A formação dos professores no
Brasil vai ficar mais longa e passar a ter maior foco na prática. As medidas
estão previstas em resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) homologada
pelo Ministério da Educação (MEC).
A
portaria que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação
Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum
para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica - (BNC-Formação) foi
publicada hoje (20) no Diário Oficial da União .
Os
cursos de licenciatura, para a formação de professores, passam da atual duração
de três para quatro anos, ou 3,2 mil horas. Dessas 800 horas, o equivalente a
um quarto do curso, devem ser voltadas para a prática pedagógica.
A
prática pedagógica deve, obrigatoriamente, ser acompanhada por um professor da
instituição formadora e por um professor experiente da escola onde o estudante
a realiza.
Apesar
da parte da formação dedicada exclusivamente à prática, a resolução estabelece
que a prática deve estar presente em todo o percurso formativo do licenciando,
“com a participação de toda a equipe docente da instituição formadora, devendo
ser desenvolvida em uma progressão que, partindo da familiarização inicial com
a atividade docente, conduza, de modo harmônico e coerente, ao estágio
supervisionado”.
A
formação dos futuros professores também terá um maior foco na chamada Base
Nacional Comum Curricular (BNCC), que define o mínimo que deverá ser aprendido
pelos estudantes de todo o país no ensino infantil, fundamental e médio.
Histórico
Uma
resolução que tratava da formação de professores havia sido homologada em 2015
e deveria ter sido implementada até 2017, mas, na época, o MEC
pediu o adiamento da implementação. Isso porque a BNCC, que
orientaria também a formação dos professores, ainda não estava em vigência.
A
nova publicação homologada nesta sexta-feira revoga a de 2015. Agora, foi
estabelecido um novo prazo de dois anos para que as instituições de ensino
superior se adequem às medidas.
Aquelas
que já implementaram a resolução de 2015 terão três anos para adequar as
competências profissionais previstas na nova resolução. Os estudantes que
iniciaram os estudos seguindo as diretrizes da resolução anterior deverão
concluir os estudos “sob a mesma orientação curricular”.
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