domingo, 12 de março de 2017

5 coisas que você não sabia sobre García Márquez (e que vão te inspirar)


Quando Gabriel García Márquez aceitou o Prêmio Nobel de Literatura em 1982, ele se referiu a si mesmo como pertencente a uma linhagem de “inventores de fábulas que acreditam em tudo” e que sentem “o direito de acreditar que ainda não é demasiado tarde para nos lançarmos na criação da utopia contrária. Uma nova arrasadora utopia da vida, onde ninguém possa decidir pelos outros até mesmo a forma de morrer, onde de verdade seja certo o amor e seja possível a felicidade, e onde as estirpes condenadas a cem anos de solidão tenham, enfim e para sempre, uma segunda oportunidade sobre a terra.”

Morto em 17 de abril de 2014, aos 87 anos, ele deixou um legado que foi capaz de levar leitores junto com ele e fazê-los acreditar em qualquer coisa — ou naquilo que o chamado realismo mágico pode proporcionar.

O trabalho do autor colombiano baseou-se tanto nos casos que cobriu como jornalista na América Latina e seus contos inspirados por autores preferidos e histórias vividas durante sua infância na casa de família em Aracataca, na Colômbia.

Antes de sua morte, já fazia mais de dez anos que o escritor não publicava nada. Assim como Alice Munro, escritora e sua colega de Prêmio Nobel, García Márquez disse que a escrita o desgastou e que queria mais tempo para aproveitar a vida de outra forma.

E o fez.

Ontem, 6 de março de 2017, Gabo, como era conhecido pelos mais íntimos, teria completado 90 anos de idade. Aqui estão cinco curiosidades sobre o escritor que conseguiu falar sobre amor, evocando a solidão que certamente vão te inspirar:

1. A crença no poder duradouro do amor

A dedicatória no livro que conta a história mais romântica de García Márquez, Amor Nos Tempos Do Cólera, diz, simplesmente: “Para Mercedes, é claro”.

Ele refere-se a Mercedes Barcha, com quem se casou em 1958.

Gabriel e Mercedes se apaixonaram no momento em que se viram. Mas não puderam ficar juntos de imediato. E a história dos amantes que se conheceram na juventude, mas, por interferência da família e de outros fatores externos, não puderam ficar juntos durante uma vida toda está retratada no livro O Amor Nos Tempos do Cólera.

A história de duas pessoas cujo amor sobrevive a um longo período de separação é o cerne do livro. Mas, de qualquer maneira, Florentino e Fermina acabam juntos e apaixonados. O cólera pode ser interpretado como algo que julga que a paixão não precisa ser obscurecida pela passagem dos anos – e que sobrevive, justamente, porque o amor é uma parte fundamental da vida.

2. Conseguiu se reinventar como escritor

Gabo (como era conhecido pelos íntimos), começou sua carreira como colunista de um jornal. Lá, ele escrevia seus contos e ficou reconhecido no meio literário por eles. Depois, chegou a ser repórter e editor de jornais na Colômbia. Ele chegou até a trabalhar em um jornal comunista com sede nos Estados Unidos, mas diante de uma crise política foi obrigado a voltar para seu país de origem.

Garcia Márquez escreveu ficção a maior parte de sua vida, e não publicou seu primeiro romance até completar 40 anos. Na verdade, o que ele sempre quis, foi ser escritor, mesmo. Segundo ele, esta era “a melhor forma de explorar a verdade dos fatos”.

Porém, a matéria prima de muitos de seus romances e contos era o factual, o palpável, o que acontecia no “mundo real” e, principalmente, durante sua estadia em redações de jornais. Por exemplo, o assassinato no centro de Crônica de uma Morte Anunciada e a inspiração para escrever Do amor e outros demônios.

Transformar essas histórias verdadeiras em ficção permitiu a ele “usar a fantasia para dizer a verdade”, como a firma sua principal tradutora, Edith Grossman. Ela completa: “Isso é o que a literatura faz. Ele diz a verdade através da invenção e do fazer-se acreditar. A magia estpa em encontrar um escritor que transforma tudo o que toca em ouro de uma forma genial”.

Não á toa Cem anos de solidão chegou e até hoje é considerado a grande obra-prima do escritor.

3. Ele lutou para fazer o que gostava

Garcia Marquez foi criado por seus avós, em Aracataca, na Colômbia. E esta influência pode ser sentida em tudo o que ele já escreveu. Embora o escritor não tenha inventado o estilo de ficção conhecido como “realismo mágico”, que combina os detalhes da vida comum com elementos fantásticos da mitologia, ele foi considerado o grande “pai” desse gênero literário após o sucesso de Cem anos de solidão.

Mas se ele é o pai do realismo mágico, sua avó, Dona Tranquilina Iguaran Cotes, é literalmente a avó do gênero. García Marquez creditou suas histórias, que “trataram o extraordinário como algo perfeitamente natural”, ajudando a definir seu estilo, á convivência com ela.

De fato, talvez sejam os avós o maior presente de um romancista, porque Garcia Márquez também disse que seu avô, o coronel Nicolás Ricardo Márquez Mejía, foi um grande contador de histórias e que lhe ensinou sobre a importância da história e da política. E foi a casa de seus avós em Aracataca, que forneceu o cenário mítico para criar a cidadezinha de Macondo, em Cem Anos de Solidão.

