terça-feira, 30 de junho de 2020

HISTÓRIA - OS ROLOS DO ACERVO




Uma joia da cinematografia e do esporte brasileiros - as imagens do Canal 100 - corre o risco de se perder na barafunda sem fim da Cinemateca Brasileira

Que Fellini, que nada. Pasolini, Truffaut, Godard? Não. E aquele novo filme do diretor americano que pôs um tubarão para assustar as pessoas na praia? Também não. Para uma geração de brasileiros, sobretudo do Rio e de São Paulo, que frequentava cinemas como o Bruni Tijuca e o Bruni Copacabana, o Ipiranga ou o Majestic, em um arco de tempo que vai de 1958 a 1986, a graça mesmo era saber o que estava levando o Canal 100, chegar mais cedo e… pã, pã, pã, pã, pã, pã. Aos acordes iniciais dos naipes de saxofones e trompetes de Na Cadência do Samba, que bonito era ouvir a trilha de abertura do cinejornal com as bolinhas coloridas, efeito visual obtido a partir da filmagem dos faróis de carros, e então a delícia de ver de perto — bem de perto, na altura do gramado, olhos nos olhos — os torcedores da geral com radinho na orelha, os lances espetaculares de Pelé, Garrincha, Zico, Roberto Dinamite, Rivellino e um cipoal de craques que pareciam artistas de Hollywood, conduzidos pelo vozeirão de Cid Moreira. Escolhiam-se as salas, enfim, em virtude daqueles cinco minutos mágicos.

O Canal 100, mesmo para quem não é fã de futebol, faz parte da memória coletiva de um país que, segundo a máxima do escritor Ivan Lessa, de “quinze em quinze anos esquece o que se passou nos últimos quinze anos”. É risco permanente, agora multiplicado. Um lote de 10?000 latas de filmes em película do cinejornal, guardadas nos depósitos da Cinemateca Brasileira, em São Paulo, corre risco de danificação — e, não menos grave, mal pode ser usado, com receio de processo judiciário. Os rolos estão enrolados na crise sem fim da instituição, que deve mais de 11 milhões de reais. Há duas semanas a empresa de refrigeração, fundamental para a manutenção dos arquivos, jogou a toalha e cortou o serviço por não receber o que lhe devem. E mais: numa queda de braço que vem desde o início dos anos 2000, não se sabe quem deve zelar pelo acervo. O Ministério da Cultura? O do Turismo? Em 2008, a família Niemeyer, dos criadores do Canal 100, fechou uma parceria com a Cinemateca para a guarda do tesouro, que poderia ser usado em documentários e programas de televisão. Ia bem, havia futuro, até que o vaivém da política brasileira pôs tudo a perder. Recentemente, o TCU começou a investigar a barafunda da Cinemateca, e os donos do material acabaram ficando de mãos amarradas. “Tenho receio em usar os filmes e depois não conseguir concluir os projetos”, disse a VEJA Alexandre Niemeyer, filho do criador, Carlinhos Niemeyer (1920-1999), fiel depositário da coleção. “No início, a ideia era digitalizar tudo, o que já é praticamente impossível. A Cinemateca não tem dinheiro nem mais a tecnologia adequada de preservação.” E, mal acondicionadas, as embalagens caminham para o bolor.

Há um movimento da classe cinematográfica de transferência do controle da Cinemateca para o governo do Estado de São Paulo (para a União, trata-se apenas de uma sinecura para a ex-ministra e ex-namoradinha do Brasil, Regina Duarte). “Seria uma solução razoável”, diz Niemeyer. É um modo de não deixar morrer uma joia que, no início dos anos 2000, quase foi comprada pelo Instituto Moreira Salles por 3 milhões de dólares, segundo VEJA apurou.

