A histórica concentração de renda, um dos mais
graves problemas enfrentados pela sociedade brasileira, continua a assombrar os
especialistas. Eles insistem que, somente com melhor distribuição da riqueza,
será possível consolidar um modelo de crescimento econômico e social que guinde
o Brasil à situação comparável à de nações do mundo desenvolvido. Os governos
se sucedem e os mais ricos ficam mais ricos, e os pobres mais pobres,
aumentando a desigualdade, sem que seja encontrada uma solução para a triste
realidade.
Mesmo com o fim da recessão e o começo da recuperação econômica no ano passado, o país ainda tinha mais de 10 milhões de cidadãos vivendo, em média, com R$ 40 por mês, o que demonstra a gravidade da questão. O que chama a atenção dos especialistas é que, em 2016, no auge da estagnação da economia, essas mesmas pessoas recebiam mensalmente, em média, R$ 49. Isso significa que em um ano os brasileiros mais pobres ficaram 18,4% mais miseráveis.
Dados divulgados recentemente pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que o grupo de 1% mais ricos recebeu 36,1% vezes o rendimento dos 50% de brasileiros mais pobres. O certo é que a informalidade no mercado de trabalho contribuiu para a concentração de renda, pois tem menos gente trabalhando com carteira assinada, o que influencia fortemente o rendimento da população economicamente ativa.
O aumento da desigualdade se deu em quatro regiões do Brasil, entre 2016 e 2017. Somente o Sudeste apresentou uma ligeira queda no Índice de Gini (indicador que mede a desigualdade no bolso), referente à renda média real domiciliar per capita. O ligeiro recuo na concentração de renda se deve à precarização do emprego, que afetou postos mais bem qualificados e remunerados do mercado de trabalho. Indiscutível que a queda da desigualdade na região mais desenvolvida do país se deu porque todos ficaram mais pobres. Portanto, nada a comemorar.
Outra constatação que chamou a atenção dos pesquisadores foi sobre a importância da escolaridade no mercado de trabalho. Ficou demonstrado a íntima relação dos valores dos salários com o grau de instrução dos trabalhadores. O mercado premia quem mais estuda, fato que tem de ser levado em consideração quando da formulação de políticas de valorização e de aporte de recursos públicos em educação.
Apesar da dura realidade apresentada pela Pnad, as perspectivas são de que haja uma melhora este ano, com a retomada do crescimento econômico que se desenha, principalmente na indústria e no setor de serviço, que empregam mais. Mas isso não basta para o equacionamento da desigualdade. Toda sociedade tem de se envolver, urgentemente, num projeto de âmbito nacional para resolver a questão da concentração de renda, que tanto mal faz à nação.
Mesmo com o fim da recessão e o começo da recuperação econômica no ano passado, o país ainda tinha mais de 10 milhões de cidadãos vivendo, em média, com R$ 40 por mês, o que demonstra a gravidade da questão. O que chama a atenção dos especialistas é que, em 2016, no auge da estagnação da economia, essas mesmas pessoas recebiam mensalmente, em média, R$ 49. Isso significa que em um ano os brasileiros mais pobres ficaram 18,4% mais miseráveis.
Dados divulgados recentemente pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que o grupo de 1% mais ricos recebeu 36,1% vezes o rendimento dos 50% de brasileiros mais pobres. O certo é que a informalidade no mercado de trabalho contribuiu para a concentração de renda, pois tem menos gente trabalhando com carteira assinada, o que influencia fortemente o rendimento da população economicamente ativa.
O aumento da desigualdade se deu em quatro regiões do Brasil, entre 2016 e 2017. Somente o Sudeste apresentou uma ligeira queda no Índice de Gini (indicador que mede a desigualdade no bolso), referente à renda média real domiciliar per capita. O ligeiro recuo na concentração de renda se deve à precarização do emprego, que afetou postos mais bem qualificados e remunerados do mercado de trabalho. Indiscutível que a queda da desigualdade na região mais desenvolvida do país se deu porque todos ficaram mais pobres. Portanto, nada a comemorar.
Outra constatação que chamou a atenção dos pesquisadores foi sobre a importância da escolaridade no mercado de trabalho. Ficou demonstrado a íntima relação dos valores dos salários com o grau de instrução dos trabalhadores. O mercado premia quem mais estuda, fato que tem de ser levado em consideração quando da formulação de políticas de valorização e de aporte de recursos públicos em educação.
Apesar da dura realidade apresentada pela Pnad, as perspectivas são de que haja uma melhora este ano, com a retomada do crescimento econômico que se desenha, principalmente na indústria e no setor de serviço, que empregam mais. Mas isso não basta para o equacionamento da desigualdade. Toda sociedade tem de se envolver, urgentemente, num projeto de âmbito nacional para resolver a questão da concentração de renda, que tanto mal faz à nação.
Correio Braziliense
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