terça-feira, 14 de março de 2017

Cerca de 15% das instituições de ensino superior têm avaliação insuficiente


Cerca  de 15% das instituições de ensino superior tiveram índices de avaliação considerados insuficientes pelo Ministério da Educação (MEC). Os dados são do Índice Geral de Cursos (IGC) de 2015, divulgados hoje (8). O índice leva em consideração o desempenho dos estudantes, a infraestrutura, formação dos professores e ainda indicadores da pós-graduação.
Na avaliação da presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini, o IGC de 2015 "não indica uma melhoria significativa das instituições avaliadas. Temos um mesmo patamar de qualidade.". O IGC vai de 1 a 5, sendo 1 e 2 considerados insuficientes. Nesse ano, 0,4% das instituições obtiveram o índice 1; 14,4%,  2; 67%,  3; 16,6%, 4; e, 1,1%, o índice 5. Outras 0,4% ficaram sem conceito devido a mudança de metodologia ou problemas na aplicação do exame.
As instituições públicas obtiveram desempenho melhor que as privadas nos índices;  28% obtiveram conceito 4 e 4,9% conceito 5. Entre as particulares, essas porcentagens foram respectivamente 15% e 0,6%. 
A pasta divulgou também o chamado Conceito Preliminar de Curso (CPC) que, em 2015 avaliou os cursos de graduação de administração, administração pública, ciências contábeis, ciências econômicas, jornalismo, publicidade e propaganda, design, direito, psicologia, relações internacionais, secretariado executivo, teologia e turismo. Além dos cursos tecnológicos de comércio exterior, designs de interiores, moda,  gráfico, gastronomia, de gestões comercial, qualidade, recursos humanos, financeira, pública, logística, marketing e processos gerenciais.  
Entre os cursos, 0,3% tiveram o conceito 1 e 11%, 2, considerados insuficientes. Outros 57,7% obtiveram o conceito 3; 26,5%, 4 e 1,2%, 5. Considerados os cursos, as  instituições particulares superaram em porcentagem as públicas com o conceito máximo, 1,4% obtiveram conceito 5 contra 0,4%. Com avaliação 4, as públicas superaram as privadas, com 32,9% dos cursos avaliados contra 25,5% das particulares.
"Como educadora, qualquer percentual que se apresente abaixo da média é preocupante para quem faz uma educação de qualidade, que deseja isto como objetivo de Estado e nação", avalia  Mariangela Abrão, coordenadora-geral substituta de Controle da Qualidade da Educação Superior do Inep. Ela destaca que nos últimos anos houve um aumento no número de pessoas que fazem o ensino superior e que, após a expansão, é necessário melhorar a qualidade.
Nessa edição, foram avaliados 8.121 cursos de 2.109 instituições de ensino.  Foram inscritos 549.487 concluintes e 447.056 participaram da avaliação.
Entenda os indicadores
Anualmente o Inep avalia o ensino superior por meio de uma série de indicadores. Um deles é o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), aplicado aos estudantes concluintes do ensino superior. A cada ano um grupo diferente de curso é avaliado. A cada três anos, todos os cursos são apreciados.
Além das provas do Enade, os estudantes respondem a um questionário sobre condições socioeconômicas e sobre o curso e a instituição. O questionário contém, por exemplo, questões sobre infraestrutura e condições de ensino e aprendizagem. Tanto as provas do Enade quanto o questionário são obrigatórios para os concluintes dos cursos avaliados, que ficam impedidos de receber o diploma caso deixem de fazer o exame sem justificativa.
O CPC é calculado com base principalmente no desempenho dos estudantes Enade, nos dados obtidos por meio do questionário do estudante e nos dados dos professores obtidos no Censo da Educação Superior. São considerados por exemplo, o número de mestres e doutores na instituição, bem como as condições de trabalho.
O IGC é calculado com base no CPC e em avaliações dos cursos de pós-graduação feitas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Para que todos os cursos da instituição sejam considerados, o cálculo é feito com base nos três últimos CPCs.
Tanto o CPC quanto o IGC são distribuídos em conceitos de 1 a 5, por meio da chamada curva de Gauss - gráfico de distribuição normal de um determinado conjunto de dados e representa uma função que possui propriedades peculiares -. A faixa 3 é definida pelo Inep como a média. Os cursos que mais se distanciam da média seja para cima ou para baixo são distribuídos nos demais conceitos.
Qualidade
Devido aos mecanismos de cálculo e a distribuição na curva de Gauss, Mariangela explica que os conceitos não dizem se os cursos e instituições são ou não de excelência, apenas permite uma comparação entre os mesmos. Um curso que obtém conceito 5 é apenas um curso que se distancia positivamente da média. "Poderia se tratar apenas de um menos pior dos cursos."
Segundo ela, o Inep, em conjunto com educadores e especialistas, busca formas de melhorar os índices. A intenção é que as questões do Enade tenham uma mesma matriz de dificuldade, o que vai permitir a comparação dos exames de um ano em relação a outro - o que atualmente não é possível - e que sejam estabelecidos critérios mais claros para que uma instituição ou curso receba conceitos máximos ou mínimos.
Os novos critérios deverão ser desenvolvidos ao longo de 2017 e poderão ser aplicados nas avaliações de 2018.
Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil

