Julho de 2022 foi, pelo menos, o sexto mês com mais alertas de
desmatamento desde o início da atual gestão do governo federal. Ainda faltam os
dois últimos dias do mês para serem computados, mas os dados do sistema Deter,
do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), indicam que foi derrubada
uma área de 1.476 km² de florestas no período.
Julho
é tradicionalmente o mês com pior taxa, porque se localiza no meio da estação
de clima seco na Amazônia, o que facilita a ação dos desmatadores. Com os dados
de desmate indicando esse patamar, o ano-referência de medição do desmate
(período que vai de agosto de um ano a julho do ano seguinte), soma 8.581 km²
devastados.
O
número é similar ao do ano passado, quando o país registrou a pior taxa de
desmate em 15 anos. O Deter, entretanto, não é a ferramenta que Inpe usa para
medir com precisão o desmatamento em período anual. Essa função cabe a outro
projeto, o Prodes, que só deve terminar de compilar dados e processá-los em
novembro.
Nos
últimos cinco anos, o Deter tem sido capturar em média dois terços do
desmatamento mapeado pelo Prodes, que é menos vulnerável à presença de nuvens
na captação de imagens. Se essa taxa de variação se mantiver, o desmate na
Amazônia terá sido cerca 12.500 km² em um ano, ou algo entre 10.000 km² e
14.000 km².
Qualquer
que seja o resultado final, esses números estão ainda muito acima dos
compromissos que o Brasil assumiu internacionalmente sobre emissões de CO2,
porque a perda de florestas é a principal fonte de emissões de gases do efeito
estufa pelo país.
O
Brasil está hoje fora da trajetória para cumprir a meta de zerar o desmate até
2030 e fora da trajetória de reduzir as emissões de gases-estufa em 37% entre
2005 e 2025, objetivo que o Brasil assumiu dentro do Acordo de Paris.
O
Ministério do Meio Ambiente não emitiu ainda hoje nenhum comentário sobre os
números novos do Deter até as 8h30 da manhã desta sexta. O Inpe publicou os
dados, mas não emitiu ainda nenhuma análise qualitativa sobre eles. Até as
eleições de outubro o instituto está em período de "silêncio
eleitoral", previsto em lei, durante o qual entes públicos não devem
propagar comunicados que tenham efeito sobre a imagem do órgão ou do governo.
O Globo, Rafael Garcia
|
Para saber mais sobre o livro, clique aqui |
|
Para saber mais sobre o livro, clique aqui. |
|
Para saber mais, clique aqui. |
No mecanismo de busca do site amazon.com.br, digite "Coleção As mais belas lendas dos índios da Amazônia” e acesse os 24 livros da coleção. Ou clique aqui.
O autor:
No mecanismo de busca do site amazon.com.br, digite "Antônio Carlos dos Santos" e acesse dezenas de obras do autor. Ou clique aqui.
-----------
|
Clique aqui para saber mais. |
|
Click here to learn more. |
|
Para saber mais, clique aqui. |