sábado, 4 de fevereiro de 2017

Artistas do Brasil apresentam espetáculo que mistura teatro e dança em Portugal

Projeto Aisthesis, de grupo brasiliense, faz temporada em Portugal Diego Bresani/Direitos Reservados

Cinco artistas de Brasília, que se reúnem desde 2014 para investigar os processos de criação artística de teatro, dança e performance, apresentam agora os resultados de sua pesquisa para o público português. Com o projeto Aisthesis, palavra grega que significa “percepção pelo sentido”, o grupo se apresentou em Lisboa, e, no Porto, as apresentações serão dias 10 e 12 de fevereiro.
Segundo Glauber Coradesqui, que é ator e pesquisador de teatro, na busca por estudar e entender o “teatro criativo”, os artistas se debruçaram sobre o que eles poderiam criar a partir da mistura de linguagens (teatro, dança e performance), sem a preocupação de alcançar um objetivo específico ou um resultado final. Ou seja, experimentar a livre criação, sem temas pré-definidos, sem estrutura, deixando que o improviso e a composição em tempo real dominassem totalmente o processo.
Os artistas contam que, durante oito meses, se reuniram em sessões de improvisações, que acabaram por resultar em uma prática, a qual dão o nome de Aisthesis.
“Aisthesis é metade obra artística, metade processo. É aonde a gente consegue fundir, mesclar esses elementos (teatro, dança e performance) e no qual a gente convida o público para assistir, mas também para participar. Não é particularmente um espetáculo interativo, pois se você não quiser jogar junto, tudo bem, pode apenas assistir, mas tem muito espaço para o público criar com a gente. A gente chama o público de cocriador”, explica Glauber.
Troca
Kenia Dias, que é bailarina e atriz, conta que além da programação em Lisboa e Porto, que abrange sessões de improviso, leitura dramática, workshops, palestras e performances, o grupo veio a Portugal participar de uma residência artística com a renomada coreógrafa portuguesa Vera Mantero, considerada um dos grandes nomes da dança contemporânea no país.
O contato com a artista portuguesa já havia acontecido em 2015, quando o grupo a convidou para ir ao Brasil, com o intuito de colaborar com o processo de sistematização da prática Aisthesis. “A gente se deu super bem e ficou a vontade de dar continuidade a isso”, conta Glauber.
Foi a partir dessa vontade de se aprofundar ainda mais na pesquisa sobre o livre processo de criação que o grupo brasiliense conseguiu, por meio de edital da Secretaria de Cultura do Distrito Federal, a oportunidade de vir a Portugal fazer a residência com Vera Mantero.
Para Jonathan Andrade, que é ator, diretor e dramaturgo, a experiência em terras lusitanas tem sido de profunda imersão. Ele conta que, no Brasil, cada um dos integrantes tem seus próprios compromissos e trabalhos e que, em Portugal, tiveram a oportunidade de alugar um apartamento e estar o tempo todo imersos numa “estufa de criação e troca”.
“Estar em Lisboa, ser contaminado pela arquitetura e pela cultura desta cidade. Isso também atravessa toda a poética dos corpos da gente. As ruas são lindas, as músicas que a gente escuta, a musicalidade cotidiana. Poder realmente mergulhar e estar focado num projeto, isso tem feito muita diferença para a gente”, afirma Jonathan.
Para Giselle Rodrigues, coreógrafa e atriz, o público e os artistas portugueses têm demonstrado receptividade e abertura em relação ao trabalho desenvolvido pelo grupo. “Acho que eles são muito curiosos para saber o que a gente está fazendo, tem sido bem interessante”, afirma.
As apresentações, que são gratuitas, e após Lisboa, acontecem no Porto, durante os dias 10, 11 e 12 de fevereiro, no Armazém 22, em Vila Nova de Gaia.
Por Marieta Cazarré - Correspondente da Agência Brasil

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Coleção estórias maravilhosas para aprender se divertindo

São 10 peças teatrais completas, direcionadas ao público infanto-juvenil:
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•Livro 3 – A cigarra e as formiguinhas
•Livro 4 – A lebre e a tartaruga
•Livro 5 – O galo e a raposa
•Livro 6 – Todas as cores são legais
•Livro 7 – Verde que te quero verde
•Livro 8 – Como é bom ser diferente
•Livro 9 – O bruxo Esculfield do Castelo de Chamberleim
•Livro 10 – Quem vai querer a nova escola.
O teatro e a dramaturgia - ao contrário das demais ramificações da literatura – transcendem o mero prazer, regalo e deleite da leitura bem como os aspectos educativos e pedagógicos intrínsecos às letras.
É isto que o leitor perceberá tão logo adentre as páginas dos livros que compõem a coleção infanto-juvenil.
A leitura dos livros e a reflexão sobre os seus conteúdos poderão remeter o leitor a um universo só possibilitado pelo teatro.
Não por acaso, esta arte milenar tem sido cultuada por todos os povos, do ocidente e do oriente, desde muitos séculos antes de Cristo. De tão importante, os antigos egípcios e gregos chegaram a vincular o teatro aos rituais destinados a homenagear suas divindades e entes sagrados.
A dramaturgia e o teatro continuam mantendo as características que os tornaram imprescindíveis na antiguidade clássica:
- o auxilio para vencer a timidez e desenvolver a autoestima;
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insumos que, sem dúvidas, qualificam a participação, o que – convenhamos – não é pouca coisa num ambiente social obliterado pela mediocridade. 

Preferencialmente destinada às crianças e à juventude, os livros atendem a todas as faixas etárias, dos pequenos que ainda engatinham na pré-escola e no ensino fundamental, aos jovens de ideias e propósitos que já romperam a terceira idade.
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