sexta-feira, 30 de junho de 2023

Os padrões ambientais, sociais e de governança corporativa (ESG) caíram na vala comum dos radicais de esquerda e direita



CEO da BlackRock diz que parou de usar termo ESG devido à politização


O presidente-executivo da BlackRock, Larry Fink, que esteve na vanguarda da adoção de padrões ambientais, sociais e de governança corporativa (ESG) pelo mundo dos negócios, parou de usar o termo, dizendo que se tornou muito politizado.

Mas a maior gestora de ativos do mundo não mudou sua posição sobre questões ESG, disse Fink no Aspen Ideas Festival no domingo.

ESG, um termo abrangente que engloba uma série de práticas de negócios eticamente responsáveis, desde a redução das emissões de carbono até a repressão à discriminação no local de trabalho, tornou-se politicamente polarizador em partes do mundo ocidental, especialmente nos Estados Unidos.

Os políticos republicanos têm atacado as metas ESG como uma forma de o mundo corporativo implementar o que eles argumentam ser uma agenda politicamente liberal, provocando uma reação dos democratas que buscam defender as práticas.

A controvérsia levou algumas empresas de Wall Street a recuar em compromissos ESG. O abandono de uma aliança climática apoiada pelas Nações Unidas por seguradoras tornou-se o exemplo mais recente no mês passado. A própria BlackRock tem sido alvo de investigações por parte de alguns Estados controlados pelos republicanos e até de um boicote a investimentos no Texas.


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"Não uso mais a palavra ESG, porque ela foi totalmente armada... pela extrema esquerda e armada pela extrema direita", disse Fink.

Mas ele disse que abandonar as referências não muda a postura da BlackRock. A gestora continuará conversando com as empresas nas quais tem participação sobre descarbonização, governança corporativa e questões sociais a serem abordadas, acrescentou.

Fink disse em janeiro que a BlackRock perdeu cerca de 4 bilhões de dólares em ativos administrados como resultado da reação contra o ESG, uma pequena fatia de seus 9 trilhões de dólares sob gestão. Ele reiterou na conferência que não houve impacto material nos negócios da BlackRock.

"Tivemos... um dos melhores anos de todos os tempos, mas estou envergonhado de fazer parte desta conversa", disse Fink, acrescentando que suas cartas anuais aos investidores que abordavam questões ESG nunca tiveram a intenção de ser declarações políticas.

Reuters, Isla Binnie, reportagem adicional de Ross Kerber


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quinta-feira, 29 de junho de 2023

Juízes se reúnem para orquestrar um ato que vai manchar a história da República.


Entre a ficção e a realidade 

Os juízes sabem que a sua decisão avilta a Constituição, é incompatível com a imparcialidade da Justiça e com o respeito aos direitos individuais. Apesar do constrangimento de alguns juízes, eles têm ciência de que a decisão imoral denota o fim do Estado de Direito e dos princípios da ordem legal que nos livraram da barbárie, do autoritarismo e da impunidade.

Esse episódio não ocorreu no Brasil. Trata-se do filme magnífico de Costa-Gravas Sessão Especial de Justiça, que se passa na França durante a Segunda Guerra Mundial, quando os nazistas obrigaram a República de Vichy a condenar à morte três jovens inocentes para vingar o assassinato de um oficial nazista. Mas a ficção pode servir como um importante alerta para corrigirmos as imperfeições do sistema judiciário e dos órgãos de controle público.

A volatilidade é parte intrínseca da democracia e da economia de mercado, mas ela é inaceitável no Poder Judiciário.

Na política, a disputa eleitoral e a realização de eleições limpas promovem a alternância do poder entre demagogos e estadistas; na economia, a volatilidade dita os ciclos de prosperidade e recessão. Esses períodos de turbulência produzem a "destruição criativa" que nos obriga a rever crenças obsoletas, geram inovação, promovem mudanças institucionais e nos permitem evoluir e nos adaptar aos novos tempos. Mas a volatilidade política e econômica só é benéfica para a sociedade quando existe um pilar central capaz de garantir a estabilidade do regime e a previsibilidade das regras do jogo. Esse pilar são o Poder Judiciário e os órgãos de controle.

Sem justiça, a degradação das leis corrói a credibilidade das instituições, destrói a crença na democracia e pavimenta o caminho para o surgimento dos regimes autoritários. Sem regras confiáveis, a saudável competição de mercado se transforma num jogo de soma zero que produz a criação de monopólios e do capitalismo de Estado. A crise da democracia começa pela deterioração das leis. A politização do Judiciário e demais órgãos de controles públicos marca a derrocada do Estado de Direito, da democracia e da liberdade individual.

Denota o fim da imparcialidade dos tribunais, a imprevisibilidade do entendimento da lei, o triunfo da arbitrariedade e o surgimento do justiceiro - o símbolo do Estado sem ordem e sem lei. Se quisermos salvar a democracia, é urgente combatermos a degeneração da Justiça e dos órgãos de controle. O Congresso Nacional tem de tomar três medidas urgentes.


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1) O Supremo Tribunal Federal (STF) precisa voltar a ser o guardião da Constituição.

Os constituintes foram claros em relação ao papel do STF: garantir a democracia, o Estado de Direito e os direitos fundamentais e sociais da Constituição. Mas esse papel central foi pervertido por inúmeros dispositivos incorporados para atender aos interesses do corporativismo público e privado, como privilégios funcionais e regalias da magistratura e do Ministério Público; excesso de vinculação de recursos carimbados no Orçamento da Nação; e o manicômio de normas tributárias que catapultou a judicialização no STF. O Congresso tem de desconstitucionalizar privilégios, desvincular gastos constitucionais e promover as reformas tributária e administrativa.

A desconstitucionalização dessas regras diminuirá a judicialização no STF.

2) A Suprema Corte tornou-se o palco do 3.º turno das votações. Quando se perde disputas no âmbito político, eleitoral ou administrativo, recorre- se ao STF para tentar reverter o resultado. A banalização das Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adins) vem sobrecarregando o STF com questões que deveriam ser resolvidas na esfera política e administrativa.


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É preciso restringir os pedidos de Adin, por exemplo, criando uma cláusula de barreira que exija o endosso de 20% dos parlamentares para apresentá-la ao STF. É, também, imperativo acabar com as decisões monocráticas.

O STF tem de se manifestar como colegiado, e não como a voz individual de um de seus membros.

3) Extinguir os Tribunais de Contas da União (TCU) e dos Estados (TCEs). Esses tribunais tornaram-se o exemplo gritante de sinecura, privilégios e de indicação política; são uma espécie de justiça paralela, comandada por políticos e sujeita à pressão política. São estruturas caras, cheias de privilégios e responsáveis pela politização do debate das contas públicas. Os TCU e TCEs deveriam ser substituídos pelo modelo Westminster, utilizado no Reino Unido. Trata-se de uma auditoria independente que publica um parecer público que é submetido ao Parlamento (responsabilização política), ao Ministério Público (responsabilização criminal) e à administração pública (responsabilização administrativa e cível).

A conclusão do filme de Costa-Gravas traz um importante alerta: juízes que fazem política por meio dos seus atos jurídicos se transformam em coveiros da democracia, da liberdade e do Estado de Direito.

Nossa tarefa é evitar que a ficção se torne realidade.

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Conclusão de filme de Costa-Gravas traz um alerta: juízes que fazem política por meio dos seus atos jurídicos se tornam coveiros da democracia, da liberdade e do Estado de Direito

O Estado de S. Paulo, Luiz Felipe D"Ávila


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