Dois grupos de pesquisa brasileiros estão na fila para utilizar o
telescópio James Webb, o maior e mais caro já posto em órbita. Cada um deles
submeteu projetos à agência espacial americana (Nasa) e foi contemplado em
setembro do ano passado.
Um dos grupos é coordenado
pelo Observatório Nacional, no Rio de Janeiro. O outro é liderado pelo Grupo de
Astrofísica da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em parceria com
pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da
Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos.
— Eu não diria que as imagens
[divulgadas hoje] são melhores que o esperado, porque a expectativa já estava
lá em cima, já sabíamos que viria algo extraordinário, e foi isso. É
fantástico, não só as imagens mas também todos os dados por trás delas. Os
cientistas agora vão analisar a quantidade de luz emitida por cada pedacinho
dessas imagens, os espectros e observar como estão se movendo — disse o
astrofísico Rogemar André Riffel, da UFSM, em entrevista ao GLOBO.
O projeto coordenado por
Riffel já tem data para acessar o telescópio. A previsão é de que o James Webb
fique disponível para os pesquisadores brasileiros entre abril e julho do ano
que vem.
Riffel explica que seu
projeto foi aprovado para o ciclo 1 do telescópio. No momento, o James Webb
está no ciclo 0, no qual o equipamento é usado pelos times que desenvolveram
seus instrumentos.
Depois desta primeira
etapa, o telescópio será aberto para outros pesquisadores, quando o James Webb
fará as imagens solicitadas pelos brasileiros. Mas a ordem de prioridade ainda
pode mudar. A fila é determinada de modo a economizar energia do telescópio e a
sequência de projetos depende disso.
— Todo o controle do James
Webb é feito remotamente, por técnicos e engenheiros. Nós submetemos a proposta
com todo o detalhamento de quantos segundos cada instrumento deve ficar em cada
configuração, tudo especificado sobre o que queremos observar. E isso é feito
de forma automática e nós observamos o resultado depois. A análise será feita
aqui na universidade — explicou Riffel.
O grupo de pesquisa da
UFSM, UFRGS e Johns Hopkins vai observar três galáxias ativas, com buraco negro
supermassivo no centro, e que estão capturando matéria. Tratam-se de galáxias
relativamente próximas, entre 300 e 600 milhões de anos luz de distância uma da
outra.
Os pesquisadores querem
entender o motivo pelo qual há abundância de hidrogênio nessas galáxias. E a
observação dessas moléculas é possível apenas com um telescópio como o James
Webb.
O projeto quer avançar nos
estudos sobre o comportamento dessas moléculas, como elas se movem e porque
elas se mantêm intactas mesmo em um local tão extremo.
O
Globo, Alfredo Mergulhão e Roberto Maltchik
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