E, ressalve-se, não é só futebol. Houve, no Brasil, no início dos anos 1960, o Cinema Novo de Glauber Rocha, Cacá Diegues, Joaquim Pedro de Andrade e cia., que, entre outros méritos, levou para as telas a chamada “estética da fome”. Mas houve também o jeito de gravar do Canal 100, com câmeras alemãs Arri 2c, cujas primeiras versões foram lançadas durante a II Guerra. Na linha dos pés dos jogadores, em 60 quadros por segundo — e não na velocidade normal, de 24 quadros por segundo —, a sensação era indizível. “Era maior do que a vida”, resume o diretor de fotografia Jacob Solitrenick, que fez parte da equipe que trabalhou no filme oficial da Copa de 1994, Todos os Corações do Mundo, de tomadas que bebiam do Canal 100. “Nunca tínhamos visto o futebol daquele ângulo, tão eloquente.” Ou, como anotou Walter Carvalho, fotógrafo de Lavoura Arcaica e Carandiru, ao se referir a um dos cinegrafistas da clássica série esportiva, Francisco Torturra: “Ele posicionava sua câmera ao nível da grama e dominava o percurso da bola com a destreza de seu olho e os reflexos de seus músculos. Como Garrincha, levava a bola até o gol”. É seiva que não pode sumir no irresponsável caos da Cinemateca.

Por Fábio Altman, na Revista Veja





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quinta-feira, 25 de junho de 2020

Cinemateca – a maior das crises



A maior crise nos 70 anos da instituição coloca em risco um precioso acervo de 250 mil rolos de filmes que contam a história do cinema, da TV e do Brasil

Em 28 de janeiro de 1957, a Cinemateca Brasileira enfrentou um incêndio de grandes proporções, que consumiu em chamas sua sede, na Rua Sete de Abril, no centro de São Paulo, e boa parte do acervo. A tragédia causou comoção, e instituições e empresários passaram a dar apoio à entidade. O drama se repetiria outras três vezes, em 1969, 1982 e 2016, sempre com perdas irreparáveis e promessas de uma valorização que nunca chega. Agora, como num filme ruim em que a trama se repete, mais uma vez o maior arquivo cinematográfico da América do Sul e um dos mais instigantes do mundo está novamente em risco.

Os 250 mil rolos de filmes que contam a história do audiovisual brasileiro desde 1897 — somente um ano depois do primeiro registro em filme feito no país — estão guardados num local que está na iminência de ver a luz ser cortada, por falta de pagamento da conta de energia elétrica há meses, e com séria ameaça de sua refrigeração ser interrompida, já que a manutenção é realizada de forma precária também há um bom tempo.

Essas condições, que já seriam temerárias para qualquer acervo, tornam-se literalmente explosivas quando se trata de um material que não pode sofrer a mínima variação climática, sob o risco de os rolos em nitrato de celulose, que correspondem aos filmes produzidos até os anos 1950, entrarem em combustão, causando um incêndio, de novo. E, desta vez, talvez o último.

“Embora a base do material em nitrato de celulose não seja explosiva, ele tem a propriedade de entrar em combustão espontânea, ou seja, a capacidade de incendiar-se apenas com calor, sem a necessidade de uma chama para deflagrar o fogo. Sendo um material de composição química instável, a temperatura de ignição tem relação direta com sua idade: quanto mais antigo o filme, mais baixa é a temperatura necessária para o material entrar em combustão”, afirmou Débora Butruce, vice-presidente da Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (ABPA). “Quando um incêndio em um depósito de materiais de nitrato se inicia, não é possível extingui-lo, porque o processo de combustão gera seu próprio oxigênio. Ou seja, ele cessa somente quando o material está completamente destruído.”

Em decorrência da crise profunda na Cinemateca, a manutenção da refrigeração tem sido feita por um técnico não especializado — que tem trabalhado sem receber. A dívida com a empresa de energia está em torno de R$ 500 mil, segundo uma fonte da instituição. O custo mensal da eletricidade é de aproximadamente R$ 120 mil. Na última semana, parte do efetivo da segurança também deixou de trabalhar em decorrência da falta de pagamento, aumentando o risco sobre o acervo. Os funcionários da Cinemateca entraram em greve de um dia na sexta-feira 12 de junho. Sem receber os salários desde abril, eles previam novas paralisações. Para apoiar os trabalhadores da instituição, foi criado um crowdfunding, com meta de arrecadação de R$ 200 mil até 4 de julho. Até o fim de tarde da terça-feira 16 de junho, haviam sido arrecadados pouco mais de R$ 73 mil.

O momento é tido como o mais grave na história da instituição que teve suas origens na década de 1940, pelas mãos de intelectuais paulistas — como o crítico de cinema Paulo Emílio Sales Gomes — e guarda paralelos com outra tragédia recente do Brasil, o incêndio do Museu Nacional, em setembro de 2018.

