sábado, 20 de agosto de 2022

Amazônia e Pampa lideram ranking de queimadas de 2022


Dados divulgados pelo MapBiomas mostram que 2.932.972 hectares foram consumidos por queimadas nos primeiros sete meses do ano.

 

Essa área, embora seja maior do que o estado de Alagoas, é 2% menor do que a que foi consumida pelo fogo em 2021. Os biomas da Amazônia e Pampa lideram as ocorrências e são os únicos que tiveram aumento em relação ao ano passado.

Segundo o MapBiomas, Na Amazônia, o fogo atingiu uma área de 1.479.739 hectares, enquanto no Pampa foram 28.610 hectares queimados entre janeiro e julho de 2022. Nesse período, foi registrado um aumento de 7% (ou mais de 107 mil hectares) na Amazônia e de 3372% no Pampa (27.780 ha). Mato Grosso foi o Estado que mais registrou queimadas nesses sete meses do ano (771,8 mil hectares), seguido por Tocantins (593,9 mil hectares) e Roraima (529,4 mil hectares). Esses três Estados representaram 64% da área queimada afetada no período.

O levantamento faz parte da nova versão do Monitor do Fogo, que o MapBiomas lançou nesta quinta-feira, em sua plataforma. A versão atualizada da plataforma usará imagens do satélite europeu Sentinel 2, que tem duas importantes características para esse tipo de mapeamento: ele passa a cada cinco dias sobre o mesmo ponto, aumentando a possibilidade de observação de queimadas e incêndios florestais; além disso, tem resolução espacial de 10 metros. Isso acrescenta cerca de 20% a mais na área queimada em relação aos dados sejam divulgados mensalmente.

Os dados dos sete primeiros meses de 2022 mostram que três em cada quatro hectares queimados foram de vegetação nativa, sendo a maioria em campos naturais. Um quinto de tudo que foi queimado no período foi em florestas. Metade das cicatrizes deixadas pelo fogo localizam-se no bioma Amazônia, onde 16% da área queimada corresponderam a incêndios florestais, ou seja, áreas de floresta que não deveriam queimar.

No Cerrado, a área queimada entre janeiro e julho de 2022 (1.250.373 hectares) foi 9% menor que no mesmo período do ano passado, porém 5% acima do registrado em 2019 e 39% maior que em 2020. O mesmo padrão foi identificado na Mata Atlântica, onde houve uma queda de 16% em relação a 2021 (ou 14.281 hectares) porém um crescimento de 11% em relação a 2019 e 8% na comparação com 2020. O Pantanal, por sua vez, apresentou a menor área queimada nos últimos quatro anos (75.999 hectares), com 19% de redução de 2022 para 2021 em relação a área queimada de janeiro a julho.

O Globo


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