Recentemente,
uma medida do governo federal reacendeu o debate sobre o ensino para pessoas
com deficiência. Na proposta, cabe ao estudante com deficiência e seus
familiares escolher se querem ou não uma sala exclusiva para pessoas com
deficiências
Educação
sempre foi um tema muito importante para se discutir. Educação especial, então,
nem se fala. Recentemente, uma medida do governo federal reacendeu o debate
sobre o ensino para pessoas com deficiência. Na proposta, denominada Política
Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo
da Vida, cabe ao estudante com deficiência e seus familiares escolher se querem
ou não uma sala exclusiva para pessoas com deficiências. Na prática, pouco
muda, visto que ainda existem algumas unidades de ensino exclusivas para esses
alunos, porém o que chamou a atenção de militantes e especialistas da área da
educação é a possibilidade de se excluírem esses estudantes do convívio com os
demais.
Acompanhando
as repercussões sobre a medida, me lembrei de quando estava no ensino
fundamental, mais precisamente na sétima série, quando tive a oportunidade de
estudar em uma turma com uma menina que usava cadeira de rodas. Na infância,
ela havia sofrido um acidente de trânsito gravíssimo, que a deixou com inúmeras
sequelas, inclusive cognitivas. Ela tinha um lugar reservado na sala mais
próximo no quadro, já que tinha comprometimento da visão. Também tinha mais
tempo para fazer provas, contava com apoio de uma instrutora e, nas aulas de
educação física, fazia atividades adaptadas.
Creio
que esse tenha sido meu primeiro contato com alguém que demandava
acessibilidade e, talvez, graças a ela, tenha despertado em mim o interesse
pela inclusão. Para mim, não houve ônus em dividir a atenção dos professores
com ela, pelo contrário, aprendi a conviver com o diferente e entender que cada
um tem seu processo e tempo de aprendizado. Porém, não sei dizer se para ela
foi tão proveitoso quanto para mim. Não temos mais contato, por isso fica
complicado saber a opinião dela. Mas, para saber sobre o outro lado, bati um
papo com meu amigo Fabiano de Abreu sobre os tempos de escola. Ele é
superdotado e, hoje, é um profissional da neurociência.
“Acho
que primeiro devemos pensar na educação como um todo. A meu ver, não adianta
querer mudar uma cadeira, sendo que o necessário é mudar o ambiente todo.
Devemos pensar no que é ofertado para cada um, independentemente de precisar ou
não de acessibilidade. Eu, por exemplo, sempre estudei em escolas regulares,
onde os melhores alunos ficavam em salas separadas e podiam se desenvolver mais
na comparação com os que não queriam estudar ou precisavam de mais atenção.
Acho que teria sido importante para mim ter estado em uma escola que percebesse
e potencializasse minhas habilidades. Hoje, vejo que estamos na era da persona,
ou seja, do personalizado, então minha proposta é pensar em uma educação
personalizada, que valorize cada aluno como ele é”.
Por Raquel
Penaforte, em O Tempo
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