Em meio a toda essa crise, a entidade foi oferecida como prêmio de consolação a Regina Duarte, depois da apagada passagem de menos de três meses pela Secretaria Especial da Cultura de Jair Bolsonaro. O último ato da atriz à frente da pasta foi o vídeo gravado em frente ao Palácio da Alvorada, em que o presidente afirmava que a Cinemateca era um “presente” a Regina Duarte, para que ela pudesse “ficar mais perto de casa”.

A justificativa já não seria das melhores em cenários mais róseos, mas torna-se ainda mais arriscada agora. A crise atual, na verdade mais uma sequência de uma novela que se arrasta há quase uma década, aconteceu por causa de uma questão contratual. A Cinemateca era administrada pela Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto, por meio de um adendo a um contrato que essa mesma entidade já tinha com o governo para cuidar também da TV Escola. Só que em dezembro do ano passado, o ministro da Educação, Abraham Weintraub suspendeu o contrato principal, relativo à TV Escola, o que criou uma dúvida jurídica: com isso, o acordo para administrar a Cinemateca pela Roquette Pinto também ficava automaticamente suspenso ou continuava valendo?

Enquanto isso, a fonte de dinheiro secou, e a Roquette Pinto colocou cerca de R$ 4 milhões de seus próprios cofres entre janeiro e abril para bancar parte dos custos da Cinemateca, de acordo com uma fonte. A expectativa era regularizar a situação e vir a receber a verba do governo federal. Mas nesse meio-tempo a situação só piorou na Esplanada dos Ministérios — basta lembrar que o antecessor de Regina Duarte, Roberto Alvim, caiu no final de janeiro, depois de gravar um vídeo em que aludia ao nazismo.

Um dos cotados para tentar resolver o impasse foi o cineasta e empresário André Sturm, que chegou a ser anunciado como futuro secretário de Audiovisual do governo Bolsonaro, seção a que a Cinemateca está formalmente ligada desde 2003. Sturm elaborou um plano de emergência, com previsão de um novo edital para colocar as coisas em ordem a partir do segundo semestre, mas a ideia nunca foi adiante — e muito menos ele assumiu o cargo. Em 16 de abril, quem foi confirmado no cargo foi o servidor Heber Trigueiro.

Em uma reunião no final do mês passado, Trigueiro anunciou que a ideia agora é reestatizar a Cinemateca até o final do ano. Ou seja, a gestão sairia da Roquette Pinto e passaria diretamente para o governo (isso, de quebra, ajudaria a solucionar outra questão: Regina Duarte teria de ser contratada pela Roquette Pinto no modelo atual, mas poderia ser indicada sem intermediários se a gestão passasse ao governo). Depois da reunião, a Roquette Pinto enviou um ofício ao governo cobrando o pagamento de R$ 11 milhões de repasses atrasados de despesas de 2019 e 2020, além da definição sobre contratos de energia, segurança, manutenção e equipe técnica.

Já houve novas reuniões, mas a indefinição persiste. A cineasta Laís Bodanzky, diretora-presidente da Spcine, empresa de fomento audiovisual da prefeitura de São Paulo, disse que já se colocou à disposição para tentar ajudar. “A informação que eu tenho é que, sim, o governo federal está coordenando de forma a não deixar a situação da Cinemateca entrar numa crise absoluta.”

Quem acompanha há décadas o inestimável serviço da Cinemateca a gerações de cinéfilos e pesquisadores lamenta a situação. “Isso que está acontecendo com a Cinemateca não é um acidente nem é uma coisa imprevista. É um processo de abandono”, afirmou o ex-secretário de Cultura da cidade de São Paulo Carlos Augusto Calil, ex-diretor da Cinemateca.

O acervo da Cinemateca tem desde filmes caseiros, cinejornais, registros históricos documentais, produções seriadas até quase toda a produção cinematográfica do país, que vem desde a época do cinema mudo. Entre os destaques do arquivo estão negativos originais dos filmes de cineastas como Mazzaropi, Glauber Rocha e Anselmo Duarte, único diretor brasileiro premiado com a Palma de Ouro em Cannes, pelo Pagador de promessas (1962), e cujo centenário se comemora neste ano. Também estão lá obras raras, como os filmes Revezes, de 1927, do diretor Chagas Ribeiro, e Limite, de 1931, de Mário Peixoto, que levou décadas para ser restaurado. Há muito mais, tudo parte de um passado que não poderá ser recuperado. “O Museu Nacional é isso. Não estão refazendo as paredes? E daí? São as paredes que importam?”, questionou Calil. Basta uma fagulha para colocar tudo a perder, mais uma vez.


