sexta-feira, 22 de julho de 2022

Aquecimento global: o plano bilionário de Biden para combater mudanças climáticas


O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou na quarta-feira (21/7) um pacote de US$ 2,3 bilhões (R$ 12 bilhões) para ajudar a construir a infraestrutura necessária para condições climáticas extremas e desastres naturais.

 

Mas Biden não chegou a declarar formalmente uma emergência climática, o que lhe daria mais poderes.

O presidente discursou no Estado americano de Massachusetts em um momento em que Europa e a América do Norte enfrentam uma onda de calor com temperaturas recordes.

Dezenas de milhões de pessoas nos EUA, em mais de 20 Estados, estão sob alertas de calor esta semana.

"A mudança climática é literalmente uma ameaça existencial para nossa nação e para o mundo", disse o presidente no discurso de quarta-feira, que foi proferido do lado de fora de uma antiga usina a carvão na cidade de Somerset. "A saúde de nossos cidadãos e nossas comunidades está em jogo. Portanto, temos que agir."

Biden disse que o financiamento seria alocado para expandir o controle de enchentes, reforçar serviços públicos, reformar prédios e ajudar as famílias a pagar os custos de aquecimento e refrigeração.

O dinheiro vem de um orçamento da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências. Comunidades desfavorecidas terão prioridade no uso dos recursos, informou a Casa Branca.

Estados receberão US$ 385 milhões (mais de R$ 2 bilhões) para financiar unidades de ar condicionado em residências e centros de refrigeração comunitários.

O governo também planeja fornecer suporte adicional para o desenvolvimento de energia eólica offshore no Golfo do México e aplicar novos padrões de trabalho para proteger trabalhadores de condições climáticas extremas.

Embora Biden tenha dito que tratará as condições climáticas extremas como "emergência", ele não chegou a declarar formalmente uma emergência federal.

O presidente está sob crescente pressão de colegas democratas e grupos ambientalistas para decretar emergência depois que o senador do Estado da Virgínia Ocidental Joe Manchin — um democrata conservador — disse na semana passada que não apoiaria uma legislação destinada a enfrentar as mudanças climáticas, em ataque aos planos de Biden. Manchin disse estar mais preocupado com a inflação, em alta nos EUA.

Biden disse na quarta-feira que, como o Congresso "não está agindo como deveria", ele planeja anunciar novas ações executivas nas próximas semanas.

"Nossos filhos e netos estão contando conosco", disse. "Se não mantivermos [a mudança climática] abaixo de 1,5°C, perderemos tudo. Não teremos outra chance de reverter isso."

O presidente Biden assumiu o cargo prometendo restaurar a credibilidade dos EUA na ação climática e derrubar os "retrocessos" da política ambiental de seu antecessor, Donald Trump.

Em seu primeiro dia, assinou uma ordem executiva para que os EUA voltassem a aderir aos Acordos Climáticos de Paris. Em abril do ano passado, prometeu reduzir as emissões de gases de efeito estufa dos EUA em pelo menos 50% até 2030.

Mas o caminho para transformar essas promessas em realidade tem sido difícil para Biden. Essa última rodada de ordens executivas demonstra os problemas que ele enfrenta para fazer a política climática seguir caminhos normais.

Antes da conferência climática de Glasgow, na Escócia, Biden prometeu que os EUA forneceriam US$ 11,4 bilhões por ano em financiamento climático até 2024 — para ajudar os países em desenvolvimento a enfrentar e se preparar para as mudanças climáticas. Mas, em março, obteve apenas US$ 1 bilhão do Congresso americano — apenas um terço a mais do que os gastos da era Trump.

As ordens executivas de quarta-feira demonstram que Biden está determinado. Mas talvez também esteja cauteloso em ir longe demais no uso desse tipo de poderes presidenciais.

No mês passado, a Agência de Proteção Ambiental perdeu parte de seu poder de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em uma decisão histórica da Suprema Corte dos EUA — após um processo de 19 Estados produtores de carvão preocupados com a perda de empregos.

O tempo dirá quanto Biden conseguirá realizar em sua presidência.

BBC News, Bernd Debusmann Jr 


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