"Guernica", de Picasso |
É imperativo deter o
carniceiro de Moscou
A chaga do cancro maligno avança
sobre o mundo
O senhor da guerra
escancarou a caixa de Pandora
Eis o demônio à frente de
suas legiões
Encontra-se em marcha o
soberano da varíola e do sarampo, da rubéola e da malária, da meningite e da tuberculose,
da cisticercose e da toxoplasmose, da hantavirose e da AIDS, do tifo e do câncer,
da peste negra e da SARS, do H1N1 e do Ebola, do dengue e do COVID
O senhor da guerra afiou seus
caninos assassinos
Empunha alto a bandeira da
cólera, o estandarte da fúria, o pavilhão do terror
E sobre a Ucrânia despeja
bombas de fragmentação
Os estilhaços que envergonham
a humanidade
E sobre a Ucrânia despeja
bombas termobáricas
A chacina que avilta a humanidade
Há um criminoso
sanguinário à solta
É preciso deter a
besta-fera
A guerra brutal extermina
idosos e crianças, senhores e senhoras
Meninos e meninas privados
de seus sonhos e amores
A guerra brutal humilha o
planeta
O carniceiro de Moscou
semeia ódio para colher a morte
Seus tanques de guerra transformam
os campo férteis da Ucrânia em oceanos de sangue
Sangue de inocentes
Sangue dos arcanjos que
ousaram semear trigo e flores
Sangue dos arcanjos que ousaram
cultuar a paz e a democracia
A vida pede passagem
O amor exige passagem
É imperativo deter o
carniceiro de Moscou
Um poema de Antônio Carlos dos Santos