Pesquisa
divulgada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan)
revela que as jovens brasileiras na faixa etária de 25 a 35 anos, moradoras no
Rio de Janeiro e em São Paulo, são as que mais querem empreender,
comparativamente a capitais de quatro países (Madri, Londres, Berlim e Moscou)
e três grandes cidades (Nova York, nos Estados Unidos, Xangai, na China, e
Bombaim, na Índia).
A sondagem
mostra que 62,6% das jovens brasileiras querem abrir o próprio negócio nos
próximos anos, seguida das russas, com 60,9%, e das indianas, com 58,4%,
superando a média mundial de 43,5%. As cidades que registram os menores
percentuais são Madri (24,2%), Berlim (31,5%) e Nova York (33,8%).
“O Brasil
tem um potencial empreendedor muito grande e, entre as mulheres, esse potencial
empreendedor também se destaca”, disse hoje (8) à Agência Brasil a
especialista em pesquisa e estatística da Firjan Joana Siqueira.
Além da
realização de um sonho, a abertura do próprio negócio pelas brasileiras traduz
uma busca por maior qualidade de vida. “E tem um fator que é muito importante
para elas, que é a flexibilização do horário”, destacou Joana. Segundo a
sondagem, 66,2% das mulheres apontaram a liberdade de horário como uma das
principais razões para abrir o próprio negócio. Entre os homens, o percentual
foi 54,7%.
A sondagem
mostra que a maioria das jovens empreendedoras prefere ser a única dona do
empreendimento (55,2%). Diferentemente dos homens, cuja maior parcela busca
sempre abrir um negócio em sociedade – 55,7% dos jovens empreendedores do sexo
masculino têm parceiros no negócio. Joana Siqueira destacou que, pelo
fato de as jovens quererem ter mais liberdade e controlar melhor o seu tempo, elas
preferem entrar na empreitada sozinhas, enquanto os homens dão preferência à
abertura de negócios com algum sócio para dividir a responsabilidade.
Mercado
formal
De acordo
com a pesquisa, o empreendedor, seja homem ou mulher, passa primeiro pelo mercado
de trabalho antes de empreender. “O empreendimento não é uma questão
circunstancial devido à necessidade ou à falta de oportunidade. Na verdade, é a
realização de um sonho. Ele teve oportunidade no mercado formal mas, ainda
assim, quer empreender.” Joana Siqueira ressaltou que muitos empreendedores,
inclusive, continuam com o emprego formal e com o próprio negócio por algum
tempo, até conseguir estabilidade.
As jovens
empreendedoras se sentem mais realizadas (48,3%) do que os homens (43,8%) e
também do que as mulheres que não empreendem (20,5%). Entre os homens não
empreendedores, o percentual de realização pessoal é de 31,1%. “De fato, o
empreendimento é uma realização, uma conquista. Eles se sentem muito
recompensados por isso. Mesmo diante de todas as dificuldades que encontram
pelo caminho, eles se sentem mais plenos.”
Embora a
maioria prefira ser a única dona do negócio, a jovem empreendedora procura
estabelecer redes de contato profissionais. É uma questão marcante entre os
empreendedores de forma geral. Há mais gosto pelo networking e
pela liderança. “Eles gostam de liderar e de estar à frente das empreitadas e
tarefas”. O networking é uma realidade para 90% das jovens
empreendedoras e para 92% dos homens, mostra a pesquisa, que faz um recorte do levantamento
Jovens Empresários Empreendedores. Foram entrevistados 5.681 jovens
profissionais dos oito países, na mesma proporção entre homens e mulheres.
Empoderamento
Aos 23
anos, Lívia Ressiguier decidiu largar o emprego em uma empresa da área de saúde
e abrir o próprio negócio, em sociedade com a mãe, na Região dos Lagos, no ramo
de semijoias e acessórios. “O sonho da maioria dos jovens é abrir o próprio
negócio, ter horário flexível. Aí, eu arrisquei nessa coisa de empreender”,
disse.
Hoje, aos
37 anos, Lívia tem duas lojas, em Araruama e Cabo Frio, que são tocadas pela
mãe, e abriu uma empresa de revenda de bijuterias, em Niterói, que vai
completar quatro anos em julho. “É minha paixão hoje. Sinto-me muito realizada
com o que eu faço.”
A
empresária oferece às suas consultoras a revenda de semijoias como uma
oportunidade de negócio. “O meu foco é trabalhar o empoderamento e o
empreendedorismo feminino, fazer com que as nossas consultoras acreditem que
qualquer pessoa, desde que tenha vontade e preparação, pode empreender tanto na
carreira como nos negócios”. Lívia tem atualmente 88 consultores – 87 mulheres
e um homem.
Por Alana Gandra - Repórter da
Agência Brasil
_____________________
Quando ocorre o massacre de Canudos, em 1897, Alfredo dá a extrema unção a Antônio Conselheiro e recebe dele uma missão secreta. Alfredo era o braço direito e o chefe da Guarda Pessoal do Conselheiro – a Guarda Católica. Recebida do beato a missão secreta, Alfredo foge da cena do massacre com a família, e por 28 anos vaga pelo interior do país, em busca de Lagolândia, terra onde o beato de Bello Monte previu o aparecimento de Santa Dica de Goiás. Para saber mais, clique aqui.