O posto de
número um entre as 81 melhores instituições de ensino superior da América
Latina passou a ser ocupado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp),
de acordo com ranking mundial divulgado pela instituição
britânica Times Higher Education (THE). O dado inverte a classificação de 2016,
que tinha a Universidade de São Paulo (USP) na liderança e a Unicamp no segundo
lugar.
Na lista
das 25 primeiras colocadas, o Brasil aparece 13 vezes, seguido do Chile (6), a
Colômbia (4) e o México (2). Entre as universidades brasileiras, além das duas
primeiras (Unicamp e USP), estão a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp),
em 7º lugar; seguidos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (8º); a
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (9º); Universidade Federal
de Minas Gerais (11º); Universidade Estadual Paulista (12º); Universidade
Federal do ABC (14º); Universidade Federal de Santa Catarina (15º); Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (16º); Universidade Federal de São
Carlos (18º); Universidade de Brasília (19º) e Universidade Estadual do Rio de
Janeiro (24º).
Em nota, o
reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, disse que o resultado representa orgulho para
a instituição. “É um reconhecimento do árduo trabalho que aqui realizamos, para
ter uma escola de excelência em todas as áreas que atua. Temos agora um esforço
extra para, apesar da grave crise que estamos atravessando, conseguir manter
essa posição no cenário internacional”, afirmou.
A Unicamp
afirmou que a análise da publicação britânica sobre as universidades da América
Latina inclui 13 quesitos nos segmentos de ensino, pesquisa, transferência de
conhecimento e grau de internacionalização e que há diferenças de avaliação
quando são englobados os países do resto do mundo, como por exemplo, no
critério qualidade do ensino, que tem peso de 30% no ranking global
e 36%, no grupo latino-americano.
O
comunicado destaca ainda a ponderação do editor dos rankings Times
Higher Education, Phil Baty, que considera “fantástico" ver duas
universidades de qualidade internacional competirem pelo prestígio de ser a
principal instituição brasileira no ranking.
Em uma
base de comparação, o editor afirmou que a USP é a maior e mais tradicional das
duas instituições, enquanto a Unicamp é menor e mais conhecida por ser
especializada em pesquisas médicas e científicas. “As duas universidades, tão
diferentes, representam a diversidade e a excelência no setor do ensino
superior do Brasil.”
Baty disse
ainda que, mesmo tendo obtido uma boa participação entre os 50 mais bem
classificados com 18 universidades, este número representa uma ligeira queda,
pois na avaliação anterior, o país teve 23 instituições listadas.
Por Marli Moreira, da Agência Brasil
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