sábado, 30 de setembro de 2017

Novo estudo situa origem do Homo sapiens 350.000 anos atrás

Crânio de um Homo sapiens. EPA/Lex Van Lieshout

Os dados genéticos obtidos de sete humanos que viveram nos últimos 2.500 anos na África do Sul sugerem que o Homo sapiens surgiu há 350.000 anos, muito antes do que se considerava até agora, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira na revista "Science".
Cientistas suecos e sul-africanos puderam identificar a sequência genética dos restos de três indivíduos caçadores-coletores que viveram há entre 2.300 e 1.800 anos, e de quatro camponeses que viveram há entre 500 e 300 anos.
Todos eles viveram na atual província de KwaZulu-Natal, na costa Índica da África do Sul.
Os cientistas concluíram que a transição dos humanos arcaicos ao Homo Sapiens ocorreu há entre 350.000 e 260.000 anos, muito antes dos 180.000 anos que se achava até agora com base em restos encontrados no leste da África.
Os autores do estudo, da Universidade de Uppsala (Suécia), da Universidade de Joanesburgo e da Universidade de Witwatersrand (ambas na África do Sul), apoiaram assim a teoria da origem pan-africana do Homo sapiens, com evoluções simultâneas em todo o continente.
De fato, em junho deste ano, fósseis de mais de 300.000 anos achados em Marrocos sugeriram que a evolução do homem arcaico ao Homo sapiens podia ter acontecido muito antes do estabelecido até agora.

 Da EFE

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sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Instituto Ethos propõe plano de combate à corrupção a candidatos às eleições de 2018


Em tempos de Operação Lava Jato, a discussão sobre o combate à corrupção ganhou uma nova urgência. No ano passado, as chamadas "10 Medidas contra a Corrupção" acabaram sofrendo uma série de alterações. Na época, o próprio relator do texto, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), chamou de "tragédia" o resultado das mudanças pelas quais o texto passou na Câmara dos Deputados. Agora, um novo plano quer ocupar o espaço da proposta anterior.
O Instituto Ethos apresentou nesta terça-feira (27/09), durante a Conferência Ethos 360°, em São Paulo, o "Plano Nacional de Integridade, Transparência e Combate à Corrupção". Tratase de um novo texto que visa a adoção de diversas medidas.
Segundo Jorge Hage, ex-ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (2006-2015), são "propostas abertas" para serem discutidas com a sociedade. Um dos elaboradores do documento, ele afirmou que apenas com mobilização popular grandes mudanças na política serão possíveis.
"A construção do plano partiu de avaliar em que ponto estamos para daí definir lacunas e áreas prioritárias", afirma Hage. A intenção é apresentar as propostas não para o atual Congresso, mas para o próximo, a ser eleito em 2018, fazendo com que os candidatos se comprometam com as medidas.
Entre as propostas de reforma institucional, estão a alteração do foro privilegiado por prerrogativa de função; a mudança do processo de escolha e nomeação dos ministros do STF e TCU; e adoção de requisitos de probidade e idoneidade moral, equivalentes aos da Lei da Ficha Limpa, para ocupantes de cargos de ministros de Estado e cargos em comissão em geral.
Já entre as medidas de repressão a atos ilícitos, estão ações para agilizar os processos judiciais; revisão do Sistema de Prescrição Penal; tipificação do crime de caixa 2 e do crime de enriquecimento ilícito; revisão da regulamentação dos acordos de leniência; simplificação dos procedimentos (administrativos e judiciais) para reparação dos danos resultantes de ato ilícito; e aperfeiçamento dos mecanismos de fiscalização da corrupção eleitoral.
Além disso, o plano propõe a ampliação da transparência na administração pública, no processo legislativo e nos órgãos do Poder Judiciário e Ministério Público. Sugere ainda o aprofundamento de medidas de integridade institucional nos órgãos públicos, a melhora no ambiente de negócios e a ampliação da participação da sociedade na fiscalização e nas decisões públicas.
O texto contou com o apoio de diversas entidades e órgãos, como a Transparência Internacional e a Rede Brasil do Pacto Global da ONU.

Época Negócios

 O livro com a peça teatral Irena Sendler, minha Irena:


A história registra as ações de um grande herói, o espião e membro do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, Oskar Schindler, que salvou cerca de 1.200 judeus durante o genocídio perpetrado pelos nazistas. O industrial alemão empregava os judeus em suas fábricas de esmaltes e munições, localizadas na Polónia e na, então, Tchecoslováquia.   

