sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

O grande teatro do mundo



Tudo está em Shakespeare, sua época e a nossa, a grandeza da literatura e os milagres que a arte realiza na vida das pessoas



O teatro é, como as touradas, uma arte extremista, na qual uma obra é muito boa ou muito ruim, mas não existe um meio termo. Madri, por apenas quatro dias, teve a oportunidade de ver uma montagem fora do comum, concebida por um diretor genial, o irlandês/inglês Declan Donnellan, de uma tragicomédia de ShakespeareConto do Inverno.
Há um bom tempo eu não via um espetáculo que me deixasse praticamente em estado de transe ao longo das suas quase três horas de duração. Nem mesmo outra montagem do mesmo diretor, Medida por Medida, de Shakespeare, que era também notável e foi interpretada por uma companhia de atores russos, me deu essa sensação de beleza e originalidade, de destreza e perfeição absoluta que, estou certo, todos os que assistiram a essa representação no Teatro María Guerrero nunca esquecerão. (Direi, de passagem, sobre a alegria que me deu comprovar, na noite em que assisti, o grande número de jovens e adolescentes que lotavam os camarotes, galerias e a plateia.)
Apesar de Donnellan tomar muitas liberdades com o texto original, aposto o que for que se o grande Bardo inglês visse o que fez o irlandês/inglês com seu Conto do Invernoteria ficado tão feliz como nós, os espectadores. Porque a recriação dessa obra idealizada por Donnellan não faz mais do que revelar as potencialidades ocultas em seus versos e em sua melodramática história, o que nela existe de universal e de atual. Logo após vê-la, reconstruída em um palco pela sabedoria do diretor, corri para lê-la novamente e foi toda uma revelação observar que, de fato, com sua fantasia arrebatadora e suas delirantes coincidências e jogos de palavras, com suas personagens extravagantes e até sua geografia fantástica (na qual a Boêmia tem um porto marítimo), o Conto do Inverno é nada mais nada menos do que um testemunho sobre nosso tempo, nossos conflitos, uma obra que denuncia o absurdo e as velhacarias nas quais se move nossa vida política, os transtornos sociais provocados pelas injustiças cometidas por um poderoso mais ou menos imbecil, e, apesar de tudo isso, como em alguns momentos a vida pode ser bela, para todos, os ricos e os pobres, as vítimas e os algozes, quando se ama, se dança, se canta, e um grupo de amigos e casais jovens se reúne para, por algumas horas, na embriaguez e no gozo da festa, fugir da rotina, da servidão e misérias cotidianas.
Todos os atores são tão bons, cumprem tão rigorosamente com sua função específica, encarnam com tanta eficácia seus personagens, que parece injusto ter que destacar a formidável interpretação de Guy Hughes como o paranoico Leontes, rei da Sicília, sobre quem repousa boa parte da obra. Ele o faz magnificamente, com uma versatilidade que lhe permite passar do cômico ao trágico, do sentimental ao épico, com a mesma desenvoltura com que chora, geme, se desespera e gargalha. Parece mentira que um ator possa se metamorfosear de tal maneira e tantas vezes no decorrer da obra. O ciúme exacerbado desse demente, o rei Leontes, movimenta uma história que, começando na candente terra siciliana, percorre meia Europa, provocando sofrimentos e catástrofes múltiplas e mostrando uma heterogênea humanidade de pastores, pícaros, empregados, nobres, senhores, comediantes e trovadores ambulantes, muitos deles com nomes e reminiscências de mitos gregos. O fascínio é tamanho que, em dado momento, temos a impressão de ver o mundo inteiro ao alcance de nossos olhos, um pequeno universo em que, como O Aleph de Borges, toda a humanidade vivente se coloca ao nosso alcance.

