A força-tarefa da Lava-Jato reagiu aos ataques do
ministro Gilmar Mendes ao Ministério Público Federal (MPF) na última quarta-feira, quando ele
disse que “a corrupção chegou à Procuradoria-Geral da República”. Em nota, os
procuradores disseram estar surpreendidos com a atitude do ministro, que,
segundo eles, agiu com “absoluta falta de seriedade”. As críticas ocorreram no
plenário do STF
durante o primeiro dia de julgamento do habeas corpus do ex-ministro Antonio
Palocci, na última quarta, e foram respondidas ontem, no segundo dia de
julgamento.
A equipe da Lava-Jato criticou a declaração do ministro dizendo que ele teria “desbordado o equilíbrio e a responsabilidade exigidos pelo seu cargo”. Os procuradores reclamaram que Gilmar fez acusações genéricas e sem provas sobre a atuação do MPF e, especialmente, contra o procurador da República Diogo Castor de Mattos. Diogo é irmão de Rodrigo Castor, advogado que defende um dos investigados na operação.
Na carta de repúdio, os procuradores de Curitiba afirmaram que Diogo não atuou em nenhum dos casos ou processos envolvendo o cliente de Rodrigo, João Santana de Cerqueira Filho. Essa decisão foi tomada por conta própria, destaca o documento. “Indo além das exigências éticas e legais da magistratura, comportamento esse que o próprio ministro Gilmar Mendes não observou quanto ao seu impedimento em medidas judiciais relativas ao investigado Jacob Barata Filho”.
A nota também diz que o acordo de colaboração de Santana com a PGR foi fechado em 8 de março de 2017, bem antes de o escritório Delivar de Matos e Castor assumir a defesa do empresário, em 17 de abril. No dia das acusações, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) divulgou nota repudiando as declarações do ministro. Gilmar também citou o caso do ex-procurador Marcelo Miller, ex-chefe de gabinete do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. Miller tinha acesso a informação privilegiada e foi acusado de colaborar com os irmãos Joesley e Wesley Batista. Ele pediu exoneração para advogar para a família Batista.
A equipe da Lava-Jato criticou a declaração do ministro dizendo que ele teria “desbordado o equilíbrio e a responsabilidade exigidos pelo seu cargo”. Os procuradores reclamaram que Gilmar fez acusações genéricas e sem provas sobre a atuação do MPF e, especialmente, contra o procurador da República Diogo Castor de Mattos. Diogo é irmão de Rodrigo Castor, advogado que defende um dos investigados na operação.
Na carta de repúdio, os procuradores de Curitiba afirmaram que Diogo não atuou em nenhum dos casos ou processos envolvendo o cliente de Rodrigo, João Santana de Cerqueira Filho. Essa decisão foi tomada por conta própria, destaca o documento. “Indo além das exigências éticas e legais da magistratura, comportamento esse que o próprio ministro Gilmar Mendes não observou quanto ao seu impedimento em medidas judiciais relativas ao investigado Jacob Barata Filho”.
A nota também diz que o acordo de colaboração de Santana com a PGR foi fechado em 8 de março de 2017, bem antes de o escritório Delivar de Matos e Castor assumir a defesa do empresário, em 17 de abril. No dia das acusações, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) divulgou nota repudiando as declarações do ministro. Gilmar também citou o caso do ex-procurador Marcelo Miller, ex-chefe de gabinete do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. Miller tinha acesso a informação privilegiada e foi acusado de colaborar com os irmãos Joesley e Wesley Batista. Ele pediu exoneração para advogar para a família Batista.
Correio Brasiliense
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