coletiva de apresentação do longa '2 coelhos' (Foto: Geraldo Protta/Imagem Filmes)
O filme 2 Coelhos lançou Poyart para o mercado do cinema, em 2012, pois foi considerado inovador no cinema brasileiro com ação, suspense, reviravoltas e cheio de efeitos especiais, físicos e gráficos. O longa foi visto pelo agente americano Brent Travers, da United Talents Agency e manager do ator Wagner Moura nos EUA.
“Ele viu o trailer nos EUA e veio para Brasil. Me procurou, me apresentou umas pessoas e falou que eu podia fazer filme nos Estados Unidos. Recebi roteiros, participei de reuniões”, conta ele. Poyart aceitou o desafio de dirigir o thriller policial Presságios de um Crime, com elenco de estrelas como Anthony Hopkins, Colin Farrell, Jeffrey Dean Morgan, Abbie Cornish e a brasileira Luisa Moraes.
Cadeira do diretor Poyart, de 'Presságios de um crime' (Foto: Arquivo Pessoal)Cadeira do diretor Poyart, de 'Presságios de
um crime'; (Foto: Arquivo Pessoal)
“Foi um processo bem difícil. Sai de um filme pequeno para um bem maior. Os atores são bem fortes, tem ponto de vista definido, eles têm uma postura forte. Eu rodei o filme com 35 anos. O Thony (Hopkins) foi acreditando no meu trabalho e a gente se entendendo. Me deixaram muito livre para fazer umas loucuras. No geral, tive bastante liberdade. 70% é o meu filme e outros eu negociei com as pessoas. O filme tem a minha assinatura. Tem uma cara, uma personalidade”, diz ele.
Presságios de um Crime conta a história do agente especial do FBI Joe Merriwether, interpretado por Jeffrey Dean Morgan, que investiga uma série de homicídios ainda sem pistas concretas. Ele decide, então, recorrer à ajuda de seu ex-colega, o médico aposentado e analista civil Dr. John Clancy, interpretado por Anthony Hopkins. Mas o recluso Clancy não quer se envolver no caso nem usar suas habilidades especiais. O personagem, entretanto, muda de ideia quando tem visões de imagens perturbadoras e violentas da mais nova parceira de Joe, seguidas ainda por algo que ele interpreta como uma mensagem pessoal.
Santos, uma inspiração
Aos 37 anos, Poyart volta a Santos, sua cidade natal, para mostrar o filme hollywoodiano dirigido por ele.  A última vinda do cineasta a cidade foi há cerca de duas semanas, por causa do falecimento do pai. “Era prático do Porto de Santos. Meu pai não chegou a ver o meu filme no cinema”, lamenta.
Morador de São Paulo, ele gosta de lembrar o tempo que morava no litoral, cenário de inspirações para o cineasta. “Eu era adolescente e costumava pegar o meu carro e ir pela orla da praia. A praia de santos é um bucolismo, quando ela está vazia. Olhar para o horizonte e imaginar para onde você pode ir”, recorda ele.
Sonhador, Poyart revela que chegou a Hollywood muito antes do que imaginava e confessa que está orgulhoso pelo seu trabalho. Mesmo assim, diz que não ficará esbanjando elogios a si mesmo e que prefere pensar nos próximos projetos. “Vou lançar o meu terceiro filme, a história do José Aldo. Sobre Hollywood, estou lendo alguns roteiros, mas não tenho nada fechado ainda. Eu quero e meu agente também quer”, disse.
Afonso durante as gravações de 'Presságios de um crime' (Foto: Fátima Gigliotti/Diamond Films Brasil)Afonso durante as gravações de 'Presságios de um crime' (Foto: Fátima Gigliotti/Diamond Films Brasil)Por Mariane Rossi, no g1.com
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Dramaturgo, o autor transferiu para seus contos literários toda a criatividade, intensidade e dramaticidade intrínsecas à arte teatral. 

São vinte contos retratando temáticas históricas e contemporâneas que, permeando nosso imaginário e dia a dia, impactam a alma humana em sua inesgotável aspiração por guarida, conforto e respostas. 

