Crânio de um Homo sapiens. EPA/Lex Van Lieshout |
Os dados genéticos obtidos de sete humanos que viveram nos
últimos 2.500 anos na África do Sul sugerem que o Homo sapiens surgiu há
350.000 anos, muito antes do que se considerava até agora, segundo um estudo
publicado nesta quinta-feira na revista "Science".
Cientistas suecos e
sul-africanos puderam identificar a sequência genética dos restos de três
indivíduos caçadores-coletores que viveram há entre 2.300 e 1.800 anos, e de
quatro camponeses que viveram há entre 500 e 300 anos.
Todos eles viveram na atual
província de KwaZulu-Natal, na costa Índica da África do Sul.
Os cientistas concluíram que
a transição dos humanos arcaicos ao Homo Sapiens ocorreu há entre 350.000 e
260.000 anos, muito antes dos 180.000 anos que se achava até agora com base em
restos encontrados no leste da África.
Os autores do estudo, da
Universidade de Uppsala (Suécia), da Universidade de Joanesburgo e da
Universidade de Witwatersrand (ambas na África do Sul), apoiaram assim a teoria
da origem pan-africana do Homo sapiens, com evoluções simultâneas em todo o
continente.
De fato, em junho deste ano,
fósseis de mais de 300.000 anos achados em Marrocos sugeriram que a evolução do
homem arcaico ao Homo sapiens podia ter acontecido muito antes do estabelecido
até agora.
Da EFE
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