João César Campos Vargas, de 18 anos, é um dos quatro
brasileiros aceitos por uma das universidades mais importantes do mundo em
2017.
Quando pegou gosto pela matemática, João
César Campos Vargas morava em Passa Tempo (MG) e estudava em uma escola
estadual onde a mãe é professora. A paixão pelos números o levou para escolas
em Belo Horizonte e, depois, em São Paulo. Agora, aos 18 anos, se prepara para
ficar ainda mais distante da cidadezinha mineira de 8 mil habitantes: João
César é um dos quatro brasileiros aceitos em 2017 pelo Instituto de Tecnologia
de Massachusetts (MIT).
Os nomes dos
novos aprovados foram divulgados na noite de segunda-feira (13), o Dia do Pi. O MIT fica em Cambridge, nos Estados Unidos, e é uma das universidades
mais importantes do mundo, reconhecida no campo da tecnologia e das ciências
exatas.
Colégio federal e bolsa particular
João César
gosta de Minas Gerais, pensa em voltar em morar em Belo Horizonte, mas acredita
que se tivesse ficado por lá, onde se mudou para estudar em um colégio técnico
ligado à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), teria mais dificuldade em
‘aplicar’ – termo usado para disputar vagas em instituições nos Estados Unidos.
No ano passado,
Vargas se mudou para a cidade de São Paulo para cursar o terceiro ano do ensino
médio no Colégio Etapa. Na escola, teve o talento reconhecido com uma bolsa
integral e teve ainda hospedagem bancada para poder se concentrar somente nos
estudos.
Já consciente
de que seu exemplo pode servir como exaltação irrefletida ao ensino público,
ele reconhece a importância das oportunidades que teve e ressalta que é preciso
esforço e estrutura para alcançar um objetivo como a aceitação no MIT.
"Esforço
sem as oportunidades certas podem não resultar no que você quer. Mas só as
oportunidades sem esforço, não dá. Eu acho que me esforcei bastante e tive as
oportunidades certas.”
O processo de
seleção das universidades americanas (o nome em inglês é application), inclui
provas, testes de proficiência em inglês, redações, cartas de recomendação,
entrevistas e análise das atividades extracurriculares.
Por Vanessa
Fajardo, no G1
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