Imagens: The Seasteading Institute/Divulgação |
O escritor
norte-americano Joe Quirk lidera a revolução das cidades em alto-mar e promete
que até 2020 as novas ilhas urbanas vão pipocar pelo globo
Não
é mais tema de ficção. Cidades que flutuam no
oceano, como entidades autônomas e sustentáveis, já são
jurídica e tecnologicamente uma realidade. Até 2020 a primeira ilha-cidade do
globo deve ficar totalmente pronta no mar da Polinésia Francesa,
como uma zona econômica especial com criação sustentável de peixes, parques
eólicos oceânicos e outras inovações que ainda serão apresentadas ao mundo.
Outras seis cidades estão em planejamento. A localização ainda não foi
divulgada.
Não
é mais tema de ficção. Cidades que flutuam
no oceano, como entidades autônomas e sustentáveis, já são jurídica e
tecnologicamente uma realidade. Até 2020 a primeira ilha-cidade do globo deve
ficar totalmente pronta no mar da Polinésia
Francesa, como uma zona econômica especial com criação sustentável de
peixes, parques eólicos oceânicos e outras inovações que ainda serão
apresentadas ao mundo. Outras seis cidades estão em planejamento. A localização
ainda não foi divulgada.
Encabeçada
pela organização norte-americana sem fins lucrativos The Seasteading Institute, que
recebe doações polpudas de bilionários como Peter Thiel, cofundador do PayPal,
uma rede mundial de empresas, pesquisadores, arquitetos e entusiastas das
comunidades permanentes que flutuam no mar foi criada.
Não
é mais tema de ficção. Cidades que flutuam
no oceano, como entidades autônomas e sustentáveis, já são jurídica e
tecnologicamente uma realidade. Até 2020 a primeira ilha-cidade do globo deve
ficar totalmente pronta no mar da Polinésia
Francesa, como uma zona econômica especial com criação sustentável de
peixes, parques eólicos oceânicos e outras inovações que ainda serão
apresentadas ao mundo. Outras seis cidades estão em planejamento. A localização
ainda não foi divulgada.
Encabeçada
pela organização norte-americana sem fins lucrativos The Seasteading Institute, que
recebe doações polpudas de bilionários como Peter Thiel, cofundador do PayPal,
uma rede mundial de empresas, pesquisadores, arquitetos e entusiastas das
comunidades permanentes que flutuam no mar foi criada.
O
porta-voz do grupo é o escritor de sucesso Joe
Quirk, conhecido popularmente como o ‘Evangelista do Mar’ e por suas
obras de ficção científica. Ele vê as cidades
flutuantes como uma nova chance de criar sociedades melhores:
“salvar o meio ambiente, curar doenças, alimentar o mundo e tirar milhares da
situação de pobreza”. Recentemente ele esteve em São Paulo para o Fórum Liberdade e Democracia do
Instituto de Formação de Líderes, quando conversou com a reportagem.
Por que construir cidades flutuantes?
Elas
ajudam a solucionar dois dos maiores problemas do mundo: a mudança no nível do
mar e a falta de inovação na governança. Governos são a única tecnologia que
não progride rápida e pacificamente. Nós vamos começar no Oceano Pacífico, na
Polinésia Francesa, em cooperação com o governo local, com plataformas
individuais para famílias inteiras, o que facilita se juntar a uma cidade flutuante
quando a família quiser, bem como se desacoplar e procurar outra comunidade.
Esse tipo de liberdade vai fazer as cidades competirem entre si pelos
habitantes. O que só vai aumentar a qualidade dessas cidades e a relação entre
governo e governado. A ideia é que cada casa represente um voto e que caso não
concorde com seu governante eleito ele possa acoplar sua casa a outros módulos.
Vamos começar pequenos. Com uma quantidade limitada de ilhas sustentáveis para
250 pessoas.
O que te levou a se dedicar para a causa?
Todo
mundo tem uma paixão. Minha esposa se preocupa com a situação dos elefantes. E
eu com a falta de inovação dos governos. Qualquer humanitário que compreenda a
evolução deveria apoiar as cidades flutuantes. Porque governos flutuantes só
poderão se formar se as pessoas optarem por se ligar umas às outras.
Mas qual a diferença entre essas cidades flutuantes
em construção e as cidades flutuantes que já existem na Holanda, por exemplo?
Os
engenheiros aquáticos que estão desenhando nossas cidades são da Holanda, da
Delta Sink. A tecnologia é a mesma, mas em uma escala maior. A diferença é que
vamos experimentar mais. Por exemplo: o biólogo Neil Sims está conseguindo
transformar o gás carbônico em sashimi. O agrônomo marinho Ricardo Radulovich
planeja alimentar diversas pessoas com algas marinhas. Dependendo do preparo,
ela fica até com gosto de bacon. A empresária do ramo da biotecnologia Lissa
Morganthaler-Jones planeja substituir o petróleo pelas substâncias produzidas
pelas cianobactérias.
E por que vocês decidiram começar pela Polinésia
Francesa?
O
presidente nos convidou para iniciar o projeto lá. E o local é ideal para
testar a ideia, pois tem águas calmas.
Você fala em nos libertar dos políticos. Pode
explicar melhor como isso aconteceria e o que isso significa?
Os
governantes não se sustentariam mais sendo ditadores, por exemplo. Porque as
pessoas poderão de fato escolher. Se algum líder não está atendendo às
expectativas, é só você ir para outro lugar. O que vai redefinir a forma de
governar. Políticos, da forma que existem hoje, não existirão mais no futuro.
O projeto tem despertado críticas severas,
principalmente com relação ao impacto sobre o meio ambiente. O que você tem a
dizer?
O
projeto está sendo criado para ter um baixo impacto. Todo o material utilizado
será reciclado. Vamos usar madeira, bambu e fibras de coco. A água será
reciclada. Nada será jogado ao mar. Vamos ter criação de peixes e algas.
Estamos testando diversas soluções e tecnologias de entusiastas do mundo todo
para criar um mundo melhor.
Por Luan
Galani, na Gazeta do Povo