Passos e volteios de uma dança vigorosa e sinuosa, ao som de
tambores frenéticos, permeiam o carimbó, um ritmo musical típico da região
Amazônica, principalmente no Pará. As mulheres usam saias rodadas e os homens
vestem camisas coloridas, com temas que remetem à natureza.
Estamos à beira do rio Tapajós, um dos principais da bacia
Amazônica. Em Alter do Chão, um pequeno distrito de menos de sete mil pessoas,
a 40km de Santarém, o carimbó é um dos ingredientes charmosos desse local que
já entrou no guia de mais belas praias de jornais como o britânico The
Guardian.
Mas o carimbó é um elemento noturno, importante no pacote
turístico de Alter do Chão. Às quintas-feiras, os tambores chamam locais e
turistas para a praça central. Uma enorme roda se abre e dezenas de pessoas se
lançam nos rodopios e passos que lembram a capoeira.
“Carimbó é um ritmo afro-indígena que existe aqui na
Amazônia há muito tempo. Ele tem como um dos pais o gambá, que a gente encontra
na região de Maués e aqui na região do Tapajós. O carimbó é uma mistura,
dependendo da região, o sotaque muda. Na nossa região é o carimbo praiano, indo
para Belém é o carimbo do salgado, com algumas características diferentes”,
explica Hermes Caldeira, do grupo Kuatá.
Regiões dão sotaques
diferentes
A palavra carimbó vem do tupi korimbó, uma planta que é a
matriz do tambor artesanal curimbó. O ritmo também é conhecido como pau e
corda, samba de roda do Marajó ou baião típico de Marajó. Ou seja, vai variando
ao longo das águas pela Amazônia, mudando percussões e sotaques.
O carimbó foi reprimido por séculos, inclusive tendo sido
proibido na capital Belém em 1880, como forma de evitar desordem pública. O
gênero foi se diversificando, absorvendo influências e virando inspiração para
ritmos contemporâneos como a lambada e o tecnobrega.
O carimbó entrou para a lista do patrimônio cultural
imaterial do Brasil em setembro de 2014. O ato foi aprovado por unanimidade no
conselho do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Reconhecimento
Esse reconhecimento foi muito importante, avalia Hermes
Caldeira. “A partir daí começou o processo de salvaguarda desses elementos:
instrumentos, linha de dança e da própria musicalidade do carimbó. São
vivências. O próprio músico, quando vai caçar, dali ele tira uma música.
Carimbó é uma forma de se expressar, falar das coisas que a gente tem aqui”.
A pandemia afetou bastante o carimbó e toda a estrutura
voltada ao turismo que vem sendo montada há alguns anos. “Tínhamos
apresentações marcadas em Belo horizonte e aí veio a Covid-19. Ficamos um ano e
meio sem nos apresentar em locais públicos. Somos formadores de opinião e
resolvemos pelo resguardo”, conta Hermes Caldeira.
Patricia Moribe,
especial de Alter do Chão, no Yahoo notícias (A repórter viajou à região a
convite da Ong Zoé)
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