Trabalhar em equipe, traçar estratégias, escolher
os nomes adequados para cada função. Pode-se estar falando aqui da Seleção
Brasileira comandada por Tite, mas as linhas mestras de sucesso são também
adequadas para empresas e empreendedores. Um grande estrategista de campanhas
eleitorais definiu o ambiente político como o melhor campo de treinamento para
desenvolver novas ideias, novos negócios e novas lideranças.
Um dos motivos, explicam especialistas, é que estruturas de campanha são uma pirâmide de cabeça para baixo, com os voluntários militantes no topo. Esses partidários entusiasmados se identificam com um discurso político, apropriam-se de suas ideias e se dispõem a divulgá-las. Em um trabalho eleitoral de sucesso, cada cidade, cada estado tem equipe própria e seu êxito depende do espírito empreendedor das diversas equipes.
A elite do empresariado, por isso, deveria ver o processo eleitoral como um laboratório em que novidades encontram formas de se desenvolver. Nada mais distante da realidade política brasileira do que tal cenário empreendedor.
Parte do problema está em como as lideranças empresariais lidam com a política. É legítimo que tenham suas opiniões, defendam seus candidatos e seus ideários. O Supremo Tribunal Federal (STF) apontou como uma das razões para a proibição de doações empresariais a candidatos o fato de parte preponderante deles de irrigar financeiramente opções partidárias diversas, concorrentes e contraditórias. O dinheiro seria usado para manipular interesses e comprar candidatos, em vez de na defesa de pontos pragmáticos ou ideológicos. Interpretando tal ação como desequilibradora da disputa, o STF limitou o financiamento de campanha a doações de pessoas físicas, além dos muitos milhões do Fundo Partidário.
A três meses do primeiro turno da sucessão presidencial, diversos empresários mantêm-se apreensivos e desnorteados com o quadro eleitoral revelado pelas pesquisas até o momento. Um dos pré-candidatos líderes da disputa afirmou a uma plateia de qualificados empresários em São Paulo que provavelmente teria menos capacidade intelectual que qualquer um dos presentes ao evento. Seu principal ativo seria que as condições políticas atuais — de radicalização e repulsa aos quadros tradicionais — tornam seu discurso mais adequado aos ouvidos dos eleitores.
O que surpreende, além da relevante admissão de falta de preparo do pré-candidato, é que muitos dos presentes naquela sala endossaram a análise do presidenciável. Reforçaram assim a aposta num nome que consideram aquém dos desafios do país, mas menos pior que as opções disponíveis. ÉPOCA detalha essa história nas páginas adiante. O endosso e a aposta parecem equívocos que cobrarão seu preço.
Trabalhar em equipe, traçar estratégias, escolher os nomes adequados para cada função. As palavras se repetem, agora sim para falar da Seleção Brasileira comandada por Tite e estrelada por Neymar. A capa de ÉPOCA desta semana esmiúça as relações de ódio e amor envolvendo o mais destacado esportista brasileiro, mas também o mais contestado. No repertório futebolístico, cada vez mais Neymar se aprimora. Seu comportamento em campo, no entanto, tem gerado críticas por falsear quedas e contusões, numa suposta tentativa malandra de enganar árbitros e levar vantagem sobre adversários. Neymar, aos 26 anos, ainda precisa amadurecer mais, mostrar-se mais equilibrado e menos tormentoso. Precisa entender que seus adversários estão em campo — não fora dele, como por vezes parece demonstrar quando faz um gol e pede silêncio a opositores não muito claros. Neymar caminha para ser uma das três maiores estrelas do futebol brasileiro. Tem de se cuidar para não tropeçar nas próprias pernas.
Um dos motivos, explicam especialistas, é que estruturas de campanha são uma pirâmide de cabeça para baixo, com os voluntários militantes no topo. Esses partidários entusiasmados se identificam com um discurso político, apropriam-se de suas ideias e se dispõem a divulgá-las. Em um trabalho eleitoral de sucesso, cada cidade, cada estado tem equipe própria e seu êxito depende do espírito empreendedor das diversas equipes.
A elite do empresariado, por isso, deveria ver o processo eleitoral como um laboratório em que novidades encontram formas de se desenvolver. Nada mais distante da realidade política brasileira do que tal cenário empreendedor.
Parte do problema está em como as lideranças empresariais lidam com a política. É legítimo que tenham suas opiniões, defendam seus candidatos e seus ideários. O Supremo Tribunal Federal (STF) apontou como uma das razões para a proibição de doações empresariais a candidatos o fato de parte preponderante deles de irrigar financeiramente opções partidárias diversas, concorrentes e contraditórias. O dinheiro seria usado para manipular interesses e comprar candidatos, em vez de na defesa de pontos pragmáticos ou ideológicos. Interpretando tal ação como desequilibradora da disputa, o STF limitou o financiamento de campanha a doações de pessoas físicas, além dos muitos milhões do Fundo Partidário.
A três meses do primeiro turno da sucessão presidencial, diversos empresários mantêm-se apreensivos e desnorteados com o quadro eleitoral revelado pelas pesquisas até o momento. Um dos pré-candidatos líderes da disputa afirmou a uma plateia de qualificados empresários em São Paulo que provavelmente teria menos capacidade intelectual que qualquer um dos presentes ao evento. Seu principal ativo seria que as condições políticas atuais — de radicalização e repulsa aos quadros tradicionais — tornam seu discurso mais adequado aos ouvidos dos eleitores.
O que surpreende, além da relevante admissão de falta de preparo do pré-candidato, é que muitos dos presentes naquela sala endossaram a análise do presidenciável. Reforçaram assim a aposta num nome que consideram aquém dos desafios do país, mas menos pior que as opções disponíveis. ÉPOCA detalha essa história nas páginas adiante. O endosso e a aposta parecem equívocos que cobrarão seu preço.
Trabalhar em equipe, traçar estratégias, escolher os nomes adequados para cada função. As palavras se repetem, agora sim para falar da Seleção Brasileira comandada por Tite e estrelada por Neymar. A capa de ÉPOCA desta semana esmiúça as relações de ódio e amor envolvendo o mais destacado esportista brasileiro, mas também o mais contestado. No repertório futebolístico, cada vez mais Neymar se aprimora. Seu comportamento em campo, no entanto, tem gerado críticas por falsear quedas e contusões, numa suposta tentativa malandra de enganar árbitros e levar vantagem sobre adversários. Neymar, aos 26 anos, ainda precisa amadurecer mais, mostrar-se mais equilibrado e menos tormentoso. Precisa entender que seus adversários estão em campo — não fora dele, como por vezes parece demonstrar quando faz um gol e pede silêncio a opositores não muito claros. Neymar caminha para ser uma das três maiores estrelas do futebol brasileiro. Tem de se cuidar para não tropeçar nas próprias pernas.
Revista Época