E os mesmos elogios podem ser feitos sobre a iluminação, a música, o figurino. Alguns cubos de madeira servem para que Nick Ormerod, o cenógrafo, arme e desarme cenários que, apesar de toda a simplicidade de sua estrutura, nos fazem andar por suntuosos palácios, ermos, campinas onde pastoreiam os rebanhos, aldeias de camponeses, festas de rua.
Neste ano são comemorados os quinhentos anos das mortes de Shakespeare e de Cervantes. Espero que o autor de Dom Quixote, o livro emblemático de nossa cultura e nossa língua, esse homem simples, bom e trágico que seus contemporâneos ignoraram e maltrataram, receba homenagem semelhante à que Declan Donnellan prestou ao autor de HamletMacbethRomeu e Julieta e tantas outras obras-primas. Porque uma montagem como a realizada com Conto do Inverno nos mostra, de uma maneira vívida e imediata, apelando diretamente a nossa sensibilidade e fantasia, a incrível riqueza e variedade da imaginação com que aquele obscuro comediante (de quem não sabemos quase nada, além do fato de ter escrito inúmeras obras-primas absolutas, e que se retirou dos palcos e da literatura quando ganhou bastante dinheiro para viver como um burguês, de sua renda) criou um mundo tão rico e diverso como aquele em que vivemos, mas sempre belo, apesar da violência que o atravessa e as tragédias que sofre, sempre belíssimo, graças à música e à magia das palavras que o formam, essa taumaturgia que transforma a tristeza em alegria, o ódio em gozo, a brutalidade e o terrível em generosidade e grandeza. Tudo está em Shakespeare, sua época e a nossa, o que nelas existe de idêntico e de diferente, a grandeza da literatura e os milagres que a arte realiza na vida das pessoas, assim como a maneira em que a vida dos humanos destila ao mesmo tempo felicidade e desgraça, dor e alegria, paixão, traição, heroísmo e vileza. Toda a incomensurável riqueza do mundo fantasiado por Shakespeare vem à luz de maneira ofuscante e esplêndida nesse Conto do Inverno concebido por Declan Donnellan.

Espero que Cervantes receba uma homenagem semelhante à que Donnellan prestou ao autor de 'Hamlet'

Uma última nota. Esta obra, representada pela companhia Cheek by Jowl, dirigida por Donnellan, contou com a colaboração de vários teatros europeus, da França, Itália, Luxemburgo e Espanha, e foi apresentada em Madri na língua inglesa, com uma tradução em espanhol para quem não conseguia acompanhar o texto em sua língua original. E isso não foi um obstáculo para que o público se deleitasse fascinado com o que acontecia no palco e premiasse os atores com uma impressionante ovação. O que se pode concluir disso tudo? Que aquilo que sempre se acreditou ser um impedimento para que as companhias de teatro andassem pelo vasto mundo – os diferentes idiomas – já não o é, não só porque a vida moderna transformou o aprendizado de idiomas em uma exigência inevitável, mas, sobretudo, porque existe hoje em dia uma tecnologia que permite aos espetáculos serem acompanhados em tradução quase tão perfeitamente como em sua língua original. Espero que os exemplos de Declan Donnellan e sua companhia Cheek by Jowl sejam seguidos por muitos outros e (o que, é pena, não será fácil) da mesma qualidade.
Por MARIO VARGAS LLOSA, no El País
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Dramaturgo, o autor transferiu para seus contos literários toda a criatividade, intensidade e dramaticidade intrínsecas à arte teatral. 

São vinte contos retratando temáticas históricas e contemporâneas que, permeando nosso imaginário e dia a dia, impactam a alma humana em sua inesgotável aspiração por guarida, conforto e respostas. 

Os contos: 
1. Tiradentes, o mazombo 
2. Nossa Senhora e seu dia de cão 
3. Sobre o olhar angelical – o dia em que Fidel fuzilou Guevara 
4. O lugar de coração partido 
5. O santo sudário 
6. Quando o homem engole a lua 
7. Anos de intensa dor e martírio 
8. Toshiko Shinai, a bela samurai nos quilombos do cerrado brasileiro 
9. O desterro, a conquista 
10. Como se repudia o asco 
11. O ladrão de sonhos alheios 
12. A máquina de moer carne 
13. O santuário dos skinheads 
14. A sorte lançada 
15. O mensageiro do diabo 
16. Michelle ou a Bomba F 
17. A dor que nem os espíritos suportam 
18. O estupro 
19. A hora 
20. As camas de cimento nu 

OUTRAS OBRAS DO AUTOR QUE O LEITOR ENCONTRA NAS LIVRARIAS amazon.com.br: 

A – LIVROS INFANTO-JUVENIS: 
Livro 1. As 100 mais belas fábulas da humanidade 

I – Coleção Educação, Teatro & Folclore (peças teatrais infanto-juvenis): 
Livro 1. O coronel e o juízo final 
Livro 2. A noite do terror 
Livro 3. Lobisomem – O homem-lobo roqueiro  
Livro 4. Cobra Honorato 
Livro 5. A Mula sem cabeça 
Livro 6. Iara, a mãe d’água 
Livro 7. Caipora 
Livro 8. O Negrinho Pastoreiro 
Livro 9. Romãozinho, o fogo fátuo 
Livro 10. Saci Pererê 

