sexta-feira, 23 de maio de 2008

Fere a auto-estima do canalha saber que há pessoas honestas



“Nada incomoda mais um canalha que uma pessoa de bem. Fere a auto-estima do canalha saber que há pessoas honestas."

O Brasil está de luto. Literalmente.

Morreu às 6:30h desta sexta Jefferson Peres, líder do PDT no Senado.

Num momento em que parece que o país está prostrado, vergado; num período em que inúmeros integrantes do Congresso Nacional se dobraram à corrupção e ao banditismo, dói saber da perda de um bravo, de um valente, de um destemido na luta e na defesa dos nobres interesses nacionais.

O Brasil honesto, o Brasil dos justos, chora a perda de um dos seus.

Se a terra geme de dor, os céus festejam a chegada de um incansável guerreiro da luz.

Jefferson Peres vive no coração dos patriotas.

Senador Jefferson Péres no Congresso Nacional dos Policiais Federais em 2005.

Aqui o senador fala da importância do cumprimento da lei





E aqui sobre a decepção com a política e a ‘dilapidação da ética’




Algum tempo atrás publiquei aqui mesmo um poema de Rodoux Faugh, o autor francês de origem argelina que se notabilizou por escrever poemas belos e iluminados. Não tenho dúvidas que ao escrevê-lo, Faugh imaginava guerreiros como Peres, valentes que jamais morrem, apenas encantam.

Qual morte? Desfecho e desenlace?
Que heresia bradas?
Se algo está para findar
Se o instante é de expirar, perecer,
fechar os olhos a alguém num ultimo e gélido suspiro
Então me sublevo, é um direito que me reservo
E me levanto para dizer não à agonia do crepúsculo, de qualquer crepúsculo
Porque é de existência que se trata
não de perda, jamais de partida
Se algo está para findar e desaparecer
para expirar e se acabar
É nada além de tua estultice lívida, de tua plúmbea insensatez
Porque é de existência que se trata
Sopro de vida, aurora, aura de luz
Fios e mais fios de branda e doce esperança
lânguida como o pulsar de um coração apaixonado
Jamais serás capaz de perceber o palpitar da terra
o respirar das árvores
o nascer e renascer diuturno dos céus e dos ares
A vida jamais se esgota, sequer se engana – eu sei!
O que parece morte é como a vida renascida rompendo o fértil ventre materno
A noite não passa de sutil cortina a abrigar a cândida sonolência dos infinitos raios de sol
Os mesmos que daqui a pouco vão explodir em luz, conformando o novo dia, a nova
era, os novos homens...