Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizada em
parceria com o movimento Todos Pela Educação, aponta que 26% dos entrevistados
consideram o ensino no nível médio do país como ruim ou péssimo. Em 2013,
quando levantamento semelhante foi feito, o percentual era de 15%. No nível
fundamental, o percentual passou de 18% para 27%.
O percentual dos que consideram o ensino médio como ótimo ou bom caiu de
48% para 31% e no ensino fundamental o percentual passou de 50% para 34%.
Segundo a pesquisa, 12% dos brasileiros acreditam que o aluno do ensino
médio das escolas públicas está bem preparado para se inserir no mercado
profissional e 23% dizem que está despreparado. A pesquisa Retratos da
Sociedade Brasileira - Educação Básica foi realizada pelo Ibope
Inteligência e ouviu 2 mil pessoas entre 15 e 20 de setembro do ano passado em
126 municípios.
De acordo com os dados, aumentou de 61% para 74% o percentual dos que
concordam totalmente que um ensino de baixa qualidade é prejudicial para o
desenvolvimento do país. A pesquisa aponta também que 81% das pessoas concordam
que o problema da educação no país podem ser atribuídos à má utilização das
verbas destinadas ao setor.
Notas
Os entrevistados deram notas para as condições gerais das escolas
públicas de ensino fundamental e médio. Entre 10 fatores avaliados, em uma
escala de 0 a 10, as notas médias variam de 3,7 a 6,3.
A segurança nas escolas obteve a pior média na avaliação da população
sobre as condições gerais das escolas públicas (3,7). O material didático
digital, o acesso a computador com internet e as atividades extracurriculares
também estão entre os itens com notas mais baixas.
Soluções
Entre as principais ações apontadas para melhorar o desempenho dos
alunos do ensino básico público foram apontadas as seguintes iniciativas:
equipar melhor as escolas, ações para estimular a participação dos pais na
cobrança por uma boa escola, ações para aumentar a segurança nas escolas e para
melhorar o sistema de ensino.
Também foram citadas a necessidade de aumentar o salário dos professores
e elevar o número de docentes, além de ações para melhorar a formação docente.
Procurado pela Agência Brasil, o Ministério da Educação
informou que não costuma se posicionar sobre estudo que não seja oficial.
Agência Brasil