Brasil tem 654,3 mil presos, mostra pesquisa
do CNJ
O Brasil
tem 654.372 presos, sendo 221 mil deles provisórios, que ainda não foram
julgados. Os dados são do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e foram obtidos
após a presidente do conselho, ministra Cármen Lúcia, ter determinado aos
tribunais de todo o país que atualizassem dados sobre o sistema carcerário
brasileiro.
O
levantamento mostra que o crime de tráfico de drogas representa 29% dos
processos que envolvem réus presos, seguido por roubo (26%), homicídio (13%),
porte ilegal de arma (8) e furto (7%) e receptação (4%).
Segundo a
pesquisa, o tempo de encarceramento provisório nos estados varia entre 172 e
974 dias, e os presos provisórios representam de 15% a 82% da massa carcerária
dos estados.
Em
janeiro, após a explosão da crise de superlotação nos presídios do Amazonas e
do Rio Grande do Norte, Cármen Lúcia pediu que os tribunais de Justiça
adotassem medidas para acelerar o julgamento de presos provisórios . Os dados
do CNJ foram obtidos a partir de informações enviadas por 25 tribunais do país.
Segundo o conselho, os tribunais de Mato Grosso do Sul e Tocantins não enviaram
as informações solicitadas.
Por André Richter, da Agência Brasil
Presos provisórios levam mais de um ano para ir a
julgamento no Brasil
Uma
pessoa presa provisoriamente, no Brasil, fica em média um ano e três dias
encarcerado antes de ir a julgamento. O dado consta de levantamento dos
tribunais de Justiça de todo o país, por recomendação do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ).
Em
Pernambuco, uma pessoa detida em flagrante fica, em média, mais de dois anos e
meio (974 dias) encarcerada, antes de ter a sentença proferida por um juiz.
No
Rio Grande do Norte, estado em que pelo menos 26 presos morreram em rebeliões
no início deste ano, uma pessoa detida sem julgamento aguarda, em média, 682
dias antes de ser condenada ou absolvida por um juiz.
Como
os números são uma média, é possível que haja pessoas presas há muito mais
tempo sem que tenham sido julgadas.
Os
dados foram compilados por ordem da presidente do CNJ, ministra Cármen Lúcia. A
iniciativa foi tomada após a crise carcerária ocorrida no início do ano, na
qual mais de 100 presos foram assassinados em presídios do Amazonas, de Roraima
e do Rio Grande do Norte.
De
acordo com as informações do CNJ, o número de presos provisórios no país
ultrapassa 221 mil. Número próximo ao do déficit de vagas em todo o sistema
penitenciário, que segundo os dados mais recentes do Levantamento Nacional de
Informações Penitenciárias (Infopen), mantido pelo Ministério da Justiça, era
de 250.318 vagas em 2014, ano dos números mais recentes.
Diante
do quadro, 25 tribunais de Justiça encaminharam planos de trabalho os quais
detalham ações que podem acelerar os julgamentos e potencialmente reduzir o
número de pessoas presas sem necessidade.
Das
unidades da Federação, a que tem maior proporção de presos provisórios é o
estado de Sergipe, no qual 82,3% das pessoas detidas não tiveram julgamento
definitivo. Em seguida vem Alagoas, com 80,92%. Os estados que registram
percentuais menores de presos nessas condições são Mato Grosso do Sul (15,12%)
e Amazonas (13,57%).
Em
números absolutos, São Paulo é o estado com o maior número de presos
provisórios (35.788), seguido por Minas Gerais (26.721) e Rio de Janeiro
(22.942).
Segundo
o CNJ, os dados fornecidos pelos tribunais de Justiça demonstram diferença
superior a 20% quando comparados aos dados do Infopen, referentes a sete
estados: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul,
Santa Catarina e São Paulo.
Por Felipe Pontes, da Agência Brasil
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Comunicação estratégica - da interlocução às palestras exitosas: Como falar bem em ambientes controláveis e em situações de extrema pressão
Como fazer uma palestra? Mais cedo ou mais tarde seremos chamados a enfrentar este desafio.
"Os tempos primitivos são líricos, os tempos antigos são épicos e os tempos modernos são dramáticos".
A frase é de Victor Hugo, escritor francês do século XIX. Mantém uma atualidade que angustia. Sim, vivemos tempos dramáticos, não há como negar, tempos que impõem aos vitoriosos uma vida de intensos estudos e preparação continuada, meticulosa, planejada. Os mais esforçados aumentam as chances de êxito.
O que dizer sobre o estudante que não estuda para o concurso dos sonhos, sobre o indivíduo que ignora os princípios da vida saudável, do atleta que se recusa a treinar, do escritor que rejeita a solidão do ofício, do cidadão que opta por vender o voto?
A vida costuma responder com sorriso quem assim a cumprimenta, e com desventuras e lamentos aos mordazes e amargurados. Os preguiçosos também costumam pagar um alto preço pela indolência.
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Mais cedo ou mais tarde seremos chamados a palestrar. É inevitável. E quando romper o instante, estaremos preparados?, conseguiremos - com êxito - levar a bom termo a tarefa?, ou o resultado se mostrará medíocre, um fiasco, um retumbante fracasso?
As opções estão entre ‘permanecer à mercê do acaso e da sorte’ ou ‘investir, planejadamente, na preparação’.
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Quando nos deslocamos para o contexto profissional, a trajetória reverbera um caminho lógico, evidenciando que, quanto mais prosperamos na carreira, mais expande a demanda por exposições orais.
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