Sala do tribunal de Berlim que condenou um homem à prisão perpétua pelo assassinato de um exilado checheno por ordem da Rússia (AFP/Christophe Gateau)
A Alemanha anunciou, nesta quarta-feira (15), a expulsão de dois
diplomatas russos após a condenação em Berlim de um cidadão russo pelo
assassinato em 2019 de um ex-líder checheno, um crime ordenado por Moscou,
segundo a Justiça.
As
autoridades russas estimaram que este veredicto - que poderia acentuar as
tensões diplomáticas com a Alemanha - é uma "decisão política".
Nesta
quarta-feira, um tribunal de Berlim determinou que o assassinato de um exilado
checheno em 2019 foi ordenado pela Rússia.
A
Justiça condenou à prisão perpétua Vadim Krasikov, conhecido como Vadim
Sokolov, por assassinar a tiros Tornie Kavtarashvili, de 40 anos, em um parque
em pleno centro de Berlim em 23 de agosto de 2019.
"As
autoridades russas deram ao acusado a ordem para liquidar a vítima", disse
o presidente do tribunal, Olaf Arnoldi, após a condenação do réu russo Vadim
Krasikov por ter matado um ex-líder separatista checheno de origem georgiana.
A
nova ministra das Relações Exteriores alemã Annalena Baerbock, que prometeu
adotar um tom mais firme com a Rússia, anunciou que dois membros da delegação
diplomática russa foram declarados "persona non grata".
A
máxima responsável da diplomacia alemã afirmou que este assassinato cometido em
agosto de 2029, à luz do dia em Berlim, foi "um atentado grave à soberania
do Estado".
A
Rússia - que nega qualquer envolvimento no crime - denunciou imediatamente a
decisão da justiça como um veredicto "político".
"Consideramos
que este veredito não é objetivo, que é uma decisão política que afeta
seriamente as relações russo-alemãs, que sem isso já eram difíceis", disse
o embaixador russo em Berlim, Serguei Netshaevm, em nota.
"Isso
nos deixa profundamente preocupados, representa um ato não amigável evidente e
não ficará sem resposta", continuou.
A sangue frio
O
assassinato de Kavtarashvili piorou as já tensas relações entre Alemanha e
Rússia.
Pouco
depois desse assassinato, o governo da então chanceler Angela Merkel expulsou
dois diplomatas russos em protesto pelo o que considerava uma falta de
cooperação de Moscou nas investigações sobre o caso.
A
Rússia, que nega qualquer envolvimento no assassinato, respondeu com uma medida
de represália semelhante.
Segundo
a Promotoria alemã, o condenado atirou duas vezes contra a vítima, com uma
pistola equipada com um silenciador, e depois atirou na cabeça quando já estava
no chão.
Krasikov
foi detido pouco depois.
Durante
o julgamento, a Promotoria alemã já havia acusado claramente as autoridades
russas.
"O
acusado foi comandante de uma unidade especial dos serviços secretos russos
FSB", afirmou o promotor Lars Malkies, em 7 de dezembro.
"Ele
liquidou um opositor político em represália", acrescentou, referindo-se a
"um ataque evidentemente preparado há muito tempo" e executado a
"sangue frio".
Mas
o acusado disse durante o processo, por meio de seu advogado, que é Vadim
Sokolov, "russo, solteiro e engenheiro" e se recusou a ser chamado
Krasikov. "Não conheço ninguém com esse nome", alegou.
"Cruel e
sanguinário"
Ex-líder
separatista checheno, o georgiano lutou contra as forças russas entre 2000 e
2004. Morava com sua família na Alemanha desde 2016, onde havia pedido asilo.
Seu assassino foi preso pouco depois.
Embora
o Kremlin negue estar por trás desse assassinato, o presidente russo, Vladimir
Putin, classificou a vítima como um "combatente muito cruel e
sanguinário". Disse ter pedido sua extradição, que foi negada por Berlim.
O
envolvimento de Moscou nunca foi comprovado, e o Kremlin sempre negou qualquer
responsabilidade por esses atos.
Esta
decisão da Justiça ocorre poucos dias depois da posse do novo governo alemão,
em meio a crescentes tensões entre Rússia e os países ocidentais em relação à
Ucrânia.
O
novo chanceler alemão Olaf Scholz alertou que a Rússia pagará um "preço
alto" em caso de vioalção das fronteiras ucranianas.
Estados
Unidos, os europeus e Kiev acusam o Kremlin de preparar uma invasão à Ucrânia,
algo que o Kremlin nega.
Femke
Colborne com Michelle Fitzpatrick, AFP
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