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Comunicação estratégica - da interlocução às palestras exitosas: Como falar bem em ambientes controláveis e em situações de extrema pressão


Como fazer uma palestra? Mais cedo ou mais tarde seremos chamados a enfrentar este desafio.
"Os tempos primitivos são líricos, os tempos antigos são épicos e os tempos modernos são dramáticos".
A frase é de Victor Hugo, escritor francês do século XIX. Mantém uma atualidade que angustia. Sim, vivemos tempos dramáticos, não há como negar, tempos que impõem aos vitoriosos uma vida de intensos estudos e preparação continuada, meticulosa, planejada. Os mais esforçados aumentam as chances de êxito.
O que dizer sobre o estudante que não estuda para o concurso dos sonhos, sobre o indivíduo que ignora os princípios da vida saudável, do atleta que se recusa a treinar, do escritor que rejeita a solidão do ofício, do cidadão que opta por vender o voto?
A vida costuma responder com sorriso quem assim a cumprimenta, e com desventuras e lamentos aos mordazes e amargurados. Os preguiçosos também costumam pagar um alto preço pela indolência.
Há quem desconheça – como conduta mais adequada - manter uma atitude proativa - amistosa, colaborativa, de estudos e preparação continuada e planejada - para conseguir responder aos desafios que se apresentam no dia a dia.   
Imagine uma situação qualquer em que você necessite se alimentar, mas encontra-se impedido em decorrência de problemas decorrentes de um comportamento irresponsável para com a saúde...
E diante da premência de fazer uma corrida rápida para esgueirar-se da chuva, não perder o metrô, ou para escapar de um carro desgovernado que acelera em sua direção... Providências impossíveis de adotar em função do lastimável preparo físico; inexoravelmente terá um dia de cão: passará um bom tempo encharcado, terá que esperar o próximo trem e, na situação mais grave, será atropelado...
Mais cedo ou mais tarde seremos chamados a palestrar. É inevitável. E quando romper o instante, estaremos preparados?, conseguiremos - com êxito - levar a bom termo a tarefa?, ou o resultado se mostrará medíocre, um fiasco, um retumbante fracasso?
As opções estão entre ‘permanecer à mercê do acaso e da sorte’ ou ‘investir, planejadamente, na preparação’.
Não é melhor prevenir que remediar?, resguardar-se da doença que despender no tratamento? Não é mais sensato estudar para a prova que amargar a reprovação? Não é mais inteligente treinar para a luta que padecer a derrota?
Desde a mais singela conversação entre amigos ou familiares, até a palestra em um auditório lotado, com três mil pessoas, devemos cuidar para que a comunicação se estabeleça em sua integralidade, otimizando a utilização dos recursos disponíveis, de modo que, ao fim e ao cabo, a mensagem transmitida tenha sido assimilada pelos receptores.
Quando nos deslocamos para o contexto profissional, a trajetória reverbera um caminho lógico, evidenciando que, quanto mais prosperamos na carreira, mais expande a demanda por exposições orais.
Melhor, então, não ignorar a realidade e planejar a conquista da nova habilidade, ‘falar bem para o público’, independentemente do número de interlocutores, se um, se dez, se três mil...
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