A morte nesta segunda-feira de uma
adolescente de 15 anos, que tinha atirado contra si mesma em plena sala de
aula, gerou uma grande comoção na Argentina, além de um debate em torno da violência
escolar.
Um tribunal da cidade de La Plata, na
província de Buenos Aires, começou hoje a realizar interrogatórios com
companheiros e professores da jovem, que disparou a arma na quinta-feira e
morreu hoje em um hospital local.
"Tchau, merdas. Deixo um jogo na
mochila, quem encontrar pode ficar", escreveu a adolescente em uma nota de
despedida, segundo revelaram as primeiras investigações.
Fontes policiais explicaram a meios
de comunicação locais que a jovem tirou um revólver calibre 38 da sua mochila e
disparou contra si mesma depois que o alarme de seu telefone celular tocou como
lembrete.
As duas hipóteses com as quais
trabalham os investigadores são o suicídio provocado pelo assédio escolar, ou
sua participação em um tipo de jogo virtual em redes sociais.
As autoridades informaram também que
estão analisando se uma mensagem postada em um site que alertava sobre um
suicídio corresponde à morte da adolescente.
"Na quinta-feira vou me suicidar
na escola e vou transmitir ao vivo. Vou roubar o revólver do meu papai antes de
sair para o colégio e quero dispará-lo na primeira hora. Tenho cinco balas. Se
nesse momento conseguir matar três ou quatro companheiros, ótimo, mas a minha
missão principal é o suicídio", dizia essa mensagem, de origem ainda
desconhecida.
Em qualquer caso, nos cinco dias
transcorridos desde que a jovem efetuou o disparo até sua morte, nos quais
permaneceu em coma, se reavivou no país uma polêmica pelo aumento dos suicídios
de jovens em idade escolar, muitos deles causados pela violência e o assédio
nas salas de aula.
Do Colégio Nacional de La Plata,
local onde ocorreu o incidente, surgiram denúncias de que os companheiros da
menina falecida receberam numerosas ameaças através da internet.
O colégio decretou, por enquanto, a
suspensão das aulas pela profunda "dor" que o suicídio da jovem gerou
na comunidade escolar.
EFE
Para saber sobre o livro, clique aqui.
|