O Ministério da Educação (MEC)
levará internet a 24,5 mil escolas públicas urbanas pelo programa Educação
Conectada. De acordo com a pasta, isso significa que 56% das escolas públicas
passarão a estar conectadas no país. A medida deverá beneficiar 11,6 milhões de
estudantes.
Para viabilizar o programa, a
pasta repassará R$ 82,6 milhões. Esse dinheiro chegará por meio do Programa
Dinheiro Direto na Escola (PDDE), administrado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento
da Educação (FNDE). A expectativa, de acordo com o ministro da Educação,
Abraham Weintraub, é que as escolas já tenham acesso à internet no primeiro
semestre de 2020.
"O ensino hoje no mundo sem
estar conectado à internet é um absurdo", disse Weintraub. Além de
repassar recursos para conectar novas escolas, a pasta repassará também R$ 32
milhões para a manutenção do programa em 9,9 mil escolas já atendidas.
O objetivo do programa, de acordo
com o secretário de Educação Básica do MEC, Janio Macedo, é "tornar a
educação mais atrativa tanto para o ensino fundamental quanto para o médio,
colaborando dessa forma para reduzir a evasão dos nossos alunos e por via de
consequência, a melhoria no nosso ensino e aprendizagem dos alunos".
O acesso à internet
possibilitará, segundo a pasta, a formação de professores por meio do ambiente
virtual de aprendizagem do MEC, chamado de Avamec. Em 2019, mais de 100 mil
docentes concluíram cursos pela plataforma.
A previsão do MEC é que cerca de
9,7 mil escolas sejam beneficiadas em 1,4 mil municípios na Região Sudeste; 7
mil escolas em 1,5 mil municípios na Região Nordeste; 1,7 mil escolas em 257
municípios na Região Norte; 1,8 mil escolas em 319 municípios na Região
Centro-Oeste; e 4,2 mil escolas em 1 mil municípios da Região Sul.
Segundo Weintraub, a menor
quantidade de escolas a serem atendidas na Região Norte deve-se à dificuldade
de acesso por terra. As escolas na região são mais beneficiadas por internet
via satélite, que não é o foco do programa.
Adesão
Os gestores estaduais e
municipais de educação têm até a próxima sexta-feira (8) para confirmar as
escolas a receber conexão. A escolha deve ser realizada pelo Sistema Integrado
de Monitoramento Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec – Módulo
Educação Conectada), e pelo PDDE Interativo (módulo Educação Conectada),
ferramenta de apoio à gestão escolar, ambos do MEC.
A velocidade da internet, segundo
a pasta, depende da velocidade ofertada na região, mas o MEC disse que garante
a melhor oferta disponível.
O Educação Conectada tem o
objetivo de apoiar a universalização do acesso à internet em alta velocidade e
fomentar o uso pedagógico de tecnologias digitais na educação básica.
Para receber a
conexão de internet, as instituições públicas precisam ter número de matrículas
maior que 14 alunos; ter, no mínimo, três computadores para uso pelos alunos;
e, ter, no mínimo, um computador para uso administrativo e pelo menos uma sala
de aula em funcionamento.Da Agência Brasil
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