terça-feira, 21 de setembro de 2021

Desmatamento na Amazônia atinge maior área para o mês de agosto em dez anos, diz Imazon


O desmatamento atingiu 1.606 km² da Amazônia em agosto, uma área equivalente a cinco vezes o tamanho de Belo Horizonte e o maior índice para o mês em dez anos.

 

Os dados são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

O levantamento aponta que a área de floresta destruída em agosto deste ano é 7% superior ao índice registrado no mesmo mês no ano passado. Além disso, o desmatamento acumulado desde janeiro também é o pior da década, de 7.715 km², 48% maior do que no mesmo período de 2020.

Segundo as informações do Imazon, março, abril, maio e julho também tiveram a maior área de floresta desmatada no período, "o que indica que as medidas tomadas para combater a derrubada não conseguiram baixar o ritmo do dano ambiental".

O Pará continua sendo o estado que mais desmata na Amazônia, posição que ocupa desde maio, com 638 km² destruídos em agosto. A área representa cerca de 40% de toda a devastação na Amazônia Legal e é maior do que São Luís, destaca o Imazon. O estado também concentrou seis das dez unidades de conservação do ranking das que mais desmataram e metade dos municípios, terras indígenas e assentamentos.

Já o estado do Amazonas segue pelo quarto mês consecutivo como o segundo que mais desmata no bioma. Foram 412 km² de floresta destruída em agosto, 26% do total.

Porém, no ranking dos municípios, duas cidades do sul amazonense ficaram nos primeiros lugares entre as maiores desmatadoras: Lábrea e do Boca do Acre. Ambas somaram 185 km² de destruição em agosto. Larissa Amorim, pesquisadora do instituo, afirma que os dados são reflexo da intensificação do avanço da fronteira do desmatamento no sul do estado.

O Acre foi, pela primeira vez, o terceiro estado com maior índice de destruição da Amazônia, com 236 km² de floresta desmatados em agosto, 15% do total.

'Ações mais efetivas'

Antônio Fonseca, pesquisador do Imazon, afirma que para evitar que o ano feche com a maior área desmatada da década é preciso "urgentemente" adotar ações mais efetivas, "como aumentar o embargo de terras já desmatadas ilegalmente e intensificar operações de fiscalização, com a devida punição dos desmatadores”.

Também avalia ser necessário destinar terras públicas que ainda não tiveram seu uso definido para criação de novas áreas protegidas, como unidades de conservação, terras indígenas e territórios quilombolas. Barrar projetos de lei que "flexibilizam regras para regularização fundiária, retiram direitos dos povos indígenas e reduzem áreas protegidas" é outra medida citada por ele.

Dados do Inpe

Os dados do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), publicados no início do mês, apontaram índices diferentes de destruição em agosto: foi registrada uma área de 918 km² sob alerta de desmatamento na Amazônia durante o mês, uma queda de cerca de 32% em relação ao mesmo período no ano passado.

Também há divergência no acumulado de janeiro a agosto: uma área de 6.026 km² foi desmatada na Amazônia Legal no período este ano, segundo o Inpe. Os sistemas Deter e SAD geram alertas mensais de desmatamento, porém utilizam metodologias diferentes.

Raphaela Ramos, O Globo


---------



No mecanismo de busca do site amazon.com.br, digite "Coleção As mais belas lendas dos índios da Amazônia” e acesse os 24 livros da coleção. Ou clique aqui

O autor:

No mecanismo de busca do site amazon.com.br, digite "Antônio Carlos dos Santos" e acesse dezenas de obras do autor. Ou clique aqui


Clique aqui para acessar os livros em inglês



- - - -




No mecanismo de busca do site amazon.com.br, digite "Coleção As mais belas lendas dos índios da Amazônia” e acesse os 24 livros da coleção. Ou clique aqui

O autor:

No mecanismo de busca do site amazon.com.br, digite "Antônio Carlos dos Santos" e acesse dezenas de obras do autor. Ou clique aqui


Clique aqui para acessar os livros em inglês