Por Danilo Thomaz, na Revista Época  





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quarta-feira, 24 de junho de 2020

Derrubando estátuas, fazendo história

Manifestantes derrubam estátua de traficante de escravos no Reino Unido


Recentemente, diversos protestos ao redor do globo direcionaram sua atenção para estátuas no espaço público. O primeiro episódio ocorreu na Inglaterra, com a derrubada da estátua do traficante de escravos Edward Colston. Na Bélgica, uma estátua do rei Leopoldo II, responsável por inúmeras atrocidades no Congo, foi incendiada e posteriormente movida para um museu. Nos Estados Unidos, monumentos em homenagem a generais escravocratas e a Cristóvão Colombo também foram alvo de manifestantes. Esse debate está acontecendo já há alguns anos e não só na Europa e nos EUA, como demonstra o movimento Rhodes Deve Cair, de 2015, dirigido contra a estátua do colonizador e racista Cecil Rhodes na Universidade da Cidade do Cabo (África do Sul).

O debate agora chegou ao Brasil, começando pelas redes sociais e ganhando as páginas dos jornais. Ainda que nenhum movimento semelhante esteja ocorrendo aqui, trata-se de uma possibilidade concreta: por um lado, a estátua de Borba Gato e o Monumento às Bandeiras foram pichados com tinta vermelha em 2016; por outro, o movimento negro tem produzido críticas fundamentais às dinâmicas racistas de nosso país, tanto no presente quanto no passado. Diante desse cenário, comentaristas têm se perguntado sobre a legitimidade da derrubada de monumentos homenageando bandeirantes e outros personagens, como Tiradentes. As respostas encontradas nos jornais frequentemente têm sido negativas, argumentando que a derrubada de estátuas significaria a vitória do revisionismo por meio da tentativa de apagar a história e reescrever o passado, projeto supostamente autoritário e anacrônico, pois fundado em uma visão que julga o passado com os olhos de hoje.

O que esses argumentos ignoram são os fundamentos da própria historiografia, aqui entendida como a escrita da história baseada em metodologias e evidências aceitas pelos profissionais da área. Assim, a prática historiográfica é essencialmente revisionista: nós estamos sempre revisando nossos conhecimentos e interpretações sobre o passado. Essa revisão é determinada pelas relações sociais do presente, pois a sucessiva reescrita da história a partir do desenvolvimento de novas questões e interpretações está no cerne do trabalho dos historiadores. É fundamental distinguir, porém, revisionismo de negacionismo: enquanto o primeiro é inerente ao desenvolvimento da historiografia e tem como base evidências e metodologias múltiplas, o segundo é uma tática política destinada a falsificar processos históricos (e frequentemente se apresenta como revisionismo, o que explica a confusão entre os dois termos). Por exemplo, enquanto os historiadores têm revisado desde os anos 1980 suas interpretações sobre o Golpe de 1964 como um processo marcado pela aliança dos militares com setores da sociedade civil, determinados grupos políticos ainda hoje negam o caráter autoritário da ditadura estabelecida nesse momento. Como toda prática que se pretende científica, a historiografia é feita de consensos parciais e provisórios, em constante desenvolvimento e transformação.

A decisão de erigir uma estátua não é neutra ou um registro objetivo sobre determinado personagem. Ao contrário, trata-se de uma tentativa de eternizar em pedra e bronze uma visão específica sobre a história, eliminando assim debates e discordâncias. E isso por meio de uma decisão política tomada em sociedades marcadas por extremas desigualdades, geralmente muito depois dos eventos em questão. Colston morreu em 1721, mas sua estátua foi colocada em Bristol apenas em 1895. Já Borba Gato morreu em 1718, sua efígie no bairro paulistano de Santo Amaro sendo inaugurada apenas em 1963. Os monumentos dedicados aos bandeirantes dizem muito sobre os projetos hegemônicos das elites paulistas do século XX e nada sobre a sociedade colonial que pretendem representar. Assim, a remoção dos monumentos também expressa uma transformação das relações e dos valores sociais. Erigir uma estátua é fazer história, derrubá-la também. Esses momentos são exatamente o contrário do apagamento, pois suscitam debates que geralmente permanecem adormecidos quando se discute o que a sociedade quer valorizar e comemorar.

