domingo, 26 de setembro de 2010

Uma oração para canalhas!

Deu em O Globo
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, provocou revolta na delegação americana presente na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, ao afirmar que "muitas pessoas acreditam que o governo dos EUA foi responsável pelos ataques de 11 de setembro de 2001".

Em seu discurso na sede da ONU, nesta quinta-feira, Ahmadinejad levantou dúvidas sobre o seqüestro dos aviões que atingiram os prédios do World Trade Center e o Pentágono.

Segundo o líder iraniano, o ataque poderia ter sido orquestrado por segmentos do governo dos EUA interessados em reverter o declínio da economia americana e salvar o regime sionista.

- A maioria do povo americano, assim como a maioria das nações e dos políticos de todo o mundo, concorda com essa visão - disse Ahmadinejad para representantes de 192 países.

Frente às acusações de Ahmadinejad, delegações de vários países deixaram o plenário.
À NBC News, porta-vozes do governo americano definiram os comentários de Ahmadinejad como "abomináveis, delirantes e previsíveis".
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Algum tempo atrás, um fato estarreceu Goiânia, a sistemática tortura de uma criança. Ante as abomináveis injustiças que ocorrem no mundo, escrevi um poema,  “O mundo não será das Calabresis ou Uma oração para canalhas”.

Canalhas como Ahmadinejad e seus confessos admiradores que praticam as iniquidades atribuindo-as aos adversários.

Aqui está um trecho do poema:

Quantas Calabresis não se encontram escondidas, disfarçadas, infiltradas, dissimuladas, em nossos lares e corações?

Vês, na obra de Goya, Saturno devorando o próprio filho?

Simulas indignação, desprezo, repulsa?

Como não tivesses incrustadas nos recônditos de tu’alma as palavras de Machado:
“O cinismo é a sinceridade dos patifes”.

Extorques e acusas o outro... Cretina!

Roubas e o ladrão é o outro... Mesquinha!

Corrompes e quem é canalha senão o outro? Torpe e soturna!

Liquidas, exterminas, assassinas e eis que sentencias o outro.

Urdes, engendras e conspiras contra a pátria e o outro é o traidor.

Em que te diferes de Saturno?

Para ler o poema na íntegra, cloque aqui.