II – Coleção Infantil (peças teatrais infanto-juvenis): 
Livro 1. Não é melhor saber dividir 
Livro 2. Eu compro, tu compras, ele compra 
Livro 3. A cigarra e as formiguinhas 
Livro 4. A lebre e a tartaruga 
Livro 5. O galo e a raposa 
Livro 6. Todas as cores são legais 
Livro 7. Verde que te quero verde 
Livro 8. Como é bom ser diferente 
Livro 9. O bruxo Esculfield do castelo de Chamberleim 
Livro 10. Quem vai querer a nova escola 

III – Coleção Educação, Teatro & Democracia (peças teatrais infanto-juvenis): 
Livro 1. A bruxa chegou... pequem a bruxa 
Livro 2. Carrossel azul 
Livro 3. Quem tenta agradar todo mundo não agrada ninguém 
Livro 4. O dia em que o mundo apagou 

IV – Coleção Educação, Teatro & História (peças teatrais juvenis): 
Livro 1. Todo dia é dia de independência 
Livro 2. Todo dia é dia de consciência negra 
Livro 3. Todo dia é dia de meio ambiente 
Livro 4. Todo dia é dia de índio 

V – Coleção Teatro Greco-romano (peças teatrais infanto-juvenis): 
Livro 1. O mito de Sísifo 
Livro 2. O mito de Midas 
Livro 3. A Caixa de Pandora 
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Livro 1. O teatro popular de bonecos Mané Beiçudo: 1.385 exercícios e laboratórios de teatro 
Livro 2. 555 exercícios, jogos e laboratórios para aprimorar a redação da peça teatral: a arte da dramaturgia 
Livro 3. Amor de elefante 
Livro 4. Gravata vermelha 
Livro 5. Santa Dica de Goiás 
Livro 6. Quando o homem engole a lua 

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Existe semelhanças entre arte de escrever e espionagem



Graham Greene iniciou sua carreira como jornalista e, em seguida, se dedicou à literatura. Já com livros publicados o MI6, a agência de inteligência britânica, o recrutou em 1941. Suas viagens a lugares exóticos em busca de material de pesquisa para os livros como Libéria, México, Haiti, Cuba e Vietnã, mostraram como a escolha de Greene fora valiosa como informante do serviço secreto. Além disso, a espionagem foi uma fonte de inspiração para seus romances.

Greene, que morreu há 25 anos em 3 de abril, não foi o primeiro escritor que se envolveu com a espionagem. Quando a Universidade de Cambridge hesitou em dar o diploma de graduação ao poeta e dramaturgo inglês Christopher Marlowe em razão de suas ausências frequentes, o Privy Council da rainha Elizabeth I explicou que suas ausências justificavam-se pelo fato de trabalhar “em benefício do país”. Especula-se que Marlowe tenha sido recrutado como espião por Sir Francis Walsingham, o chefe do serviço secreto da rainha. Ele morreu em circunstâncias misteriosas aos 29 anos, apunhalado durante uma briga em uma taverna onde estava na companhia de outros conhecidos de Walsingham.



As carreiras de Ian Fleming e John Le Carré no serviço secreto britânico são bem conhecidas, mas outras pessoas menos óbvias também foram recrutadas por agências de inteligência. O escritor Roald Dahl foi espião em Washington a serviço do MI6. O escritor americano Peter Matthiessen ingressou na CIA após se formar em Yale. Matthiessen foi um dos fundadores da prestigiosa revista literária The Paris Review, um dos artifícios que usava como disfarce para seu trabalho de espionagem: “Eu precisava encobrir minhas atividades desprezíveis, sendo que a pior delas era a tarefa desagradável de vigiar o que alguns americanos estavam fazendo em Paris. Oficialmente, eu era um escritor que tinha publicado o primeiro livro.”

Ernest Hemingway tinha contatos com agências de inteligência americanas, assim como com o serviço secreto NKVD da União Soviética, o antecessor da KGB. Hemingway montou uma rede de informantes com um grupo da resistência francesa durante a Segunda Guerra Mundial. E em Cuba costumava patrulhar o litoral à procura de submarinos alemães. Ele não teve sucesso em sua busca, mas se divertiu com a perseguição. Não é tão surpreendente como se poderia imaginar que tantos escritores tenham trabalhado em agências de inteligência. Os escritores criam tramas e os espiões encarregam-se de descobri-las. Em certo sentido, todos os escritores agem como espiões, observando as pessoas ao redor deles e estudando as diferentes personalidades e características furtivamente, com o objetivo de criar as histórias de seus livros.