Mas nem tudo foi tão fácil assim.

O pai de García Marquez esperava que ele se formasse médico. E ele, com uma inquietação interna, enfrentou as vontades da família para deixar que a sua se sobressaísse. E conseguiu.

4. A inspiração em Falkner e Mark Twain

Foi na companhia de outros dois grandes homens da literatura que Gabriel García Marquez cresceu: William Faulkner e Mark Twain.

Em sua biografia Viver para Contar, Gabo é constantemente acompanhando por Luz em Agosto e também pelo clássico As Aventuras de Huckleberry Finn.

Mesmo antes de dar nome ao “realismo mágico”, García Marquez se inspirava nesses dois para criar seus universos internos e extravasá-los no papel. Uma escritora que entrou em contato e admirou muito? Virginia Woolf.

Entre os outros autores preferidos dele estão Thomas Mann, Alexandre Dumas, James Joyce, Herman Melville, Franz Kafka e Jorge Luis Borges.

Talvez da inspiração de todos esses tenha nascido o tão aclamado realismo mágico criado em Cem anos de solidão.

5. A paixão por borboletas amarelas

Simplesmente porque gostava muito delas.

Para lembrá-lo em seu primeiro aniversário de morte, Bogotá fez uma série de homenagens: inaugurou um grande mural com a imagem do escritor, as bibliotecas estão promovendo leituras no dia de hoje, e a Biblioteca Nacional da Colômbia abriu exposição dedicada a escritor mais famoso do país. E muitas, muitas, muitas borboletas amarelas voltaram a voar pelo País.

Nascido em 6 de março de 1927, em Aracataca, Gabo foi a figura mais popular da literatura hispânica desde Miguel de Cervantes. Só no Brasil, segundo a editora Record, que publica suas obras no Brasil, seus livros venderam, ao todo, 2,3 milhões de exemplares. O título que os brasileiros mais compraram foi “Cem Anos de Solidão”, com mais de 390 mil exemplares vendidos.

Á época, a procura pelos livros de Gabriel García Márquez aumentou com o anúncio de sua morte e a editora correu para imprimir novas tiragens dos títulos de ficção do autor. Gabo deixou um inédito, “En Agosto Nos Vemos”, mas de acordo com a Record, a família não quer publicá-lo, para a tristeza dos fãs.
Por Andrea Martineli, na Huffpost Brasil


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Comunicação estratégica - da interlocução às palestras exitosas: Como falar bem em ambientes controláveis e em situações de extrema pressão


Como fazer uma palestra? Mais cedo ou mais tarde seremos chamados a enfrentar este desafio.
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A frase é de Victor Hugo, escritor francês do século XIX. Mantém uma atualidade que angustia. Sim, vivemos tempos dramáticos, não há como negar, tempos que impõem aos vitoriosos uma vida de intensos estudos e preparação continuada, meticulosa, planejada. Os mais esforçados aumentam as chances de êxito.
O que dizer sobre o estudante que não estuda para o concurso dos sonhos, sobre o indivíduo que ignora os princípios da vida saudável, do atleta que se recusa a treinar, do escritor que rejeita a solidão do ofício, do cidadão que opta por vender o voto?
A vida costuma responder com sorriso quem assim a cumprimenta, e com desventuras e lamentos aos mordazes e amargurados. Os preguiçosos também costumam pagar um alto preço pela indolência.
Há quem desconheça – como conduta mais adequada - manter uma atitude proativa - amistosa, colaborativa, de estudos e preparação continuada e planejada - para conseguir responder aos desafios que se apresentam no dia a dia.   
Imagine uma situação qualquer em que você necessite se alimentar, mas encontra-se impedido em decorrência de problemas decorrentes de um comportamento irresponsável para com a saúde...
E diante da premência de fazer uma corrida rápida para esgueirar-se da chuva, não perder o metrô, ou para escapar de um carro desgovernado que acelera em sua direção... Providências impossíveis de adotar em função do lastimável preparo físico; inexoravelmente terá um dia de cão: passará um bom tempo encharcado, terá que esperar o próximo trem e, na situação mais grave, será atropelado...
Mais cedo ou mais tarde seremos chamados a palestrar. É inevitável. E quando romper o instante, estaremos preparados?, conseguiremos - com êxito - levar a bom termo a tarefa?, ou o resultado se mostrará medíocre, um fiasco, um retumbante fracasso?
As opções estão entre ‘permanecer à mercê do acaso e da sorte’ ou ‘investir, planejadamente, na preparação’.
Não é melhor prevenir que remediar?, resguardar-se da doença que despender no tratamento? Não é mais sensato estudar para a prova que amargar a reprovação? Não é mais inteligente treinar para a luta que padecer a derrota?
Desde a mais singela conversação entre amigos ou familiares, até a palestra em um auditório lotado, com três mil pessoas, devemos cuidar para que a comunicação se estabeleça em sua integralidade, otimizando a utilização dos recursos disponíveis, de modo que, ao fim e ao cabo, a mensagem transmitida tenha sido assimilada pelos receptores.
Quando nos deslocamos para o contexto profissional, a trajetória reverbera um caminho lógico, evidenciando que, quanto mais prosperamos na carreira, mais expande a demanda por exposições orais.
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