quinta-feira, 16 de março de 2023

"A vida pede passagem, o amor exige passagem, é imperativo deter o carniceiro de Moscou", um poema de Antônio Carlos dos Santos

 

"Guernica", de Picasso

É imperativo deter o carniceiro de Moscou

 

A chaga do cancro maligno avança sobre o mundo

O senhor da guerra escancarou a caixa de Pandora

Eis o demônio à frente de suas legiões

Encontra-se em marcha o soberano da varíola e do sarampo, da rubéola e da malária, da meningite e da tuberculose, da cisticercose e da toxoplasmose, da hantavirose e da AIDS, do tifo e do câncer, da peste negra e da SARS, do H1N1 e do Ebola, do dengue e do COVID

O senhor da guerra afiou seus caninos assassinos

Empunha alto a bandeira da cólera, o estandarte da fúria, o pavilhão do terror

E sobre a Ucrânia despeja bombas de fragmentação

Os estilhaços que envergonham a humanidade

E sobre a Ucrânia despeja bombas termobáricas

A chacina que avilta a humanidade

Há um criminoso sanguinário à solta

É preciso deter a besta-fera

A guerra brutal extermina idosos e crianças, senhores e senhoras

Meninos e meninas privados de seus sonhos e amores

A guerra brutal humilha o planeta

O carniceiro de Moscou semeia ódio para colher a morte

Seus tanques de guerra transformam os campo férteis da Ucrânia em oceanos de sangue

Sangue de inocentes

Sangue dos arcanjos que ousaram semear trigo e flores

Sangue dos arcanjos que ousaram cultuar a paz e a democracia  

A vida pede passagem

O amor exige passagem

É imperativo deter o carniceiro de Moscou

Um poema de Antônio Carlos dos Santos