Irena Sendler, utilizando-se, tão somente, de sua posição profissional – assistente social do Departamento de Bem-estar Social de Varsóvia – e se valendo de muita coragem, criatividade e altruísmo, conseguiu salvar mais de 2.500 crianças judias.

"O Anjo do Gueto de Varsóvia", como ficou conhecida Irena Sendlerowa, conseguiu salvar milhares de vidas ao convencer famílias cristãs polonesas a esconder, abrigando em seus lares, os pequeninos cujo pecado capital – sob a ótica do führer – consistia em serem filhos de pais judeus.

Período: 2ª Guerra Mundial, Polônia ocupada pela Alemanha nazista. A ideologia de extrema-direita que sistematizou o racismo científico e levou o antissemitismo ao extremo com a Solução Final, implementava a eliminação dos judeus do continente europeu.

A guerra desencadeada pelos nazistas – a maior deflagração do planeta – mobilizou 100 milhões de militares, provocando a maior carnificina já experimentada pela humanidade, entre 50 e 70 milhões de mortes, incluindo a barbárie absoluta, o Holocausto, o genocídio, o assassinato em massa de 6 milhões de judeus.

Este é o contexto que inspirou o autor a escrever a peça teatral “Irena Sendler, minha Irena”.

Para dar sustentação à trama dramática, Antônio Carlos mergulhou fundo na pesquisa histórica, promovendo a vasta investigação que conferiu à peça um realismo que inquieta, suscitando reflexões sobre as razões que levam o homem a entranhar tão exageradamente no infesto, no sinistro, no maléfico. Por outro lado, como se desanuviando o anverso da mesma moeda, destaca personagens da vida real como Irena Sendler, seres que, mesmo diante das adversidades, da brutalidade mais atroz, invariavelmente optam pelo altruísmo, pela caridade, pela luz.

É quando o autor interage a realidade à ficção que desponta o rico e insólito universo com personagens intensos – de complexa construção psicológica - maquinações ardilosas, intrigas e conspirações maquiavélicas, complôs e subterfúgios delineados para brindar o leitor – não com a catarse, o êxtase, o enlevo – e sim com a reflexão crítica e a oxigenação do pensamento.
Dividida em oito atos, a peça traz à tona o processo de desumanização construído pelas diferentes correntes políticas. Sob o regime nazista, Irena Sandler foi presa e torturada – só não executada porque conseguiu fugir. O término da guerra, em 1945, que deveria levar à liberdade, lancinou o “Anjo do Gueto” com novas violências, novas intolerâncias, novas repressões. Um novo autoritarismo dominava a Polônia e o leste Europeu. Tão obscuro e cruel quanto o de Hitler, Heydrich, Goebbels, Hess e Menguele, surgia o sistema que prometia a sociedade igualitária, sem classes sociais, assentada na propriedade comum dos meios de produção. Como a fascista, a ditadura comunista, também, planejava erigir o novo homem, o novo mundo. Além de continuar perseguindo Irena, apagou-a dos livros e da historiografia oficial, situação que só cessaria com o debacle do império vermelho e a ascensão da democracia, na Polônia, em 1989.


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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Primavera árabe modificou perfil dos refugiados no Brasil, aponta estudo do Ipea


