De acordo com dados do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a participação das mulheres
nas áreas de exatas mais do que dobrou de 2011 até 2016 no Brasil. Apesar do
aumento, na área das Ciências Exatas e da Terra, nas engenharias e na
computação, a participação feminina ainda não supera 30% das bolsas
disponibilizadas pelo órgão.
Segundo o CNPq, em 2011 foram disponibilizadas 21.957 mil
bolsas para que as mulheres ingressassem na área científica. O número chegou em
50.438 em 2015. O intuito da iniciativa é incluir as mulheres na ciência, de
forma que tenham seu trabalho reconhecido, superando os preconceitos que
existem na área.
Um bom exemplo é o projeto Futuras Cientistas, do
Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), que já beneficiou 30
alunas de escolas públicas de Recife (PE) com a participação em projetos de
pesquisa desenvolvidos em laboratórios de nanotecnologia, microscopia eletrônica
e biocombustível.
Outra referência é Museu de Astronomia e Ciências Afins
(Mast), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações (MCTIC) na cidade do Rio de Janeiro, onde atualmente as mulheres
representam 80% do quadro, número considerado superior à média de 33% de
pesquisadoras e tecnologistas nos institutos do MCTIC.
Desde julho de 2016 o Mast seleciona um grupo de sete
alunas do ensino médio para criar ações de divulgação científica. Cinco delas
já possuem bolsas de iniciação científica na modalidade Jovens Talentos da
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). As ações de
divulgação serão apresentadas no Dia das Meninas, comemorado nesta sexta-feira,
10, e na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2017, prevista para outubro.
Por Júlia
Buonafina, na Agência Brasil
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A mulher que - nos idos de 1900 - fez a diferença comandando um exército de homens: Santa Dica de Goiás. Para saber mais, clique aqui.