Os contos: 
1. Tiradentes, o mazombo 
2. Nossa Senhora e seu dia de cão 
3. Sobre o olhar angelical – o dia em que Fidel fuzilou Guevara 
4. O lugar de coração partido 
5. O santo sudário 
6. Quando o homem engole a lua 
7. Anos de intensa dor e martírio 
8. Toshiko Shinai, a bela samurai nos quilombos do cerrado brasileiro 
9. O desterro, a conquista 
10. Como se repudia o asco 
11. O ladrão de sonhos alheios 
12. A máquina de moer carne 
13. O santuário dos skinheads 
14. A sorte lançada 
15. O mensageiro do diabo 
16. Michelle ou a Bomba F 
17. A dor que nem os espíritos suportam 
18. O estupro 
19. A hora 
20. As camas de cimento nu 

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Livro 1. O coronel e o juízo final 
Livro 2. A noite do terror 
Livro 3. Lobisomem – O homem-lobo roqueiro  
Livro 4. Cobra Honorato 
Livro 5. A Mula sem cabeça 
Livro 6. Iara, a mãe d’água 
Livro 7. Caipora 
Livro 8. O Negrinho Pastoreiro 
Livro 9. Romãozinho, o fogo fátuo 
Livro 10. Saci Pererê 

II – Coleção Infantil (peças teatrais infanto-juvenis): 
Livro 1. Não é melhor saber dividir 
Livro 2. Eu compro, tu compras, ele compra 
Livro 3. A cigarra e as formiguinhas 
Livro 4. A lebre e a tartaruga 
Livro 5. O galo e a raposa 
Livro 6. Todas as cores são legais 
Livro 7. Verde que te quero verde 
Livro 8. Como é bom ser diferente 
Livro 9. O bruxo Esculfield do castelo de Chamberleim 
Livro 10. Quem vai querer a nova escola 

III – Coleção Educação, Teatro & Democracia (peças teatrais infanto-juvenis): 
Livro 1. A bruxa chegou... pequem a bruxa 
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Livro 4. Todo dia é dia de índio 

V – Coleção Teatro Greco-romano (peças teatrais infanto-juvenis): 
Livro 1. O mito de Sísifo 
Livro 2. O mito de Midas 
Livro 3. A Caixa de Pandora 
Livro 4. O mito de Édipo. 

B - TEORIA TEATRAL, DRAMATURGIA E OUTROS
VI – ThM-Theater Movement: 
Livro 1. O teatro popular de bonecos Mané Beiçudo: 1.385 exercícios e laboratórios de teatro 
Livro 2. 555 exercícios, jogos e laboratórios para aprimorar a redação da peça teatral: a arte da dramaturgia 
Livro 3. Amor de elefante 
Livro 4. Gravata vermelha 
Livro 5. Santa Dica de Goiás 
Livro 6. Quando o homem engole a lua 


sábado, 27 de fevereiro de 2016

Bibliotecas paulistanas sofrem queda de público e tentam se reinventar



Mais paulistanos vão hoje às bibliotecas da cidade que em 1990 e o número de empréstimos de livros dobrou de lá para cá (de 507 mil para cerca de 1 milhão em 2015).

A elevação é consequência do aumento no número de unidades, com a ajuda da multiplicação dos CEUs (Centro Educacional Unificado), na década passada, e da digitalização de registros, que traz informações mais precisas sobre os empréstimos.

Nesse período, os espaços também ganharam acervos de quadrinhos, filmes e outros conteúdos, como jogos de tabuleiro e videogames de última geração.
Mas essas iniciativas ainda não foram suficientes para compensar o declínio da biblioteca como espaço de pesquisa escolar. Diante do desafio da era digital, esses espaços vêm perdendo visitantes desde que atingiram o pico de frequentadores, de 2,6 milhões no ano de 2004.



Para mudar essa realidade, as bibliotecas da cidade investem em novas estratégias para estancar as perdas e transformar sua missão. "Essa mudança é boa, pois agora a biblioteca pública pode se dedicar a outros públicos e ser um espaço de descoberta da leitura", diz Waltemir Nalles, coordenador do Sistema Municipal de Bibliotecas.

O principal plano para atrair mais visitantes é apostar em eventos, como oficinas, pequenos shows, peças de teatro e encontros com autores. "As bibliotecas precisam ser pensadas como espaços multifuncionais e não como estantes de livros", afirma Francisco Aguiar, professor de biblioteconomia da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

Para Pierre Ruprecht, diretor da SP Leituras, esses espaços devem ser um lugar de lazer e convivência, como uma praça, um bar ou a praia. "Um local onde o cidadão se encontra para trocar cultura, mas sem prazer, ninguém aprende nada", diz.
A entidade administra as duas bibliotecas estaduais na capital: a São Paulo, na área do antigo Carandiru, e a Villa-Lobos, no parque homônimo.

Abertas em 2010 e 2014, elas estão entre as bibliotecas que atraem mais público na cidade. Em seu primeiro ano, a Villa-Lobos recebeu 194 mil pessoas, 12 vezes mais que a média de público dos espaços municipais, de 16 mil pessoas.


