sábado, 21 de julho de 2018

Primeiras cidades flutuantes do mundo prometem nos livrar dos políticos

Imagens: The Seasteading Institute/Divulgação

O escritor norte-americano Joe Quirk lidera a revolução das cidades em alto-mar e promete que até 2020 as novas ilhas urbanas vão pipocar pelo globo
Não é mais tema de ficção. Cidades que flutuam no oceano, como entidades autônomas e sustentáveis, já são jurídica e tecnologicamente uma realidade. Até 2020 a primeira ilha-cidade do globo deve ficar totalmente pronta no mar da Polinésia Francesa, como uma zona econômica especial com criação sustentável de peixes, parques eólicos oceânicos e outras inovações que ainda serão apresentadas ao mundo. Outras seis cidades estão em planejamento. A localização ainda não foi divulgada.
Não é mais tema de ficção. Cidades que flutuam no oceano, como entidades autônomas e sustentáveis, já são jurídica e tecnologicamente uma realidade. Até 2020 a primeira ilha-cidade do globo deve ficar totalmente pronta no mar da Polinésia Francesa, como uma zona econômica especial com criação sustentável de peixes, parques eólicos oceânicos e outras inovações que ainda serão apresentadas ao mundo. Outras seis cidades estão em planejamento. A localização ainda não foi divulgada.
Encabeçada pela organização norte-americana sem fins lucrativos The Seasteading Institute, que recebe doações polpudas de bilionários como Peter Thiel, cofundador do PayPal, uma rede mundial de empresas, pesquisadores, arquitetos e entusiastas das comunidades permanentes que flutuam no mar foi criada.
Não é mais tema de ficção. Cidades que flutuam no oceano, como entidades autônomas e sustentáveis, já são jurídica e tecnologicamente uma realidade. Até 2020 a primeira ilha-cidade do globo deve ficar totalmente pronta no mar da Polinésia Francesa, como uma zona econômica especial com criação sustentável de peixes, parques eólicos oceânicos e outras inovações que ainda serão apresentadas ao mundo. Outras seis cidades estão em planejamento. A localização ainda não foi divulgada.

Encabeçada pela organização norte-americana sem fins lucrativos The Seasteading Institute, que recebe doações polpudas de bilionários como Peter Thiel, cofundador do PayPal, uma rede mundial de empresas, pesquisadores, arquitetos e entusiastas das comunidades permanentes que flutuam no mar foi criada.
O porta-voz do grupo é o escritor de sucesso Joe Quirk, conhecido popularmente como o ‘Evangelista do Mar’ e por suas obras de ficção científica. Ele vê as cidades flutuantes como uma nova chance de criar sociedades melhores: “salvar o meio ambiente, curar doenças, alimentar o mundo e tirar milhares da situação de pobreza”. Recentemente ele esteve em São Paulo para o Fórum Liberdade e Democracia do Instituto de Formação de Líderes, quando conversou com a reportagem.
Por que construir cidades flutuantes?
Elas ajudam a solucionar dois dos maiores problemas do mundo: a mudança no nível do mar e a falta de inovação na governança. Governos são a única tecnologia que não progride rápida e pacificamente. Nós vamos começar no Oceano Pacífico, na Polinésia Francesa, em cooperação com o governo local, com plataformas individuais para famílias inteiras, o que facilita se juntar a uma cidade flutuante quando a família quiser, bem como se desacoplar e procurar outra comunidade. Esse tipo de liberdade vai fazer as cidades competirem entre si pelos habitantes. O que só vai aumentar a qualidade dessas cidades e a relação entre governo e governado. A ideia é que cada casa represente um voto e que caso não concorde com seu governante eleito ele possa acoplar sua casa a outros módulos. Vamos começar pequenos. Com uma quantidade limitada de ilhas sustentáveis para 250 pessoas.
O que te levou a se dedicar para a causa?
Todo mundo tem uma paixão. Minha esposa se preocupa com a situação dos elefantes. E eu com a falta de inovação dos governos. Qualquer humanitário que compreenda a evolução deveria apoiar as cidades flutuantes. Porque governos flutuantes só poderão se formar se as pessoas optarem por se ligar umas às outras.

Mas qual a diferença entre essas cidades flutuantes em construção e as cidades flutuantes que já existem na Holanda, por exemplo?
Os engenheiros aquáticos que estão desenhando nossas cidades são da Holanda, da Delta Sink. A tecnologia é a mesma, mas em uma escala maior. A diferença é que vamos experimentar mais. Por exemplo: o biólogo Neil Sims está conseguindo transformar o gás carbônico em sashimi. O agrônomo marinho Ricardo Radulovich planeja alimentar diversas pessoas com algas marinhas. Dependendo do preparo, ela fica até com gosto de bacon. A empresária do ramo da biotecnologia Lissa Morganthaler-Jones planeja substituir o petróleo pelas substâncias produzidas pelas cianobactérias.
E por que vocês decidiram começar pela Polinésia Francesa?
O presidente nos convidou para iniciar o projeto lá. E o local é ideal para testar a ideia, pois tem águas calmas.
Você fala em nos libertar dos políticos. Pode explicar melhor como isso aconteceria e o que isso significa?
Os governantes não se sustentariam mais sendo ditadores, por exemplo. Porque as pessoas poderão de fato escolher. Se algum líder não está atendendo às expectativas, é só você ir para outro lugar. O que vai redefinir a forma de governar. Políticos, da forma que existem hoje, não existirão mais no futuro.
O projeto tem despertado críticas severas, principalmente com relação ao impacto sobre o meio ambiente. O que você tem a dizer?
O projeto está sendo criado para ter um baixo impacto. Todo o material utilizado será reciclado. Vamos usar madeira, bambu e fibras de coco. A água será reciclada. Nada será jogado ao mar. Vamos ter criação de peixes e algas. Estamos testando diversas soluções e tecnologias de entusiastas do mundo todo para criar um mundo melhor.
Por Luan Galani, na Gazeta do Povo



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