Em sua terceira edição,
levantamento da Transparência Internacional inclui pela primeira vez o governo
federal, que só ficou na frente do governo de Roraima. Ceará fica em primeiro empatado
com Espírito Santo e Rondônia.
O Ceará obteve nota máxima em transparência nos
contratos emergenciais feitos durante a pandemia de Covid-19, mostra ranking
inédito divulgado nesta sexta-feira (31) pela Transparência Internacional. O
estado empatou em primeiro lugar com Espírito Santo e Rondônia, outras duas
unidades da federação que obtiveram nota 100 no ranking.
Entre as prefeituras, Fortaleza ficou na 16ª posição, com nota 86,08. O governo
federal é o segundo menos transparente na divulgação dos contratos
emergenciais, conforme a Transparência Internacional.
A Transparência Internacional avaliou que o principal portal de informações
sobre coronavírus do governo federal mostra poucos detalhes sobre as
contratações e não tem os dados em formato aberto, o que é considerado
importante para a transparência porque permite o cruzamento com outras
informações.
De acordo com o estudo, portais de alguns órgãos federais seguem os padrões
recomendados, mas só têm informações sobre suas respectivas contratações e não
do governo como um todo.
"Outros sites trazem apenas números agregados que, embora possam ser úteis
para fins estatísticos e de pesquisa, não facilitam o acompanhamento de
contratações individuais pelas organizações da sociedade civil, jornalistas e
órgãos de controle. São exemplos disso o Painel de Compras COVID-19 do Portal
de Compras do governo federal e o Painel Contratações Relacionadas à COVID-19
da Controladoria-Geral da União (CGU)", afirma a análise.
Metodologia
A Transparência Internacional analisou os sites, redes sociais e portais de
transparência dos governos de todos os 26 estados e do Distrito Federal e de
todas as 27 capitais.
Os critérios de avaliação do ranking se basearam no guia de Recomendações para
Transparência de Contratações Emergenciais em Resposta à Covid-19. O manual foi
lançado em maio e produzido em conjunto com o Tribunal de Conta da União (TCU).
Em junho, o governo federal já havia recebido críticas sobre transparência na
divulgação de dados da Covid-19, quando o Ministério da Saúde deixou
de divulgar o acumulado de infectados e mortos pela doença.
O Executivo recebeu críticas de entidades e também do Congresso Nacional, como
mostra o vídeo abaixo. O governo acabou voltando atrás e retomou com a
divulgação dos dados completos, como fazia anteriormente.
No G1.Globo
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