segunda-feira, 20 de março de 2017

Por que não dá para ler e ouvir ao mesmo tempo?


Você coloca o fone de ouvido, liga o som e abre um livro para ler. Enquanto vai passando as páginas, suas músicas preferidas não param de tocar. Mas será que você consegue prestar atenção nas duas coisas ao mesmo tempo? Depende.

Para entender melhor, vamos pensar em dois cenários. No primeiro deles, o livro em questão é de matemática e você está às vésperas de uma prova importante. A matéria é complicada, cheia de regras, fórmulas e variáveis. Sua atenção está totalmente focada neste conteúdo dificílimo e que exige bastante energia. A música de fundo continua tocando, mas você, muito provavelmente, não vai saber nem se é um rock ou algo do estilo clássico.

Isso acontece porque a audição e a visão (leitura) são processadas pela mesma região do seu cérebro. Ou seja, existe ‘espaço’ só para uma delas de cada vez.

“Não é possível focar plenamente nas duas coisas ao mesmo tempo, já que elas vão competir por essa via cerebral.”

Renato Anghinah, neurologista da Academia Brasileira de Neurologia

É por isso, por exemplo, que se você estiver andando de metrô e totalmente envolvido com a leitura de um romance, corre sérios riscos de não ouvir a chamada da sua estação do metrô e perder a parada – e só se dar conta disso quando desviar a atenção das páginas.

Essa condição foi chamada de “surdez por desatenção” em um estudo publicado no periódico internacional Journal of Neurosciencie. A teoria dos pesquisadores era de que o cérebro teria dificuldades em fazer alguma outra atividade se já estivesse muito concentrado em algo visual (uma leitura, por exemplo).

Depois de uma série de testes, eles confirmaram que a “surdez por desatenção” ocorre porque, de fato, a audição e a visão (leitura) compartilham um mesmo mecanismo de processamento neural.

Os dois podem funcionar, um pouco

Agora imagine um segundo cenário. O livro, na verdade, é uma revista que você folheia sem muita atenção. Nos fones, toca uma música a qual você também não tem muito interesse. Nesse caso, é possível até prestar alguma atenção nas duas coisas. Você tem consciência do que está tocando, pode até cantar se souber a letra de cor, e também consegue acompanhar as informações que vão aparecendo nas páginas da revista.

Vez ou outra, pode até revezar (inconscientemente) sua atenção entre o que lê e a música.

Mas no momento em que se deparar com uma matéria ou um trecho que exija atenção, você terá que parar de cantar e “de ouvir” a música. Só assim conseguirá ler com consciência. “Surgiu uma novidade que exige atenção, tem competição na via de processamento do cérebro”, reforça Anghinah.
Por Aretha Yarak, no UOL

______________________

Comunicação estratégica - da interlocução às palestras exitosas: Como falar bem em ambientes controláveis e em situações de extrema pressão


Como fazer uma palestra? Mais cedo ou mais tarde seremos chamados a enfrentar este desafio.
"Os tempos primitivos são líricos, os tempos antigos são épicos e os tempos modernos são dramáticos".
A frase é de Victor Hugo, escritor francês do século XIX. Mantém uma atualidade que angustia. Sim, vivemos tempos dramáticos, não há como negar, tempos que impõem aos vitoriosos uma vida de intensos estudos e preparação continuada, meticulosa, planejada. Os mais esforçados aumentam as chances de êxito.
O que dizer sobre o estudante que não estuda para o concurso dos sonhos, sobre o indivíduo que ignora os princípios da vida saudável, do atleta que se recusa a treinar, do escritor que rejeita a solidão do ofício, do cidadão que opta por vender o voto?
A vida costuma responder com sorriso quem assim a cumprimenta, e com desventuras e lamentos aos mordazes e amargurados. Os preguiçosos também costumam pagar um alto preço pela indolência.
Há quem desconheça – como conduta mais adequada - manter uma atitude proativa - amistosa, colaborativa, de estudos e preparação continuada e planejada - para conseguir responder aos desafios que se apresentam no dia a dia.   
Imagine uma situação qualquer em que você necessite se alimentar, mas encontra-se impedido em decorrência de problemas decorrentes de um comportamento irresponsável para com a saúde...
E diante da premência de fazer uma corrida rápida para esgueirar-se da chuva, não perder o metrô, ou para escapar de um carro desgovernado que acelera em sua direção... Providências impossíveis de adotar em função do lastimável preparo físico; inexoravelmente terá um dia de cão: passará um bom tempo encharcado, terá que esperar o próximo trem e, na situação mais grave, será atropelado...
Mais cedo ou mais tarde seremos chamados a palestrar. É inevitável. E quando romper o instante, estaremos preparados?, conseguiremos - com êxito - levar a bom termo a tarefa?, ou o resultado se mostrará medíocre, um fiasco, um retumbante fracasso?
As opções estão entre ‘permanecer à mercê do acaso e da sorte’ ou ‘investir, planejadamente, na preparação’.
Não é melhor prevenir que remediar?, resguardar-se da doença que despender no tratamento? Não é mais sensato estudar para a prova que amargar a reprovação? Não é mais inteligente treinar para a luta que padecer a derrota?
Desde a mais singela conversação entre amigos ou familiares, até a palestra em um auditório lotado, com três mil pessoas, devemos cuidar para que a comunicação se estabeleça em sua integralidade, otimizando a utilização dos recursos disponíveis, de modo que, ao fim e ao cabo, a mensagem transmitida tenha sido assimilada pelos receptores.
Quando nos deslocamos para o contexto profissional, a trajetória reverbera um caminho lógico, evidenciando que, quanto mais prosperamos na carreira, mais expande a demanda por exposições orais.
Melhor, então, não ignorar a realidade e planejar a conquista da nova habilidade, ‘falar bem para o público’, independentemente do número de interlocutores, se um, se dez, se três mil...
Como em qualquer área do conhecimento acadêmico, um conjunto de técnicas criteriosamente adotadas poderá tornar a travessia menos dolorida, mais produtiva e mais prazerosa.
Esta é a razão deste livro, impedir que a surpresa se constitua num imponderável, na variável indesejada; impedir que o leitor seja pego de calças curtas. E para isso a obra se divide em capítulos estruturados para abrigar desde os referenciais teóricos até exercícios, dicas e experiências concretas, tudo com o propósito de transformar o leitor em um exímio palestrante. Aventure-se nesta jornada. Compreenda as dimensões da comunicação, as variantes que conduzem a mensagem ao seu destino de forma límpida, rápida e fidedigna. Aprenda como utilizar as linguagens gestual e vocal para potencializar os conteúdos emitidos. E a estruturar uma apresentação impecável, que receba a empatia e a cumplicidade da plateia.    

Para saber mais, clique aqui.