Risco é
que, após a crise, crianças não possam retomar os estudos porque suas escolas
estão fechadas, ou porque suas famílias não têm mais condições financeiras para
arcar com esse gasto, ou por precisarem trabalhar para ajudar em casa.
Metade
das crianças refugiadas do mundo está fora das salas de aula, uma situação que
pode ser agravada pela pandemia da Covid-19, alerta o Alto Comissariado das
Nações Unidas para Refugiados (Acnur), nesta quinta-feira (3).
Em um
relatório, o Acnur prevê que, se medidas não forem tomadas imediatamente para
combater os efeitos catastróficos da pandemia na educação de refugiados, o
potencial de milhões de jovens que vivem em comunidades vulneráveis estará um
pouco mais em risco.
A
organização teme que, depois da pandemia, haja crianças que não poderão retomar
os estudos, porque suas escolas estão fechadas, porque suas famílias não têm
mais condições financeiras para arcar com esse gasto, ou porque precisam
trabalhar para ajudar em casa.
Meninas
refugiadas
A ONU
está particularmente preocupada com as meninas refugiadas, que já frequentavam
a escola menos do que os meninos e correm um maior risco de suspenderem seus
estudos após a pandemia.
O
relatório do Acnur se baseia em dados coletados de 12 países, os quais abrigam
metade dos refugiados do mundo.
Entre
eles, o percentual de escolaridade no ensino fundamental é de 77%, mas despenca
para 31% no ensino médio. Apenas 3% chegam a cursar o ensino superior.
Da
France Presse
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