Em todo o Brasil, vivem pelo menos 9.552 pessoas que fugiram de 82 diferentes países em decorrência de perseguições ou graves violações de direitos humanos. Até 2014, a maior parte dos refugiados que elegeram viver em território brasileiro era originária da África (42%) ou do Oriente Médio (44%), destacando-se as nacionalidades síria (31%), angolana (14%), congolesa (12%), libanesa (8%) e colombiana (7,5%).
Esses dados fazem parte da pesquisa Refúgio no Brasil: caracterização dos perfis sociodemográficos dos refugiados, lançada dia 26 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo analisa 4.150 concessões de refúgio acolhidas pelo Brasil entre 1998 e 2014, além de documentos de instituições da sociedade civil e de órgãos internacionais que atuam com refugiados. Embora o país não seja um destino costumeiro de refugiados, o mapeamento mostra que houve expressivo crescimento do número de pedidos na última década. Até 2011, o Brasil registrava 180 deferimentos de solicitações de refúgio por ano. Em 2015, foram 7.662.
Segundo pesquisadores do Ipea, essa mudança tem como marco a ocorrência da chamada Primavera Árabe, sequência de protestos que abalaram os países árabes a partir de 2010, e a guerra civil na Síria, que tem grande impacto no Líbano. Até 2012, eram 50 refugiados sírios no Brasil, número que chegou a 1.739 apenas dois anos depois. No caso dos libaneses, o aumento proporcional foi de 1.255,17% entre 2011 e 2014, conforme a pesquisa elaborada em parceria com o Comitê Nacional para refugiados (Conare) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
A explosão do número de refugiados é um desafio para todo o mundo. Em 2016, o número de indivíduos que migraram em razão de guerras ou perseguições alcançou o maior valor desde a Segunda Guerra Mundial: 65 milhões de pessoas, de acordo com as Nações Unidas. “O refugiado é consequência, não é causa. Ele sai de onde está por questões políticas, de perseguição religiosa ou outras condições que tornam menos digno estar onde ele vive”, destacou o presidente do Ipea, Ernesto Lozardo, que comemorou o fato de a legislação brasileira ser reconhecida, em todo o mundo, como uma das mais progressistas no que tange à recepção dessas pessoas. “O Brasil tem um arcabouço que pode acolher, uma lei de refúgio que garante a dignidade das pessoas”, destacou.
Dois tipos de imigração
Os casos analisados pelo Ipea foram divididos em dois grupos: solicitações por elegibilidade, quando as pessoas chegam espontaneamente às fronteiras do país e buscam acolhida, e pedidos de reassentamento, quando, por meio da Acnur, refugiados são deslocados de outros países em que buscaram proteção. Nesta situação, foram identificadas 168 solicitações, envolvendo, sobretudo, colombianos (68%) e palestinos (21%). Já 3.982 procederam via elegibilidade, o que representa 89,1% do total.
Além da nacionalidade, entre os dois grupos há diferenças de gênero que evidenciam o fato de que as mulheres são registradas, sobretudo, como acompanhantes, de acordo com o Ipea. Entre os reconhecidos via elegibilidade, 73% são do gênero masculino e 27% do feminino. No caso dos reassentados, os números são 55% e 45%, respectivamente. Em ambos os casos, o perfil predominante é de pessoa do sexo masculino e com idade entre 18 e 59 anos. Nessa faixa etária estão 80% dos integrantes do primeiro grupo e 70% do segundo.
Em relação à escolaridade, a pesquisa indica que muitos refugiados têm formação escolar, seja ensino básico (elegibilidade 19% e reassentamento 29%), nível médio (elegibilidade 29% e reassentamento 21%) ou nível superior/formação técnica (elegibilidade 22% e reassentamento 14%). Apesar da qualificação, a inserção dessas pessoas no mercado de trabalho é um desafio. Um dos principais entraves é a língua, já que apenas 21% dos titulares declararam falar o português no momento da solicitação de refúgio. Entre os idiomas mais comuns, estão o árabe, o inglês, o francês, o espanhol e o lingala (língua originária da República Democrática do Congo).
Nos quatro anos posteriores à aprovação da Lei 9.474/97, marco legal sobre refugiados no Brasil, os estados mais procurados foram São Paulo e Rio de Janeiro (RJ). Com o passar do ano, São Paulo continuou concentrando o maior contingente de refugiados (26%), mas outros locais foram inseridos na rota dos refugiados, como Acre (22%), Rio Grande do Sul (17%) e Paraná (12%), conforme dados de 2014 da Acnur destacados na pesquisa.
A dramaticidade da situação vivida em seus países faz com que muitos sequer tivessem a possibilidade de escolher para onde vão. Dos refugiados investigados, somente 56% afirmaram saber que o Brasil era o país de destino. “Essas pessoas vão para onde há condições de sobrevivência”, destacou João Brígido Bezerra Lima, pesquisador do Ipea e um dos autores do livro lançado hoje. Os refugiados passam, então, a morar e a desenvolver atividades precárias, daí porque “o caráter de vulnerabilidade fica associado a eles”, o que pode se revelar na forma de preconceito.
Diante dessa situação, o governo brasileiro espera que a pesquisa possa contribuir no desenvolvimento de políticas públicas. Essa expectativa foi expressada pelo secretário nacional de Justiça e Cidadania do Ministério da Justiça, Astério Pereira dos Santos. “Aqui [na pesquisa], nós temos vários insumos fundamentais para o implemento de políticas públicas voltadas aos refugiados”, afirmou. Ele destacou que, embora o Brasil tenha uma legislação de vanguarda, “é importante que haja políticas voltadas para que esta lei possa ter efetividade”.
Migrantes venezuelanos
Oficial da Acnur, Paulo Sérgio de Almeida apontou que o Brasil vive hoje o desafio de dar efetividade à legislação sobre imigrantes. Isso porque o país tem recebido um grande contingente populacional de venezuelanos. A chegada maciça deles ocorreu nos últimos dois anos, por isso não foi destaca na pesquisa do Ipea. Não obstante, estudo do Conselho Nacional de Imigração (CNIg), com o apoio da Acnur, lançado recentemente, [http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2017-09/pesquisa-51-venezuelanos-nao-indigenas-no-brasil-recebem-menos-de] mostrou que 16 mil venezuelanos migraram recentemente para o Brasil, sendo que mais de 8 mil atravessaram a fronteira apenas no ano de 2017.
A maior parte dessa população está em Roraima, estado que tem contado com o apoio do governo e da Acnur para estabelecer políticas de recepção, acolhida e integração. Esses migrantes não se enquadram necessariamente como refugiados, já que muitos não vieram ao Brasil para fugir de perseguição, mas buscando condições melhores de vida. Apesar dessa situação, eles também têm enfrentado empecilhos para obter postos de trabalho à altura da sua qualificação e mesmo para participar da vida cultural do Brasil. Diante desse quadro, Paulo Sérgio de Almeida lembrou que a presença de pessoas de outras nacionalidades deve ser vista como oportunidade para o Brasil, já que elas contribuem aportando conhecimentos e diversidade cultural.
Diretor do escritório da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal) no Brasil, Carlos Mussi explicou que a situação de Roraima é ilustrativa desse desafio, que não está relacionado apenas aos recursos, mas à complexidade que é desenvolver políticas em várias áreas e com a participação de diferentes entes federativos. Para ele, a capacidade de responder a situações inesperadas de refúgio definirá o papel que o Brasil poderá desempenhar no cenário mundial.
Da Agência Brasil

