A ação é inspirada em casos de sucesso dos chamados Business
Improvement Districts (Bids), como são conhecidos distritos em todo o mundo —
Nova York e Londres, por exemplo — geridos pela associação da iniciativa
privada com o setor público para revitalizar e manter áreas das cidades.
Há quase dois meses, também ganha apoio de
proprietários de imóveis e investidores, com um grupo de 50 cotistas iniciais,
a região central do Rio, que já é alvo do programa urbanístico da prefeitura
“Reviver Centro”, que propõe regras mais flexíveis para estimular a ocupação
com moradias, entre outras iniciativas.
A partir do novo projeto, Aliança CentroRio, coordenado
pela associação Rio Negócios e o Instituto Rio 21, entidade voltada para
desenvolver estudos sobre a cidade, os cotistas também financiam e aceleram a
requalificação da área. A ação coincide com a retomada de atividades
presenciais na região.
Iniciado em setembro, o projeto tem duas fases. Até o
fim do ano, duas funcionárias circularão pelo Centro para identificar os
principais problemas da região e que merecem atenção, como calçadas
irregulares, falta de tampas em bueiros, além da presença da população de rua,
ambulantes em situação irregular e espaços desocupados que poderiam ser mais
bem aproveitados. Caso a ocorrência não seja atribuição da prefeitura, outro
órgão pode ser acionado.
A ideia é expandir o projeto a partir de 2022, com a
entrada de novos cotistas, o que possibilitaria o financiamento de intervenções
urbanas. Por enquanto, os 50 cotistas pagam mensalmente R$ 1 mil, e cotas de R$
500 vêm sendo oferecidas a comerciantes.
— O programa tem potencial de expansão. Nos próximos
meses, vamos discutir parcerias com 21 empresas privadas e instituições
públicas que têm sede no Centro e podem ter interesse em espaços mais
qualificados. O setor financeiro também pode ter interesse. Na região do
projeto existem 68 agências bancárias— relata o presidente do Rio Negócios,
Marcelo Haddad.
Na fase atual, o projeto monitora 11 quilômetros de
vias. Algumas ações também já começaram a ser postas em prática, como a compra
de tendas que servirão de apoio a 20 bases operacionais do programa Centro
Presente. A proposta de conectar ao 5º BPM (Praça da Harmonia) às câmeras de
segurança de prédios da região foi incorporada ao projeto.
De acordo com o cientista político e diretor executivo
do Instituto Rio 21, Antonio Mariano, o plano de criar um Bid no Centro começou
em março, pela importância econômica da área. A região concentra mais de 30%
das empresas do Rio, que movimentam R$ 560 bilhões por ano, gerando mais de 300
mil empregos.
— Geramos relatórios semanais que informam os problemas
identificados e as soluções apresentadas pelo poder público. Na fase seguinte,
vamos escolher uma área piloto com a prefeitura para implantar melhorias — diz
Mariano.
O projeto tem a simpatia da prefeitura:
— A ideia de estabelecer uma espécie de gestão
compartilhada do Centro pode ajudar a melhorar o espaço público, favorecendo a
expansão de investimentos a partir de um ambiente propício para negócios. Nós
promovemos uma mudança na legislação urbanística. Mas a participação da
sociedade civil é muito importante — diz Washington Fajardo, secretário
municipal de Planejamento Urbano.
A proposta de um distrito no Centro é um pouco
diferente de outros países porque a adesão no Rio é voluntária. Um projeto de
lei, de autoria do hoje secretário municipal de Fazenda, Pedro Paulo Carvalho,
ainda tramita no Congresso Nacional para regulamentar o sistema. Mas mesmo
ainda sem regulamentação à vista, o empresário Claudio Castro, diretor da
Sérgio Castro Imóveis, que apoia o projeto desde o início, aposta que a
experiência será bem- sucedida:
—As demandas para solucionar problemas não chegam hoje
à prefeitura porque, apesar de ser um polo de negócios importante, o Centro
conta apenas com 48 mil moradores — diz.
Nas primeiras seis semanas do projeto no Rio, foram
mapeados 512 problemas, classificados por cores de acordo com o nível de
gravidade: vermelho (alto risco de acidentes, moradores de rua, ambulantes e
espaços abandonados); amarelo (problemas de médio risco, como necessidades de
recapeamento ou recuperação de calçadas) e verde (baixo risco, como falhas de
sinalização e problemas de trânsito).
Luiz
Ernesto Magalhães, O Globo
|
Para saber mais sobre o livro, clique aqui |
|
Para saber mais sobre o livro, clique aqui. |
|
Para saber mais, clique aqui. |
No mecanismo de busca do site amazon.com.br, digite "Coleção As mais belas lendas dos índios da Amazônia” e acesse os 24 livros da coleção. Ou clique aqui.
O autor:
No mecanismo de busca do site amazon.com.br, digite "Antônio Carlos dos Santos" e acesse dezenas de obras do autor. Ou clique aqui.
-----------
|
Clique aqui para saber mais. |
|
Click here to learn more. |
|
Para saber mais, clique aqui. |
- - - -
No mecanismo de busca do site amazon.com.br, digite "Coleção As mais belas lendas dos índios da Amazônia” e acesse os 24 livros da coleção. Ou clique aqui.
O autor:
No mecanismo de busca do site amazon.com.br, digite "Antônio Carlos dos Santos" e acesse dezenas de obras do autor. Ou clique aqui.
-----------
|
Clique aqui para saber mais. |
|
Click here to learn more. |
|
Para saber mais, clique aqui. |