De segunda a sexta, predominam moradores da região e, aos fins de semana, chegam visitantes de vários bairros da zona oeste e de cidades vizinhas, como Osasco e Barueri. Em janeiro, ela abriu as portas para um encontro de "booktubers", pessoas que falam sobre livros em vídeos do YouTube, e seus seguidores.

Ambas apostam em design colorido, estantes mais baixas e foco em literatura e ciências humanas.

Há também mais tecnologia, como renovação do empréstimo pela internet, e funcionários jovens - universitários e recém-formados.

As bibliotecas também atraem imigrantes para as ações. Um dos projetos, realizado ano passado, ofereceu aulas de português a bolivianos que, em troca, ensinaram espanhol aos frequentadores. Já uma entidade que recebe haitianos em São Paulo teve à disposição kits de livros sobre o Brasil.

Do outro lado, na rede municipal, em que o ambiente sóbrio e silencioso ainda é o dominante, os espaços se tornam, aos poucos, mais abertos e convidativos. A Mário de Andrade, no centro, que recebe 500 mil visitantes por ano, planeja oferecer atendimento 24 horas. Por enquanto, fecha a seção de empréstimos às 20h30 e deixa uma área de estudos aberta durante a noite. A rede tem ao todo 56 bibliotecas.

Na última década, a prefeitura passou a permitir pesquisas em todo o seu acervo via internet, e apostou no modelo de unidades temáticas. A de maior sucesso é a Hans-Christian Andersen, de contos de fadas, no Tatuapé, que recebeu 33 mil visitantes em 2015.

A Roberto Santos, voltada ao cinema, conta com um cineclube no Ipiranga e guarda filmes raros. Já a Mário Schenberg, que se concentra em temas científicos, não foi tão bem-sucedida e passa por reformulação. "Esperávamos aproveitar a proximidade com a estação Ciência, mas ela fechou", diz o coordenador Waltemir Nalles.

Outras estratégias são dar apoio às bibliotecas comunitárias, criadas por moradores de bairros das periferias, e levar os livros para as ruas, por meio de 72 roteiros de ônibus-bibliotecas. No ano passado, eles realizaram 312 mil empréstimos.

Ratos de biblioteca
Apesar dos pesares, as bibliotecas ainda contam com frequentadores fiéis. A pesquisadora Estefânia de Francis, 41, por exemplo, pegou por empréstimo 282 livros em 2015. "Estou fazendo mestrado sobre literatura africana e também pego livros para meu marido e meu filho Heitor, de 8 anos", conta. "As bibliotecas têm um acervo muito bom, mas são pouco frequentadas".

Outra campeã dos empréstimos é a deficiente visual Áurea Gaspar, 84, com 352 retiradas, boa parte delas de livros em braile. "Ela resolveu ler agora o que não leu durante a vida", comenta Cleide, prima de Áurea, que busca os livros para ela. "Como já leu todos os que [a biblioteca] tinha em braile, agora pegamos livros infantis, que têm a letra grande."

Mirela Ramaciotti, 45, administradora, almoça quase todos os dias no espaço de leitura da biblioteca Álvaro Guerra, em Pinheiros. Ela começou a frequentá-la quando precisou ajudar o filho Danilo em um trabalho da pré-escola. Hoje, ele tem 18 anos. "As bibliotecárias conhecem nossas preferências e sempre indicam livros", conta. "Sou fã porque aqui não há nada vinculado à compra".


Tanto a rede municipal quanto a estadual querem agora emprestar livros eletrônicos. Mas ainda falta chegar a um acordo com as editoras. "Poderemos emprestar até Kindle [leitor eletrônico da Amazon]", planeja Ruprecht, da SP Leituras.

Por Rafael Balago, na Folha de S. Paulo

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14. A sorte lançada 
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16. Michelle ou a Bomba F 
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Livro 1. O coronel e o juízo final 
Livro 2. A noite do terror 
Livro 3. Lobisomem – O homem-lobo roqueiro  
Livro 4. Cobra Honorato 
Livro 5. A Mula sem cabeça 
Livro 6. Iara, a mãe d’água 
Livro 7. Caipora 
Livro 8. O Negrinho Pastoreiro 
Livro 9. Romãozinho, o fogo fátuo 
Livro 10. Saci Pererê 

II – Coleção Infantil (peças teatrais infanto-juvenis): 
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Livro 5. O galo e a raposa 
Livro 6. Todas as cores são legais 
Livro 7. Verde que te quero verde 
Livro 8. Como é bom ser diferente 
Livro 9. O bruxo Esculfield do castelo de Chamberleim 
Livro 10. Quem vai querer a nova escola 

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Livro 1. A bruxa chegou... pequem a bruxa 
Livro 2. Carrossel azul 
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Livro 1. O mito de Sísifo 
Livro 2. O mito de Midas 
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