Que diabo de estabilidade é essa? O
Tribunal Superior Eleitoral, num espetáculo caro aos cofres públicos, perdeu
toda a credibilidade
Plenário do Senado Federal vazio após divulgação da delação da JBS que atingiram diretamente o presidente Michel Temer - 18/05/2017 (Andressa Anholete/AFP) |
No
terceiro ano da Lava Jato, um assessor do presidente é filmado correndo com uma
mala preta. No interior da mala, R$ 500 mil de uma pizzaria. Antigamente, tudo
acabava em pizza. Aqui começou numa pizzaria chamada Camelo. Depois da delação
da JBS, Temer entrou em guerra com a Lava-Jato. Os métodos são os mesmos,
politizar a denúncia, investir contra juízes e investigadores. Os detalhes da
denúncia da JBS são conhecidos, foram repetidos ad nauseam na
televisão. A iniciativa de Temer ao partir para o confronto marca mais um
capítulo de uma resistência histórica à Lava Jato.
Nas
gravações divulgadas, Lula foi o primeiro a articular uma reação, criticando os
procuradores, confrontando Sérgio Moro, politizando ao máximo a luta contra o
que chama de República de Curitiba. Lula tentou articular uma reação. Ele
percebeu que todo o sistema politico partidário poderia ruir. Não conseguiu
avançar. Havia a possibilidade do impeachment, e o tema da luta contra a Lava
Jato caiu para segundo plano.
Num
outro compartimento, as gravações de Sérgio Machado mostram a cúpula do PMDB
tramando para deter as investigações. Nas intervenções de Romero Jucá fica
claro que a expectativa era deter a sangria. Mas ao mesmo tempo era preciso
derrubar o PT. Possivelmente, julgavam-se mais capazes, uma vez no poder, de
realizar o sonho de preservação do sistema.
As
intervenções de Aécio Neves, presidente do PSDB, são mais ambíguas. Aécio não
assumia publicamente que era contra a Lava Jato. No entanto, articulava leis
para neutralizá-la, seja pela anistia ao caixa dois ou pela Lei de Abuso de
Autoridade. No terceiro ano da Lava Jato, Aécio é gravado tratando de dinheiro
com Joesley Batista, um empresário, por boas razões, investigado em várias
frentes.
A
resistência do velho sistema foi se esfacelando até encontrar, agora em Temer,
o último general, com uma tropa de veteranos da batalha como Eduardo Cunha. É
um presidente impopular que se escora apenas na cativante palavra estabilidade.
A mesma que Gilmar Mendes utiliza ao absolver a chapa Dilma-Temer diante de
provas que o relator Herman Benjamin classificou de oceânicas.
Que
diabo de estabilidade é essa? O Tribunal Superior Eleitoral, num espetáculo
caro aos cofres públicos, perdeu toda a credibilidade. Mas mesmo ali, julgando
um fato passado, a Lava-Jato estava em jogo. Não só porque desprezaram provas
da Odebrecht.
O
ministro Napoleão Nunes mostrou-se um bravo soldado do sistema em agonia.
Referindo-se aos seus delatores, falou na ira do profeta passando a mão pelo
pescoço, como se fosse decapitá-los. Num mesmo espetáculo, soterram provas
contundentes, e um deles se comporta, simbolicamente, como se fosse um
terrorista do Estado Islâmico.
Nada
mais instável do que abalar a confiança na Justiça. As reformas necessárias, os
14 milhões de desempregados são uma realidade inescapável. Mas a estabilidade
que o núcleo do governo está buscando é uma proteção contra a Lava-Jato. Oito
ministros são investigados. O chamado núcleo duro, Moreira Franco e Padilha se
agarram ao foro privilegiado.
Olhando
o futuro próximo, não é a estabilidade que vejo, e sim turbulência. Um
presidente desmoralizado pelos fatos policiais vai buscar todas as maneiras de
se agarrar ao poder. Quando tiver de hesitar entre a estabilidade fiscal e a do
seu cargo, certamente lançará mão de pacotes de bondades.
Mesmo
um presidente indireto teria de seguir a sina de Lula, Renan, Jucá, Aécio e do
próprio Temer. Uma das condições para que o Congresso escolha alguém é a
promessa de proteção contra a Lava-Jato. Tarefa inglória. Todos falharam até
agora. Por que um presidente nascido de uma escolha indireta teria êxito?
O
seu trabalho seria desenvolvido num período eleitoral. A experiência mostra que
nesses períodos a sociedade tem um peso maior sobre as decisões do Congresso.
Isso completa a visão de que não há estabilidade à vista, mas uma rota de
turbulência. A escolha portanto é voar para frente ou para trás. Desligar ou
não os aparelhos do velho e agonizante sistema politico partidário, ancorado na
corrupção.
A
ausência das manifestações de rua não significa que a sociedade perdeu o
interesse. Pelo contrário, o impacto de espetáculos como o do TSE tem um longo
alcance. É muito provável que, num momento em que achar necessário, vá
comparecer com a célebre voz da rua. Se tudo o que aconteceu passar em branco,
corremos o risco de nos transformar numa nação de zumbis. Com a exceção de praxe:
os índios isolados da Amazônia.
