segunda-feira, 17 de abril de 2017

A aula de jornalismo de Emílio Odebrecht


Emílio Odebrecht deu uma aula de jornalismo.
Depois de dizer que repassou 8 milhões de reais à Carta Capital, ele explicou como sua empreiteira comprava a imprensa.
O procurador perguntou:
"Havia aqui um intuito de ter um órgão de imprensa a favor desses doadores que não publicassem matérias contrárias?"
Ele respondeu:
“Olhe, nossas ajudas à imprensa sem dúvida nenhuma nós colocávamos sempre o seguinte... Meu filho, você tem que defender também as coisas... Eu não quero que esteja tolhido de dar informações, mas não explore as informações, são coisas diferentes. Essa sempre foi uma conversa que eu tive institucional com todos. Porque as ajudas sempre existiram para todos os veículos. Olhe... O único que eu não me lembro se houve nenhuma ajuda direta foi a Globo”.
O procurador perguntou de que maneira a Odebrecht pagava a imprensa.
Ele respondeu:
“Por exemplo, fazer uma divulgação do balanço que nós não fazíamos normalmente num determinado veículo, a legislação não obriga você fazer a todos. Então, eu posso ampliar para mais um. São uma receita adicional que entra em compensação ao dinheiro que foi emprestado.
Isso daí sempre existiu e naturalmente o que eu colocava era o seguinte: 'Não quero que vocês deixem de dar notícia, só não quero que vocês fiquem explorando a notícia'. São coisas completamente diferentes”.

O Antagonista

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O livro contém o texto original de Nicolai Gogol, a peça teatral “O inspetor Geral”. E mais um ensaio e 20 artigos discorrendo sobre a realidade brasileira à luz da magnífica obra literária do grande escritor russo. Dessa forma, a Constituição brasileira, os princípios da administração, as referências conceituais da accountability pública, da fiscalização e do controle - conteúdos que embasam a política e o exercício da cidadania – atuam como substrato para o defrontar entre o Brasil atual e a Rússia dos idos de 1.800. 
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