Mais da metade dos médicos recém-formados é reprovada em
teste do Cremesp
“Mais da metade
dos médicos recém-formados no estado de São Paulo (56,4%) é considerada inapta
para o exercício da profissão nos exames de avaliação do Conselho Regional de
Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), feitos no ano passado. Em comparação
a 2015, houve aumento de 8,3 pontos percentuais na taxa de reprovação.
Foram avaliados
2.677 novos profissionais ante 2.726, em 2015. Do total de avaliados no ano
passado, 1.511 não conseguiram a margem de acerto mínimo na prova aplicada pela
Fundação Carlos Chagas (FCC). Para serem aprovados, os médicos precisam dar a
resposta correta a, no mínimo, 60% das 120 questões. Em 2015, a taxa de
reprovação chegou a 48,1% (1.312 candidatos).
No ano passado,
1.166 (43,6%) dos avaliados obtiveram a média necessária para aprovação. Em
2015, 1.414 candidatos (51,9%) passaram no teste do conselho.
O levantamento
do Cremesp mostra que, na comparação entre as escolas públicas e privadas,
prevalece um desempenho mais baixo entre os avaliados vindos de cursos
particulares. Em 2015, 73,6% dos profissionais oriundos de escolas
públicas tinham sido aprovados, taxa que caiu 62,2%, no ano passado. Já o percentual
de aprovados entre os egressos de escolas privadas caiu de 41,2% para 33,7%.
Segundo o
Cremesp, a avaliação foi feita com os formandos de 30 das 46 escolas médicas em
atividade no estado. As demais escolas foram abertas há menos de seis anos e,
portanto, ainda não apresentavam turmas de graduados no período do exame.
O teste do
Cremesp consiste na identificação do conhecimento básico na área. Os avaliados
têm de responder a 120 questões em cinco horas. Para ser considerado apto ao
exercício profissional, o candidato deve responder corretamente a, no mínimo,
72 questões.
O pior
desempenho foi na área de saúde pública e epidemiológica, com média de acertos
de 49,1. Na pediatria, a média chegou a 53,3 e na obstetrícia, 54,7. Muitos dos
candidatos não foram capazes de interpretar imagem para diagnosticar e
administrar a condução terapêutica para problemas básicos de saúde como casos
de hipertensão e doenças respiratórias. Segundo o Cremesp, 80% dos
recém-formados erraram a conduta no tratamento de paciente idoso e 75%
demonstraram não saber identificar as principais características e conduta em
caso de paciente com problemas respiratórios”. (Para ler a matéria completa,
clique aqui)
Em 2007, publiquei, aqui, mesmo, no Blog, um artigo sobre
o assunto, "Quem paga o pato pela
récua de açougueiros?". Aflige pela atualidade. Para ler, basta clicar
aqui.