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Para aproveitar o tempo, selecionamos títulos para os mais variados públicos - de crianças a amantes de literatura.

No descanso, divirta-se a valer, descanse, recarregue as baterias. Não deixe de colocar a leitura em dia, cuide de manter atualizada a sua biblioteca e – jamais se esqueça, o bom presente é aquele que ensina uma lição e dura para sempre; por isso, habitue-se a adquirir livros também para presentear.

Veja a seguir as nossas sugestões de leitura. Basta clicar no título desejado e você será levado ao site com mais informações:

1) Coleção Educação, Teatro e Folclore
Dez volumes abordando 19 lendas do folclore brasileiro.


2) Coleção infantil
Dez volumes abordando temas variados do universo infanto-juvenil.


3) Coleção Educação, Teatro e Democracia
Quatro volumes abordando temas como democracia, ética e cidadania.

4) Coleção Educação, Teatro e História
Quatro volumes abordando temas como independência e cultura indígena.


5) Coleção Teatro greco-romano
Quatro volumes abordando as mais belas lendas da mitologia greco-romana.


6) O maior dramaturgo russo de todos os tempos: Nicolai Gogol – O inspetor Geral


7) O maior dramaturgo da literatura universal: Shakespeare – Medida por medida


8) Amor de elefante


9) Santa Dica de Goiás


10) Gravata Vermelha


11) Prestes e Lampião


12) Estrela vermelha: à sombra de Maiakovski


13) Amor e ódio


14) O juiz, a comédia


15) Planejamento estratégico Quasar K+


16) Tiradentes, o mazombo – 20 contos dramáticos


17) As 100 mais belas fábulas da humanidade


quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Super-ricos são menos tributados que os 10% mais pobres da população brasileira