Da Opinião e Notícia


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18. O estupro 
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A – LIVROS INFANTO-JUVENIS: 

I – Coleção Educação, Teatro e Folclore (peças teatrais infanto-juvenis): 

II – Coleção Infantil (peças teatrais infanto-juvenis): 
Livro 8. Como é bom ser diferente 

III – Coleção Educação, Teatro e Democracia (peças teatrais infanto-juvenis): 

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B - TEORIA TEATRAL, DRAMATURGIA E OUTROS
VI – ThM-Theater Movement: 

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Pasárgada!

Vou-me embora pra Pasárgada.
Viver recluso numa ilha paradisíaca, na paz da zona rural, num lugar onde se possa tudo e a felicidade seja uma constante é o sonho distante de cada um.

O simples fato de desejarmos algo que se assemelhe ao céu é uma forma – bastante ferina – de criticar a vida que se tem na terra. Uma forma de dizer que, por aqui, muito há que mudar. Mas como dizer isto quando as liberdades são por demais diminutas, quando a vida e a morte dependem do humor do soberano?

Pois isto foi feito num dos períodos mais turbulentos da história da humanidade, quando o dedo do rei determinava quem deveria viver ou morrer. Como foi possível?

Quando a sociedade medieval recebeu o contra-golpe da moderna, originou-se o Renascimento.

A sociedade agrária, fundiária, estamental e teocrática sucumbiu frente a urbanização, a burguesia e o comércio.

Foram modificações vigorosas, radicais. A Europa dos idos da Idade Média gozava de uma relativa estabilidade, mas vivia fechada em si. O processo de abertura conduziu à expansão comercial e marítima.

O clã e a onipresença da propriedade rural que conformavam a identidade dos europeus perdem espaço para a identidade nacional e o individualismo.

Outra característica importante é que a cultura sagrada e transcendental, centrada em Deus vai sendo substituída por uma mais materialista, laica, referenciada no homem.

O desenvolvimento do comércio e da navegação incrementou o contato com outros povos e o afloramento e a expansão da arte, da filosofia e da política. Isto apesar da escravidão de caráter legal, da onipresença da Inquisição, da falta de unidade política, das guerras sem fim e do volume de genocídios que o velho continente impôs ao novo.

A antiga cultura greco-romana é resgatada. Com o Renascimento, a natureza e o conhecimento passam a ser vistos de um ângulo diferente. Importa agora que a vida decorra de sua experiência e de suas escolhas, e não do destino traçado nas estrelas.

Essa explosão social inflou uma literatura específica, logo denominada de utópica, cujos expoentes foram Thomas Morus com “A Utopia”, Tommaso Campanella com “A Cidade do Sol” e Francis Bacon com “Nova Atlândida”.

Recorrendo à Platão, a nova corrente do pensamento imaginou um “nenhum lugar” cuja característica era o culto ao equilíbrio, à virtude e à harmonia, o mundo ideal. Nesta ilha prevalece a monarquia absoluta com igualdade nas condições de vida e trabalho.

Este tipo de literatura se originou na Grécia com “Timeu e Crítias” de Platão e “Os pássaros” de Aristófanes. Depois vieram Luciano Samosata e outros filósofos como Jonathan Swift e Voltaire.

Em “A Utopia”, o luxo é extirpado, mas todos trabalham e tem acesso ao que supre suas necessidades. É um estado imaginário que busca a perfeição. Uma forma nada sutil de exercer a crítica política à sociedade de então.

Thomas Morus, o autor da obra, integrou o Conselho Secreto de Henrique VIII e, em 1529, chegou a ocupar o mais relevante cargo da corte. Mas suas discordâncias quanto à anulação do casamento do rei e à fundação da Igreja Anglicana , fundada por Henrique VIII, fez com que fosse preso e executado.

Reconhecendo sua obra e virtudes, em 1935, a Igreja Católica conclui processo eclesial canonizando-o.

Manuel Bandeira também fez questão de registrar este “nenhum lugar”. Utopia provém do gregoóu (não) e topos (lugar).

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei um burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d’água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Passárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
- Lá sou amigo do rei –
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Antônio Carlos dos Santos – criador das seguintes metodologias:
©Planejamento Estratégico Quasar K+;
©ThM – Theater Movement; e
©Teatro popular de bonecos Mané Beiçudo.
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