Por Fernando Gabeira, em O Globo
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Coleção Quasar K+:
Livro 1: Quasar K+ Planejamento Estratégico;
Livro 2: Shakespeare: Medida por medida. Ensaios sobre corrupção, administração pública e administração da justiça;
Livro 3: Nikolai Gogol: O inspetor geral. Accountability pública; Fiscalização e controle;
Livro 4: Liebe und Hass: nicht vergessen Aylan Kurdi. A visão de futuro, a missão, as políticas e as estratégias; os objetivos e as metas.
O que é a metodologia Quasar K+ de planejamento estratégico?
QUASAR K+ é uma metodologia que procura radicalizar os processos de participação cidadã através de três componentes básicos:
a.Planejamento;
b.Educação e Teatro;
c.Participação intensiva.
Para quem se destina a ferramenta?
A metodologia QUASAR K+ foi desenvolvida para se constituir em uma base referencial tanto para as pessoas, os indivíduos, como para as organizações. Portanto, sua utilização pode ensejar a modernização desde o simples comércio de esquina ao grande conglomerado corporativo. Mas, também, os projetos de crescimento e desenvolvimento individuais, a melhoria das relações familiares...
Fazendo uso da metodologia QUASAR K+ poderemos descortinar novos horizontes nos habilitando a fazer mais e melhor com menor dispêndio de recursos.
Qual a razão desta metodologia?
Nas democracias modernas as sociedades se mostram tanto mais evoluídas e sustentáveis quanto mais aprimoram a qualidade da participação na vida organizacional, política e social.
Para que a participação se revista de qualidade se faz necessário dominar um conjunto de técnicas e instrumentais capazes de impregnar o processo de maior eficácia.
É deste contexto que emerge a metodologia QUASAR K+: disponibilizar técnicas específicas ancoradas em valores e princípios da educação e do teatro, incorporando - como eixo estruturante - as ferramentas do planejamento.
Portanto, é uma metodologia que busca assegurar qualidade à consecução dos objetivos, estratégias e metas traçados.
Por conseguinte, a aplicação da tecnologia possibilitará que nossa inserção e participação nos ambientes de estudo, trabalho, entretenimento e moradia, se verifique de maneira progressivamente mais satisfatória. Ao mesmo tempo em que nos empodera:
- eleva a autoestima – na medida em que tomamos consciência da evolução de nossa capacidade produtiva, da habilidade adquirida para interagir e contribuir com a família, o grupo social, a organização, a sociedade;
- incorpora ganhos sociais para a família, a escola, a instituição em que trabalhamos e a comunidade onde moramos, considerando que os produtos e resultados de nossa intervenção direta passam a ostentar qualidade diferenciada, mais fina, apurada e consentânea com as aspirações por um mundo melhor e mais justo.
De maneira estruturada, o livro enfoca:
Livro 1: Quasar K+ Planejamento Estratégico;
Livro 2: Shakespeare: Medida por medida. Ensaios sobre corrupção, administração pública e administração da justiça;
Livro 3: Nikolai Gogol: O inspetor geral. Accountability pública; Fiscalização e controle;
Livro 4: Liebe und Hass: nicht vergessen Aylan Kurdi. A visão de futuro, a missão, as políticas e as estratégias; os objetivos e as metas.
O que é a metodologia Quasar K+ de planejamento estratégico?
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a.Planejamento;
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Qual a razão desta metodologia?
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Para que a participação se revista de qualidade se faz necessário dominar um conjunto de técnicas e instrumentais capazes de impregnar o processo de maior eficácia.
É deste contexto que emerge a metodologia QUASAR K+: disponibilizar técnicas específicas ancoradas em valores e princípios da educação e do teatro, incorporando - como eixo estruturante - as ferramentas do planejamento.
Portanto, é uma metodologia que busca assegurar qualidade à consecução dos objetivos, estratégias e metas traçados.
Por conseguinte, a aplicação da tecnologia possibilitará que nossa inserção e participação nos ambientes de estudo, trabalho, entretenimento e moradia, se verifique de maneira progressivamente mais satisfatória. Ao mesmo tempo em que nos empodera:
- eleva a autoestima – na medida em que tomamos consciência da evolução de nossa capacidade produtiva, da habilidade adquirida para interagir e contribuir com a família, o grupo social, a organização, a sociedade;
- incorpora ganhos sociais para a família, a escola, a instituição em que trabalhamos e a comunidade onde moramos, considerando que os produtos e resultados de nossa intervenção direta passam a ostentar qualidade diferenciada, mais fina, apurada e consentânea com as aspirações por um mundo melhor e mais justo.
De maneira estruturada, o livro enfoca:
- Planejamento e Administração
- O setor público
- Empreendedorismo & iniciativa privada
- Participação intensiva & terceiro setor
- Cidadania
- Qualidade Total
- Educação & Teatro
- O setor público
- Empreendedorismo & iniciativa privada
- Participação intensiva & terceiro setor
- Cidadania
- Qualidade Total
- Educação & Teatro
Para saber mais sobre o livro, clique na capa. |
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