A baixa tributação sobre o patrimônio das camadas mais altas e a alta tributação indireta (sobre consumo e serviços) fazem os super-ricos pagarem poucos tributos no Brasil. As conclusões constam de estudo divulgado pela organização não governamental britânica Oxfam.
Segundo o relatório A Distância que nos Une: um Retrato das DesigualdadesBrasileiras, os 10% mais pobre da população brasileira gastam 32% da renda em tributos, contra 21% dos 10% mais ricos. Se forem considerados apenas os tributos indiretos, a parcela mais pobre compromete 28% da renda com tributos, contra 10% da camada mais rica.
A tributação indireta é considerada regressiva porque, proporcionalmente, pune mais a população de baixa renda. Isso ocorre porque os mais pobres e os mais ricos pagam o mesmo tributo sobre uma mercadoria ou um serviço consumido, mas o imposto pesa mais no orçamento das famílias que ganham menos.
Segundo a Oxfam, a estrutura tributária brasileira pune, em temos proporcionais, mais os negros e as mulheres em relação aos homens brancos. De acordo com o estudo, três em cada quatro brasileiros que compõem os 10% mais pobres da população são negros; e mais da metade, mulheres. Nos 10% mais ricos, dois em cada três são homens e brancos.
 “Em uma estrutura de renda justa, a tributação deveria atuar de forma redistributiva, não concentradora. No Brasil, ocorre justamente o contrário – nosso sistema tributário penaliza os pobres e alivia os super-ricos, que acumulam renda e, com isso, patrimônio – outro território pouco habitado por impostos”, critica o relatório.
Uma das sugestões da Oxfam para reduzir as disparidades é a elevação da tributação sobre o patrimônio. No Brasil, esses tributos correspondem a apenas 4,5% da arrecadação total, contra 12,15% nos Estados Unidos. A entidade sugere a criação do Imposto sobre Grandes Fortunas, estabelecido pela Constituição, mas até hoje não implementado, e a cobrança de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores sobre jatos, helicópteros, iates e lanchas.
Imposto de Renda
Em relação à tributação sobre a renda e o lucro, o estudo destaca que a progressividade no Imposto de Renda (alíquotas maiores para quem ganha mais) é insuficiente para aumentar a tributação sobre os super-ricos. O estudo define essa faixa como pessoas que ganham ao menos 320 salários mínimos mensais.
Pessoas consideradas super-ricas, mostrou o levantamento, pagam alíquota efetiva de imposto – aquela realmente paga após descontos, deduções e isenções – similar à de quem ganha cinco salários mínimos mensais. Em relação a quem ganha entre 15 e 40 salários mínimos, os super-ricos pagam quatro vezes menos.
Para reverter, em parte, essa desigualdade, a Oxfam sugere a eliminação de renúncias fiscais, que fizeram o país deixar de arrecadar R$ 271 bilhões apenas no ano passado, segundo estimativa da própria Receita Federal. A entidade também defende o fim da isenção de Imposto de Renda da distribuição de lucros e dividendos a pessoas físicas e da remessa de lucros e dividendos ao exterior.
De acordo com o estudo, as isenções fiscais beneficiam os mais ricos. Com base em dados da Receita Federal de 2016, o levantamento apontou que, quem ganha acima de 80 salários mínimos mensais, é beneficiado com isenção média de 66%. Para os super-ricos, que recebem 320 salários, o benefício vai a 70%. A isenção cai a 17% para a classe média, que ganha de 3 a 20 salários mínimos; e a 9% para os 10% mais pobres, que recebem até três mínimos mensais.
Agência Brasil


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terça-feira, 26 de setembro de 2017

Fórum Mundial Alternativo da Água é contra comercialização de recursos hídricos


O Fórum Mundial Alternativo da Água (Fama) lançado ontem, na cidade de São Paulo, apresentou como tema principal a luta contra a privatização e a comercialização da água. O evento ocorre de 17 a 19 de março de 2018, em Brasília, como contraponto ao encontro oficial, o 8º Fórum Mundial da Água, que será de 18 a 23 de março do próximo ano, também na capital federal.
Leo Heller, relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o Direito Humano à Água e Saneamento, concorda com o tema levantado. “Água não é mercadoria. Entendo que quando a água é tratada assim, pessoas que não têm capacidade de pagar ficam excluídas. Quando se trata a água como mercadoria, deixamos de lado direitos fundamentais. O recado é que modelos de gestão, que têm por orientação maximizar lucros, são modelos que podem violar direitos humanos”, disse.
Para Heller, as corporações gerindo a água tem como prioridade minimizar investimentos e maximizar receitas. “Em ambos os casos, podemos ter ampliação de desigualdades, como recusa de fornecer o bem para áreas rurais, pois não há viabilidade econômica, e nas periferias das cidades, sob pretexto de que levaria água a ocupações ilegais”, alertou. “A água é direito, não é admissível que um fórum oficial, com essa envergadura, ignore esse princípio”, defendeu.
Rodrigo de Freitas Espinoza, que elaborou a tese de doutorado sobre o assunto na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), concluiu, em seu estudo, que o fórum deveria ser gerido pela ONU e não pelo Conselho Mundial da Água. Na edição em Brasília, o evento terá apoio dos governos federal e do Distrito Federal.
“O discurso do Conselho Mundial, pretensamente neutro, dá a entender que [o fórum] é um espaço neutro, aberto ao debate. Ao longo da pesquisa, eu acabo por descobrir que é uma fala voltada para a ideia de que o setor privado seria uma espécie de boia salva vidas para os grandes problemas da água”, avalia o pesquisador.
Espinoza observa que o Fama, por sua vez, é um espaço concretamente aberto aos diferentes setores. “É importante que o fórum oficial se posicione, a água é moeda política, de interesse de todos. Por isso, é importante a construção de um espaço como este, trazer para o debate os diversos setores”, disse.
O Fórum Mundial da Água ocorre a cada três anos. As edições anteriores tiveram como sede Marrocos (1997), Holanda (2000), Japão (2003), México (2006), Turquia (2009), França (2012) e Coreia do Sul (2015).
Da Agência Brasil



