Os bailarinos Cícero Gomes e Márcia Jaqueline no espetáculo Carmina Burana, no Theatro Municipal do Rio de JaneiroJúlia Ronai/Divulgação/Theatro Municipal |
Mesmo enfrentando dois meses de atraso de salários e sem o
pagamento do décimo terceiro de 2016, o corpo artístico do Theatro Municipal do
Rio de Janeiro estreia hoje (15) o espetáculo Carmina
Burana, uma cantata composta nos anos 30 do século passado pelo
alemão Carl Orff, que reunirá pela primeira vez neste ano o Corpo de Baile, o
Coro e a Orquestra Sinfônica do teatro, vinculado à Secretaria de Estado de
Cultura.
A ideia de encenar a cantata com uma
coreografia foi do diretor artístico do Theatro Municipal, André Heller-Lopes.
“Mas a glória da coreografia é toda do Rodrigo Neri [do Corpo de Baile] e das
diretoras artísticas do Ballet, Ana Botafogo e Cecília Kerche”, disse.
Popularização
Apesar do momento difícil que o
estado do Rio de Janeiro e o país atravessam, segundo Heller-Lopes, é um dever
dos funcionários do teatro garantir o acesso da população a obras como essa.
“O Theatro Municipal é perfeito para
balé, ópera e concerto. A gente precisa mostrar isso para as pessoas. Levar
essa arte que eles fazem tão bem para que todo mundo possa ter direito de
assistir esse espetáculo”.
O espetáculo Carmina Burana terá sessões nos dias 15, 17, 18 e 20,
a preços populares. As entradas custam R$ 20 (galeria), R$ 30 (balcão
superior), R$ 50 (plateia/balcão nobre) e R$ 300 (camarotes/frisas).
A obra é a terceira montada pelo
Municipal nos últimos três meses, apesar do agravamento da crise nas contas do
estado. “Com toda a situação delicada, já conseguimos fazer três grandes
espetáculos. É um grande desafio.” Os primeiros foram as óperas Jenufa e Norma,
esta última com ingressos a R$ 10.
Doações
O Theatro Municipal continua
recebendo doações de alimentos para os funcionários com salários atrasados. “A
gente continua recebendo doações e, acima de tudo, continua fazendo arte da
melhor qualidade, e insistindo muito em ser acessível, em trazer a arte para
muita gente”, disse Heller-Lopes.
O diretor destacou que os bailarinos,
cantores e músicos, “mais que agradecem as doações”, mas que o mais importante
para os artistas continua sendo “o aplauso do público, a presença, a demanda de
espetáculos sempre”.
Por Alana Gandra, da Agência Brasil
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Um teatro de envergadura
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