Um
grupo que reune mais de 1.500 escritórios de ONGs ambientalistas pediu em uma
carta pública nesta semana o adiamento da COP-26, a conferência global do
clima, marcada para o início de novembro em Glasgow, na Escócia.
Segundo o grupo ativista, que inclui divisões de
Greenpeace, WWF e Conservation International, a situação atual da pandemia pode
comprometer a participação adequada no encontro presencial para os países mais
afetados pela pandemia.
No documento, divulgado nesta terça, bloqueios
sanitários e exigência de quarentena para viajantes de locais ainda muito
atingidos pela Covid-19.
"Faltando apenas duas semanas, é evidente que uma
conferência do clima segura, inclusiva e justa é impossível, em razão das
falhas de suporte no acesso a vacinas para milhões de pessoas em países pobres,
dos altos custos de viagem e hospedagem e da incerteza no curso da
pandemia", afirmaram as ONGs na carta.
"Uma COP presencial no início de novembro
excluiria na prática os delegados de muitos governos, ativistas da sociedade
civil e jornalistas, particularmente dos países do Sul Global, vários dos quais
na lista vermelha que o Reino Unido adota para a Covid-19."
Segundo a Climate Action Network, o problema de uma
conferência ocorrer sem a presença ampla dos países em desenvolvimento é que os
ajustes no acordo para redução de emissões, adaptação às mudanças climáticas e
compensações por dano sejam desvantajoso para essas nações.
— Sempre houve um desequilíbrio de poder inerente nas
negociações climáticas da ONU, contrapondo nações ricas e pobres, e isso está
se somando agora à crise sanitária — afimrou Tasneem Essop, diretora-executiva
da rede de ONGs.
O Observatório do Clima, coalizão das organizações
ambientalistas brasileiras para assuntos da área, deve emitir nesta semana um
posicionamento próprio sobre o problema da participação presencial.
A Convenção-Quadro do Clima das Nações Unidas
(UNFCCC), porém, não parece disposta a atender o pedido, alegando urgência em
se definir alguns pontos no status atual do Acordo de Paris, que prevê reduções
de emissões ainda insuficientes para impedir o clima de aumentar 2°C, limite
considerado perigoso.
A decisão deve caber ao secretário-geral da ONU,
António Guterres.
— A comunidade científica global deixou claro que a
mudança climática é uma emergência global agora e só um avanço urgente de
grandes proporções na ação climática pode manter os objetivos do Acordo de
Paris ao alcance para proteger os países e comunidades mais vulneráveis dos
impactos climáticos que vêm se agravando — afirmou ontem Farhan Haq, porta-voz
de Guterres, à agência de notícias Reuters.
O governo britânico afirmou que deve ajudar delegados
de outros países a cumprirem os dias de quarentena, bancando os custos extras
necessários de hospedagem, mas não deu detalhe sobre isenção da exigência de
vacina de Covid-19 para aqueles que ainda não a tomaram.
"Garantir que as vozes daqueles mais afetados
pela mudança climática seja ouvida é uma prioridade. Se queremos honrar nosso
planeta, precisamo que todos os países e a sociedade civil tragam suas ideias e
suas ambições para Glasgow", afirmou em comunicado Alok Sharma, presidente
da COP-26.
Por Rafael Garcia, O Globo
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