Já a ideia de que seria anacrônico condenar personagens históricos erra em outra frente, pois ignora que havia outras moralidades possíveis na própria época em que essas figuras viviam. Colombo foi repreendido, preso e levado de volta acorrentado para a Península Ibérica, entre outros motivos por escravizar os povos originários do Caribe contra a vontade da rainha Isabel de Castela; as expedições escravistas dos bandeirantes foram condenadas por religiosos, papas e reis, e mesmo alguns paulistas expressaram remorso em seus testamentos ao admitirem a ilegalidade do cativeiro a que haviam submetido os povos originários. O espantalho do anacronismo frequentemente não passa de uma adoção irrefletida da perspectiva dominante que perpetua a negação da alteridade. Por que o espaço público deve continuar a ser dominado por figuras da elite branca numa sociedade majoritariamente negra e pobre?

A constante reavaliação do passado nacional e a progressiva crítica de seus mitos é uma das marcas de uma democracia madura. O reconhecimento da inadequação de homenagens públicas realizadas no passado não significa apagamento, mas reparação de alguns dos muitos equívocos cometidos por nossos antepassados. A ressignificação do espaço público pode, assim, contribuir para novos projetos, e mais inclusivos, de futuro. O verdadeiro projeto de apagar a história é aquele que a vê como estática e pretende nos manter presos às visões superadas de uma historiografia laudatória dos heróis e mitos nacionais, que excluem e violentam a memória de diversos grupos sociais — em especial negros, indígenas e mulheres — reproduzindo no presente as desigualdades herdadas do passado.


Por Paulo Pachá e Thiago Krause, na Revista Época





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sexta-feira, 19 de junho de 2020

LANÇAMENTO: "O pequeno panda zen"




Uma Coruja e um ursinho panda adoram promover discussões sobre como melhor aprender a pensar.

No livro “O pequeno panda Zen”, os dois personagens aprendem a organizar as coisas que estão na cabeça.

É assim que o pequeno urso ensina à coruja:


“(...) Para aprender, temos que nos livrar de muitas coisas que estão embaralhadas na nossa mente. É tanta coisa que impede que o novo adentre. Significa dizer que temos que ter a mente aberta, porque todo dia é dia de aprender algo novo e inspirador (...)”.

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Todos eles apresentam estórias singelas e inspiradores elaboradas para possibilitar a comunhão entre pais e filhos.

De forma lúdica, cada livro apresenta uma narrativa onde se destacam divertidos ensinamentos. São lições baseadas na filosofia que interage meditação e conduta. Mas não qualquer contemplação mental e qualquer ação, e sim a meditação e a conduta que se ancoram na reflexão crítica.

Como lidar com os problemas, dos mais simples e ordinários - que emergem no dia a dia - aos mais graves e complexos? Mais que isso, como processá-los sem perder de vista a criatividade e a racionalidade, colocando na mesma balança princípios e valores, autoestima e coletividade, respeito às diferenças e tolerância, fraternidade e solidariedade.

A necessidade de manter as emoções em estado de equilíbrio, o estímulo à curiosidade e à investigação, o encorajamento aos questionamentos sucessivos, a importância de dar relevância também à educação informal, o desenvolvimento de habilidades que possibilitem descontruir o pensamento para reconstruí-lo em novas bases, são alguns dos insumos explorados nos livros da Coleção.  
  
Como pensar melhor? A felicidade não estaria nas pequenas coisas que se apresentam enoveladas no cotidiano? E quanto à justiça, aos princípios democráticos e aos valores éticos, não seriam os pilares de sustentação do homem virtuoso? São questionamentos que o autor desenvolveu e que estruturam os cenários presentes nas estórias, um espaço privilegiado onde pais e filhos – através das leituras e discussões - aprenderão uns com os outros.

Cada criança é um ser único e especial. Esta é a referência dos 10 livros da coletânea:


Livro 1. O pequeno panda zen
Livro 2. O pequeno sapo zen
Livro 3. É melhor pensar antes de falar
Livro 4. Os desafios são necessários
Livro 5. A paz é a base de tudo
Livro 6. A gentileza pode tudo
Livro 7. O segredo da felicidade
Livro 8. A mulher bela e rica e sua irmã feia e pobre
Livro 9. O pequeno gato zen
Livro 10. O pequeno cachorro zen

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O AUTOR:

No buscador do site amazon.com.br, digite “Antônio Carlos dos Santos” e acesse dezenas de obras do autor.

Veja, logo abaixo, os dez livros da coleção:




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