Lágrimas amargas para um país com poucas opções: crise da Catalunha deixa pouca esperança de solução (Enrique Calvo/Reuters) |
As duas partes estão amarradas a
compromissos que não podem ser cumpridos, crise atinge estágio em que só por
milagre pode ser desativada
Quem
vai prender a polícia?
Quem
vai entrar na sede do governo da Catalunha e tirar, fisicamente, o seu chefe,
Carles Puigdemont? E todos os outros ocupantes de postos-chave? Seus
substitutos aceitarão substituí-los? Como obrigar mais de 200 mil funcionários
públicos a acatar ordens que rejeitam?
Estas
são algumas das dúvidas mais estonteantes criadas pelo buraco em que os
representantes do movimento pela independência se enfiaram. Seguindo a dinâmica
que colocaram em ação quando desafiaram a legalidade no grito, desencadearam a
lógica do Estado.
O
governo central em todos os seus ramos, executivo, legislativo e
judiciário, não tem opção: precisa seguir os passos legais para impedir a
desmoralização do Estado de Direito representada por iniciativas
inconstitucionais como o plebiscito do começo do mês. Isso já aconteceu, com a
invocação do artigo 155, que estabelece a intervenção na região rebelde.
Mas
a intervenção pressupõe medidas reais, incluindo o afastamento de todos os
funcionários públicos em estado de rebelião. Como tirar Puigdemont, por
exemplo? O chefe de governo, com seu cabelinho de irmãos Marx, espera a expulsão
ou, melhor ainda, a prisão como um momento de glória, o estágio que deflagrará
a ruptura final.
Para
ele, quanto pior, melhor. Tudo que pareça repressão, mesmo que ao abrigo da
lei, só reforça o ânimo, e também a propaganda, dos secessionistas.
E
a polícia local, os Mossos d’Escuadra, aceitará a intervenção? São 17 mil
integrantes, já em estágio de quase-ruptura com as autoridades policiais que
respondem ao governo central, a Guarda Civil e a Polícia Nacional.
Como
vão reagir quando um interventor se apresentar para assumir o comando?
Já
houve incidentes graves antes do plebisicito. Depois da repressão da Guarda
Civil, em cumprimento de ordem judicial, no dia da votação que estava
proibida pela justiça, o estado de animosidade aumentou muito. Agentes e a
direção dos Mossos estão sendo investigados por não cumprimento de dever
funcional.
Homens
armados em estado de conflagração, com ânimos exaltados, irrevogavelmente
divididos entre “espanhóis” e “catalães”, podem cruzar um limite perigoso.
As
propostas de saída são ilusórias. O governo propôs a intervenção, seguida de
eleições gerais. No estado de exacerbação atual, só é possível esperar mais do
mesmo: quem vai votar, em massa, é a parte da população profundamente motivada
pela independência unilateral.
E
vai votar em quem? Nos mesmos políticos apoiam a independência com ruptura.
Na
situação atual, todos estão se dando mal. O governo do primeiro-ministro
Mariano Rajoy, seguro por um fio em suas alianças, pode ser empurrado para
outra crise. O apoio à legalidade institucional dos outros principais partidos,
o Socialista e o Cidadãos, não é à prova de novos conflitos. O PSOE já
começou a fraquejar: se houver eleições, não é preciso a aplicação do artigo
155
A
Espanha mal está tirando os pés da crise, numa recuperação ainda precária
conseguida na base de uma firmeza implacável de Rajoy e seu governo. Uma crise
institucional profunda como a da Catalunha não faz prever nenhuma moleza pela
frente.
Para
os independentistas, fica cada vez mais clara a face problemática do que
parecia uma jornada gloriosa de hinos, bandeiras e uma declaração quase mágica
de nascimento de uma nação. A parte da população que é contra a
independência – teoricamente, a maioria -, sente-se a cada dia mais rejeitada e
até ameaçada.
Diante
da instabilidade, do risco e da insegurança jurídica criadas pela “quase
independência”, mais de 1 300 empresas já transferiram suas sedes para outros
lugares, fora da Catalunha. Os partidos de extrema-esquerda que apoiam a
independência convocaram campanhas de desobediência civil, inclusive com saques
em massa dos bancos que mudaram de sede.
A
cada passo, a situação fica mais sem saída. Falando ao El País, uma fonte do
governo admitiu a realidade: “Será impossível aplicar o artigo 155.”
E,
mesmo que aplicado, abriria apenas um espaço ilusório para respirar. Como cada
um dos lados quer o impossível, sob a forma de concessões que nenhum deles pode
fazer, o oxigênio está para acabar a qualquer momento.
Por Vilma Gryzinski, na Veja.com
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