Na última Feira do Livro de
Frankfurt, uma menina de aparência frágil, arrebanhou uma pequena multidão no
estande da HarperCollins. Era Nujeen Mustafa, uma garota de 17 anos com
paralisia cerebral e, por isso, presa a uma cadeira de rodas. Mesmo sem poder
frequentar a escola na Síria, seu país de origem, ela aprendeu inglês sozinha,
assistindo a novelas americanas na TV.
Quando sua cidade se transformou no
epicentro do combate brutal entre os militantes do Estado Islâmico e os
soldados curdos apoiados pelos EUA, em 2014, ela e sua família foram obrigados
a fugir. A sua biografia -- Nujeen: a incrível jornada de uma garota que fugiu
da guerra na Síria em uma cadeira de rodas --, escrita em parceria com
Christina Lamb (a mesma coautora do best-seller mundial Eu sou Malala), sairá
no Brasil em março, publicada pela Universo dos Livros.
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Entre o amor e a intolerância
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A peça teatral “Amor e ódio: não esqueçamos de Aylan Kurdi” é um tríler que retrata a atual crise migratória no continente europeu.
O embate das civilizações - a histórica rivalidade entre os extremistas que utilizam o radicalismo religioso para destilar ódio e intolerância, a busca dos fundamentalistas pela hegemoniado pensamento - compõe o substrato em que se desenvolve a trama.
O Estado Islâmico decide promover, na Alemanha, o ato terrorista que ficaria marcado, na história da humanidade, como o maior e mais aterrador de todos os já perpetrados no planeta.
Contextualizando a filosofia e a geopolítica, a história e as ciências sociais, as políticas de estado e o planejamento estratégico, as personagens movimentam-se provocando, desafiando o leitor a mergulhar fundo na reflexão sobre os mais caros valores à cultura cristã-ocidental: a democracia e a liberdade, a justiça e aos direitos individuais.
Três mulheres homossexuais protagonizam tensas e intensas discussões sobre este traumático universo onde imperam - por maiores que tenham sido os avanços na política – a cólera, o ódio, a intransigência, o sectarismo, a desmedida violência e o fanatismo.
Mulás, imãs, califas, aiatolás, fundamentalismo islâmico de um lado; do outro, as experiências autoritárias no ocidente como o nazismo e o comunismo, a KGB e a Stasi, estruturando o cenário que alimenta a besta-fera da violência, embasa o fortalecimento do nacionalismo, o fechamento das fronteiras, a construção de muros, o desprezo pela cultura do ‘outro’, pelas referências do ‘estranho’, o desdém para com a dor e o suplício por que passam os refugiados e excluídos.
Os terroristas do EI planejam explodir seis bombas nucleares em Berlim, pulverizando a Alemanha e destruindo toda a Europa central. Conseguirão levar a cabo o plano terrífico? Nesta ambientação são sopesados os debates sobre a beleza e a fealdade, o ódio e o amor, o autoritarismo e a democracia, a sexualidade e as liberdades individuais, o fundamentalismo islâmico e os direitos civis.
Kazal al-Atassi - a poeta que teve os membros amputados e o corpo desfigurado por atentados terroristas sofridos na Síria – e sua ex-companheira, Manal al-Atassi, cuja descomunal beleza hipnotiza e encanta, são suspeitas de integrar a brigada terrorista do Estado Islâmico. Anna Decker, a oficial da inteligência militar encarregada de desvendar a sórdida trama. Bismarck Adenauer, ex agente da Stasi, a agência de inteligência da antiga República Democrática Alemã. E mais os personagens saídos das sombras da CIA e da KGB, do Mossad e das agências russa e chinesa...
Mergulhe, caro leitor, neste tríler que – ao denunciar a mais grave crise migratório desde a 2ª Grande Guerra - interage, de maneira vibrante e perturbadora, a realidade e a ficção.
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