Imagens que
chegaram de Isfahan, no Irã, este domingo, mostram estudantes a entoarem
slogans de protesto e a tentarem forçar os portões da universidade da cidade. A
polícia tenta dispersá-los com gás lacrimogénio.
Desde a morte da jovem Mahsa
Amini estas cenas repetem-se pelas cidades de todo o Irã, tendo já morrido mais
de 90 pessoas e sido detidas milhares.
No mundo, as manifestações
de solidariedade com o povo iraniano e em particular com as mulheres também se
reptem.
Este domingo, em Paris,
vários milhares de pessoas voltaram a manifestar-se contra a repressão no Irão.
Muitos novaiorquinos também
não ficaram em casa e participaram numa marcha entre a 14° rua e o Washington
Square Park, em Manhattan.
O mesmo aconteceu em
Beirute, onde os manifestantes se reuniram frente ao Museu Nacional. As
mulheres libanesas desfraldaram uma grande faixa com o slogan "Mulheres,
vida e liberdade" escrito em curdo, árabe e persa.
Enquanto prossegue a
repressão, o presidente iraniano, Ebrahim Raïssi, acusa os inimigos de
conspiração contra o seu país.
O movimento de constestação
foi desencadeado no dia 16 de setembro quando foi conhecida a morte da jovem
curda iraniana, Mahsa Amini, de 22 anos, que tinha sido detida três dias antes
pela polícia dos costumes, por infração ao código de vestimento restrito das
mulheres, na República Islâmica.
Euronews
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