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(Arquivo) Imigrante venezuelana busca roupas para ela e seus filhos em um lixão em Alto Hospicio, na região de Iquique, no Chile, em 26 de setembro de 2021 (AFP/MARTIN BERNETTI) |
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Alto
Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) pediram nesta quinta-feira (9)
1,79 bilhão de dólares para enfrentar a crescente onda de migrantes
venezuelanos na América Latina, o maior êxodo da história regional.
O
pedido de ajuda internacional busca "apoiar as necessidades crescentes das
pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela e as comunidades que os acolhem em
17 países da América Latina e do Caribe", segundo um comunicado conjunto
difundido por ambas as agências das Nações Unidas.
Com
a ajuda internacional, OIM e Acnur - que têm suas sedes regionais no Panamá -
buscam apoiar as organizações e instituições que trabalham no terreno com os
migrantes venezuelanos.
O
objetivo é facilitar a regularização e a integração social e econômica dos
migrantes nos países de acolhimento, no momento em que a pandemia gera
desemprego e crise econômica na região.
A
migração venezuelana é "o maior êxodo humano da história da América
Latina" e "vem se agravando nos últimos cinco anos", disse à AFP
Eduardo Stein, representante especial do Acnur e da OIM para os Refugiados e
Migrantes da Venezuela.
Na
atualidade, estima-se que existam 6 milhões de refugiados e migrantes
venezuelanos em todo o mundo. Destes, 5 milhões estão na América Latina e no
Caribe, principalmente em Brasil, Argentina, Colômbia, Equador, Peru e Chile.
Segundo
Stein, devido à pandemia de covid-19, a situação piorou e, para o final de
2022, espera-se que haja 7,1 milhões de migrantes venezuelanos, dos quais 6,1
milhões estariam na América Latina e no Caribe.
"Enquanto
venezuelanos continuarem se deslocando pela região, tanto para eles como,
sobretudo, para as comunidades que os acolhem, continua sendo essencial esse
apoio, para que eles possam recomeçar suas vidas com dignidade",
acrescentou Stein.
Além
de buscar a inserção dos migrantes, o plano pretende investir recursos nos
países de acolhimento para evitar hipotéticas explosões de xenofobia contra os
migrantes venezuelanos em plena pandemia.
"Não
podemos ignorar que as condições pioraram com a pandemia de covid-19, tanto
para a população local em diversos países, como para a população
migrante", indicou Stein.
O
objetivo é buscar "formas de acesso a meios de vida dignos que sejam
sustentáveis e que não haja uma invasão das comunidades anfitriãs de forma a
gerar animosidade para os recém-chegados, por isso é de importância estratégica
que o apoio chegue às comunidades de acolhimento", acrescentou.
AFP
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