O mito de Sísifo


O livro
A peça teatral juvenil “O mito de Sísifo” discorre sobre uma das mais belas lendas da mitologia greco-romana.

Sísifo presenciou uma grande águia sobrevoando sua cidade. Conduzia nas garras a bela Egina, filha de Asopo, o deus-rio. 

A águia era a ave de rapina de Júpiter, o deus dos deuses.

O rei de Corinto correu até o velho Asopo e com ele sacramentou um acordo: contaria o paradeiro da filha desde que o deus-rio presenteasse a cidade com uma fonte inesgotável de água pura e cristalina. 

Possesso, Júpiter ordenou que a morte fosse confiscar a alma de Sísifo.

Considerado o homem mais sábio da terra, o rei de Corinto enganou a morte, aprisionando-a.

Ainda mais colérico com a impetuosidade de Sísifo, Júpiter condenou-o a cumprir uma pena eterna, perpétua: rolar uma enorme rocha até o alto de uma montanha íngreme. E chegando ao cume do penhasco fazer a rocha descambar ladeira abaixo, obrigando Sísifo a recomeçar a estafante tarefa. Infinitas vezes, por toda a eternidade.

Acompanhe esta lenda da mitologia greco-romana e surpreenda-se com o final da estória.

A Coleção teatro greco-romano
A cultura greco-romana constitui a base da civilização ocidental. 

É impossível ao homem contemporâneo projetar seus passos em direção ao futuro sem antes mergulhar neste extraordinário passado, nos valores e paradigmas que – estruturados na antiguidade clássica – moldam sua forma de ser, agir e pensar.

Conhecer, portando, como os gregos e romanos estabeleciam suas relações políticas e socioculturais, nada mais é que desbravar o oceano fecundo e profundo onde repousam nossas origens e universo interior.

Mais estimulante é estabelecer essa abordagem adotando o teatro como linha mestra, como fio condutor dessa jornada histórica, dessa aventura épica. 

Antecedendo as peças teatrais, conceitos e relevantes informações auxiliam o leitor na empreitada. Atuam como um mapa do caminho, uma singela bússola, providencialmente disponibilizados para assegurar a tranquilidade da viagem. 

A Coleção Teatro greco-romano conta com quatro volumes. São quatro livros, quatro peças teatrais que abordam treze das mais importantes lendas da mitologia antiga: 

Livro 1: O mito de Sísifo;
Livro 2: O mito de Midas; 
Livro 3: A Caixa de Pandora; e 
Livro 4: O mito de Édipo. 

O conjunto permite compreender o universo peculiar da cultura greco-romana. Seus mitos, o imaginário coletivo, as relações políticas e de poder, as tramas e as tragédias antigas... É o universo clássico repercutindo diuturnamente a máxima de que os tempos são outros, os séculos e milênios prosperam, mas os valores individuais e coletivos, com ligeiras variações, permanecem, quase sempre, inalterados. 

As 13 mais belas lendas da mitologia clássica

As 13 lendas da mitologia greco-romana abordadas nas quatro peças teatrais:
1. Saturno;
2. Júpiter;
3. Vulcano;
4. Baco;
5. Sileno;
6. Minerva;
7. Apolo;
8. Sísifo;
9. Midas;
10. Prometeu;
11. Pandora;
12. Édipo e Jocasta;
13. Eteócles, Polinice e Antígona


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