Com esse número, o DF lidera o
ranking nacional. São Paulo aparece em segundo, seguido por Goiás, que inclui
algumas cidades do Entorno
Um levantamento desenvolvido pelo Fórum de Segurança Pública
apontou que o consumo e o tráfico de drogas são as principais barreiras a serem
superadas para melhorar a segurança nas escolas do Distrito Federal. De acordo
com o 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado esta semana, 20,8%
dos diretores e professores informaram ter visto alunos frequentarem a escola
sob efeito de drogas ilícitas. Os dados foram extraídos da Avaliação Nacional
de Rendimento Escolar, a Prova Brasil.
Esse número é o maior do país. São
Paulo aparece em segundo lugar no ranking nacional, com 17,5% docentes que
presenciaram alunos frequentando as aulas sob efeito de entorpecentes. Goiás —
que inclui algumas cidades do Entorno do DF —, fica em terceiro lugar, com
17,2%.
O estudo mostrou, ainda, um
descontentamento dos professores em relação à baixa presença policial para
conter o tráfico. Para 50,4% dos avaliadores da Prova Brasil, o esquema de
policiamento para inibir a venda de drogas dentro das escolas é ruim ou
inexistente. Outros 26,9% consideram o esquema regular.
Do lado de fora dos colégios, o
cenário é ainda pior, segundo a avaliação dos docentes. O policiamento para
inibir o tráfico nos arredores das escolas é ruim ou inexistente para 58,9% dos
entrevistados. Outros 19,7% consideram o efetivo regular.
A Secretaria de Educação do DF
informou que está realizando uma pesquisa própria — junto com a Secretaria de
Segurança —, cujos resultados serão comparados com o do anuário. A pasta
adianta, contudo, que vai desenvolver o programa Viva Brasília nas escolas, que
tem como objetivo desenvolver ações voltadas para os direitos humanos dentro
das unidades de ensino. As primeiras ações do projeto já estariam sendo
desenvolvidas no Centro de Ensino Fundamental Dra. Zilda Arns, no Itapoã.
Sobre o problema específico das
drogas, a Secretaria afirma que as equipes de gestores são orientadas a não
admitir o consumo dentro dos colégios. Fora deles, contudo, a ação da escola é
limitada. “Você não tem como controlar o que o estudante faz fora da escola. É
aí que entra a questão do policiamento. O que a escola pode fazer é tentar
identificar e resolver o problema de forma menos traumática, com apoio da
família e de entidades como o Conselho Tutelar, para não aumentar ou provocar
outros tipos de violência”, explica o subsecretário de Educação Básica, Daniel
Crepaldi
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